PlayStation & PC

Pong: The Next Level
FICHA TÉCNICA
Developer Supersonic Software
Publisher Hasbro
Estilos Ação / Puzzle > Tênis de mesa
Datas de Lançamento
PS
31/10/99 (EUA-EUR); 20/10/10 (EUR-PSOne Classics); 13/09/11 (EUA-PSOne Classics)
PC
22/10/99 (EUR), 29/10/99
NOTA
7.2
Este jogo é pra…
( ) passar longe (X) dar uma jogadinha de leve (X) dar uma boa jogada (X) jogar freneticamente (X) chamar a rua toda pra jogar (X) um tipo específico de jogador. Qual? Não o cara que fica o dia todo jogando MMORPG, isso é óbvio! ( ) incógnita
1971. Nolan Bushnell. O ano zero e o pai da indústria dos videogames como nós a conhecemos, respectivamente. Diz a lenda que seu primeiro protótipo (na época não havia como distinguir entre consoles domésticos e fliperamas – era tudo um trambolho só), rodando o jogo de tênis ou pingue-pongue minimalista Pong, parou de funcionar por excesso de uso: não conseguiam parar de jogar! E era só o início da febre… Mas já o suficiente para virar a mesa no ramo do entretenimento eletrônico, se é que havia mesa para virar (entretenimento eletrônico antes do Pong)! Eu sei que essa história é de 1900 e lá vai fumaça mas… a Hasbro, respondendo pelos direitos da extinta Atari, resolveu reciclar o original, e fazer um update sem deixar a tintura retrô escorrer completamente… 28 anos depois! Só posso imaginar que Mr. Bushnell jamais imaginaria o que seriam capazes de realizar sobre sua idéia tosca e arcaica, com os recursos tecnológicos atuais! Além do mais, é preciso respeitar: se não fosse o Pong, esse texto nem estaria aqui!

Para quem ainda tem alguma dúvida de como o jogo funciona, basta dar uma lidinha em https://rafazardly.com/2025/02/08/o-primeiro-jogo-da-historia/. A proposta segue a mesma, apesar da nova roupagem poligonal, multicolorida e barulhenta. Até a inacreditável simplicidade dos controles foi conservada: usam-se tão-somente os direcionais do controle de PlayStation. Nada de teclas aqui, pelo menos após navegar pelos menus e iniciar uma partida.

Mas o sentido da análise é falar do que mudou. Agora as partidas são, inicialmente, de 10 pontos, ao invés de 99, nos anos 70, mas o detalhe é que a quantia passa a ser customizável. Quanto mais a partida se intensifica, mais rápido viaja a bolinha. Outro diferencial considerável é que agora dá pra jogar de 1, contra o computador (parece tão simples, mas vá falar isso pra uns caras que já achavam o binarismo algo sem-precedentes…)!

Não pensem os reducionistas que este lançamento é mais uma cash-cow: além da réplica da premissa, Pong: The Next Level oferece diversas modalidades bem exóticas e que vão muito além do produto primitivo. Com efeito, o jogo encoraja o gamer a destravar mais e mais desses modos, zerando os previamente abertos e colecionando barras douradas.

Pó, pó, pó!… A bolinha virou ovo!
Power-ups foram acrescidos à farra. Desde efeitos inusitados aplicados à bola e a própria multiplicação das bolinhas a montar uma zaga para servir de back-up às suas costas são permitidos, e desde que você atinja os ícones contendo essas funções na tela poderá usufruir sem delongas das habilidades especiais, sem pressionar nenhuma tecla. Mas, se não quiser esperar nenhum segundo, pode apertar X e ser investido do power-up em tempo recorde. Pois é, eu havia mentido que as partidas não utilizam botões, mas tinha sido por uma boa causa, e não deixa de ser uma meia-verdade (utilizam um botão, e não botões)!

Essa versão não é perfeita, como a antiga, talvez porque seja mais ambiciosa. Em algumas fases, a loucura é tanta, com objetos quicando em todas as partes, que ocorrem ligeiros slowdowns. Esse é o preço a pagar pelo inequívoco embelezamento visual que quase três décadas representam (e, 2 décadas e meia depois, já se encontra defasado novamente)… Há arenas temáticas. Muitas das primeiras têm a ver com pingüins e focas, sabe-se lá por quê; mais pra frente, o controlador irá se deparar com cidades maias e até estádios de futebol e galinheiros!

Os efeitos sonoros propositalmente mantêm o charme antigo, mas dessa vez há música, coisa impensável para um mero Telejogo nos idos da Guerra Fria! E o tempo da música acelera ou reduz conforme a partida está ou não pegando fogo, o que é um ótimo ingrediente.
Rafael de Araújo Aguiar é sociólogo não-praticante e um tanto apaixonado pela forma velha de se programar jogos
Lista de agradecimentos
GameFAQs:
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versão 2 – 2014; 2025.