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snk vs. capcom: card fighter’s clash (npgc)

pílulas de reviews rafazardly #65

o que é uma pílula? vários micro-reviews tematicamente relacionados numa só página ou um review único de menos de 800 palavras!

obs: nós não seguimos o acordo ortográfico lusitano de 2009!

Por Rafael “Cila” Aguiar

Neo Geo Pocket Colors

SNK VS Capcom: Card Fighter’s Clash – Capcom Version

SNK VS Capcom: Card Fighter’s Clash – SNK Version

F I C H A     T É C N I C A

Developer SNK

Publisher SNK

Estilos RPG / Card Game / Puzzle + Minigames

Data de Lançamento 30/11/99

NOTA

8.5

Este jogo é pra…

(  ) passar longe  (  ) dar uma jogadinha de leve  (X) dar uma boa jogada  (  ) jogar freneticamente  (X) chamar a rua toda pra jogar  (X) um tipo específico de jogador. Qual? Fãs das duas empresas que gostam de trabalhar a cuca.  (  ) incógnita

Lançados ao mesmo tempo que SNK VS Capcom: Match of The Millenium, estes dois cartuchos são um complemento à gameplay mais agitada do primeiro oferecendo um tipo de diversão mais “paradona” que os japoneses, sobretudo, adoram. No enredo, você é um jovenzinho (ou jovenzinha) que começa com um pequeno deck de 50 cartas, todas baseadas em personagens populares dos universos Capcom & SNK e, como peregrino(a), seu objetivo mais ambicioso é vencer o SC Card Fighter’s Clash, grande torneio que envolve outros como você, aumentando seu deck e experiência no processo. Essa ladainha toda pode parecer bastante com os Pokémon de GBC, mas para falar a verdade a idéia do combate via cards foi concretizada primeiro nesta franquia. Além de Pokémon, o parentesco com Magic The Gathering e os minigames de cards de Final Fantasy VIII é incontestável.

Há dois tipos de cartas, as de Personagem propriamente ditas e as de Ação. As de personagens têm soul (SP) e battle (BP) points, usados em batalhas. Battle points são usados atacando e defendendo regularmente, enquanto que os pontos de alma ou espírito são empregados para carregar e desencadear poderosos ataques especiais que precisam das cartas de Ação para serem finalmente soltos, sendo eventos menos usuais. O máximo de três Character Cards pode estar na mesa ao mesmo tempo. A idéia é infligir dano suficiente para zerar o contador de HP do inimigo antes que ele lhe provoque o mesmo: são 2000 hit points.

Card Fighter’s Clash pode demorar mais ou menos para pegar o jeito, dependendo da experiência prévia do jogador com esse gênero. O segredo é usar combinações de cards que sozinhas não fariam o mesmo estrago e surpreender o rival colocando primeiro a mais fraca e aparentemente inofensiva e depois lançando mão da carta que realmente complica a vida do outro.

O quest mode, em que além de duelar você terá de conduzir seu personagem por uma over-the-top view reminiscente de (mais uma vez) Pokémon, oferece várias interações com NPCs e objetos, o que se espera de um RPG japonês. Algumas áreas e locações são muito criativas, como o parque de diversões temático de Resident Evil, na versão da Capcom. Há puzzles e minigames variegados no meio do caminho, como as slot machines (máquinas caça-níqueis). Quando se derrota chefões (garotos destemidos como você, só que com um deck pra lá de decente), ganham-se SC Coins, que são como as insígnias de ginásio de Pokémon.

Não entrei em demasiados detalhes sobre o sistema de jogo porque listados assim de imediato tantos elementos podiam acabar por assustar newcomers e curiosos de primeira viagem. Mas há um tutorial passo-a-passo incluso no cartucho que ajudará bastante quem precisa de um maior período de adaptação.

Uma boa idéia no design do jogo foi a inclusão de atalhos ativados pela combinação de uma direção e uma das duas teclas (A e B). Isso ajuda muito a evitar menus chatos e é uma idéia inovadora considerando-se que quase só vemos o recurso dos keyboard shortcuts nos jogos de PC.

Algumas falhas na tradução são notáveis. Fei Long, por exemplo, está como Fei Ling e BioHazard não foi adaptado para sua alcunha ocidental, Resident Evil. Certos diálogos ficaram ilegíveis.

Não deveria ser surpresa para ninguém que há cards secretos ou muito raros na dupla de jogos, o que força os detentores de somente um dos dois cartuchos a caçar amigos que tenham seu gêmeo complementar, outro aparelho e um cabo link. Ao todo, são mais de 300 cartas obteníveis. As mais interessantes vêm dos clássicos “lado B” de ambas as empresas, como Metal Slug, Rival Schools e Bionic Commando.

Esse jogo é de natureza hermética, não-recomendado para o grande público. Horas, dias e mesmo meses serão empreendidos para se completar todas as tasks. Não dá para jogar 5 minutos de cada vez esperando avançar verdadeiramente na trama. A inteligência artificial pode se mostrar um desafio à altura das mentes mais geniais e estrategistas. Um único duelo pode durar até mais de hora!

Lista de agradecimentos

Tenshi no Shi, RHibiki, Chunky Lee Chong do gamefaqs.com

mobygames.com

versão 2 – 2013; 2025.

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