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super mario sunshine (gc)

GameCube

Super Mario Sunshine

F I C H A   T É C N I C A

Developer Nintendo

Publisher Nintendo

Estilos Ação > Plataforma 3D

Datas de Lançamento 19/07/02 (JP), 26/08/02 (EUA), 04/10/02 (EUR), 11/10/02 (OCE, COR), 25/09/03 (EUA, Player’s Choice), 10/10/03 (EUR, Player’s Choice)

NOTA

8.1

ANintendo gira em torno de uma fórmula simples conquanto mágica: tem poucos jogos produzidos por si mesma, mas quase todos são protagonizados por personagens carismáticos que vendem muito. E eis que chega Mario, geralmente o desbravador que pisa primeiro no terreno dos novos consoles. Depois da euforia de ter um “Mario-solo” novo após 6 anos (coisa que não acontecia desde 1996), os donos do GameCube acabaram por perceber que a festa não era para tanto: gráficos que surpreendem, mas inovações na jogabilidade que parecem mais ginástica que revolução…

Super Mario Sunshine (SMS), que nem inspirou Little Miss Sunshine nem é a sigla para Sega Master System, tem um enredo simples, como sempre. Depois de cansar de derrotar Bowser, Mario viaja para a ilha de Delfino, longe do Reino dos Cogumelos, para uma badalada temporada de férias. Mas, assim que chega, vê-se que o local paradisíaco está todo sujo e poluído. O mais desagradável é que o sujeito responsável por tudo parece ser um irmão gêmeo de Mario, já que os cidadãos o hostilizam como se ele fosse o grande vilão ecológico da história! Paciência… Resta pegar o seu FLUDD e sair consertando a sujeirada que sequer tem a ver com sua pessoa! Pera, que diacho é FLUUD, afinal? É apenas um canhão de água que o encanador usa nas costas, nos seus momentos de folga, em que gosta de bancar o bombeiro. Pelo caminho, princesas serão seqüestradas (que original!), muito óleo vai ser limpo e shines – digamos que as estrelas de Super Mario 64 em um formato diferente – serão coletadas aos montes.

Há realmente muito em comum entre este “Mario 128” (lembra quando, durante a época dos previews, a Nintendo divulgou este nome como o piloto?) e Super Mario 64, o divisor de águas do mundo “platafôrmico tridimensional”. E pensar que você já vagou muito pelo castelo da princesa! Pois é, a área central aqui (por onde você acessa os mundos) é o centro da principal cidade da ilha. Cada um dos mundos tem 8 objetivos (um a mais que antes…) e será necessário coletar alguns itens em fases mais avançadas para pegar alguma das já referidas shines. E, olhe a coincidência, há, ao final, 120 shines, sendo que você pode finalizar com 60 (quase as 70 de SM64)!

O que estraga é que tudo é muito (mais) fácil. Basicamente, todo problema que aparece para se resolver desaparece com bons jatos d’água! Além disso, os chefes de fase banais estão de volta, junto com divertidos minigames de corrida.

Como se não fosse cópia o bastante, você terá de pegar mais red coins aqui! A diferença fica por conta de haver um limite de tempo para essa tarefa. Aliás, falando em cópia, você vai gostar da missão de capturar o Doppelgänger de Mario antes que ele fuja com uma das shines…

Há ainda passagens em cavernas secretas que o levam a áreas inéditas. Cada vez que se chega pela primeira vez a um desses lugares, uma nova seqüência animada envolvendo seu “clone malvado” rolará. Nessas fases especiais será priorizado o estilo plataforma que tanto consagrou o encanador. Acontece que há defeitos primários como “atravessar objetos”, “ficar preso em paredes ou fendas” e coisas do tipo…

A melhor parte: o side somersault e o triple jump estão de volta e você pode executá-los com a mesma praticidade de antes! A maior novidade em relação aos controles e o próprio jogo em si é a máquina de água nas costas do encanador. Ela tem duas funcionalidades básicas diferentes: você opta por atirar água em spray numa distância curta ou em jatos finos mas em distâncias longas. E há uma terceira, muito pouco usada, que não é para limpar ou matar nada: apenas faz um gêiser que lhe possibilita subir em locais normalmente inacessíveis (grande alcance vertical).

Upgrades para sua arma serão achados posteriormente e você acessará cada vez mais lugares e poderá fazer cada vez mais coisas. E, pasmem, Yoshi está aqui para ser cavalgado em raras ocasiões. Raras? Sim, infelizmente a única utilidade dele é cuspir sucos (!) e você precisará disso para resolver um puzzle. Ê, imaginação!…

O maior desafio, por incrível que possa parecer para jogos do padrão Nintendo, é manter a câmera no local certo (está vendo como a alavanca amarela do joystick realmente tem suas utilidades?). Ela gira com muita lentidão e opta por zooms duvidosos (o último chefe que o diga)!

O departamento sonoro sofre em relação aos clássicos imortais das eras NES, SNES e até N64, o que parece querer dizer que o chilique em torno dos cartuchos não era tão justificável assim?! As vozes do jogo foram muito mal-trabalhadas e mesmo gringos não conseguem entender o que Peach fala na versão ianque, por exemplo, enquanto que Mario só sabe soltar gritinhos e não diz nenhum “oi” (a essa altura, o efeito devastador de ouvir seu protagonista de um platform gritando interjeições já havia passado).

Sejamos sinceros: SMS tem lá seus momentos de glória mas não é aquilo que se esperava. Os produtores não foram exatamente incompetentes, mas faltou uma pequena tolerância e maior prazo para que eles terminassem os ajustes (o produto final foi entregue um mês mais cedo por causa do verão nos Estados Unidos).

Agradecimentos pelas imagens

GAMEFAQs:

Anonymous

LightningrodC

Por Rafael de Araújo Aguiar

versão 5 – 2002; 2005; 2011; 2012; 2024.

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