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ghost in the shell: stand alone complex (ps2)

PlayStation2

Ghost in The Shell:

Stand Alone Complex

Koukaku Kidoutai: Stand Alone Complex (Japão)

F I C H A    T É C N I C A

Developer Cavia

Publishers Sony / Bandai / Atari

Estilo Ação > Third-Person Shooter > Anime > Cyberpunk

Datas de Lançamento 04/03/04 (JP); 08/11/04 (EUA); 06/05/05 (AUS-EUR)

NOTA

7.3

Este jogo é pra…

(  ) passar longe  (X) dar uma jogadinha de leve  (  ) dar uma boa jogada  (  ) jogar freneticamente  (X) chamar a rua toda pra jogar  (X) um tipo específico de jogador. Qual? Quem quer um jogo tão curto quanto frenético; espectadores da série original.  (  ) incógnita

Vida útil estimada: 14h30

Pára-quedas são para garotinhas choronas e hippies. Ciborgues ignoram as ameaças representadas por precipitações de grandes alturas e pulam de helicópteros direto para o solo, sem mediação, com graça, já em postura de combate, escaneando a área atrás de alvos hostis para derribar.

Você se sentirá no Neuromancer de William Gibson(para quem reconhece referências mais ‘intelectuais’). O enredo é majestoso e se passa como um arco independente dentre os vários de Stand Alone (o cartoon) que não envolvem o Homem Risonho (o supra-sumo dos hackers).

Enquanto recebe ininterruptas informações pelo implante que permite comunicação grupal hi-tech via voice link direto do cérebro (pensando alto, sem esboçar mover os lábios), “Major” (creio que se fosse um título a ser levado a sério a “mina” – não vamos debater o sexo dos ciborganjos – já seria generala!) Motoko Kusanagi sonda a área. A aparência calma, as águas dóceis, do Nihama Pier não oculta o fato de que na ilha de concreto, na fortaleza de metal, qualquer coisa proibida se esconde e está prestes a estourar algo grande. Para sorte da infiltrante, o porteiro de um armazém tão precioso está caindo de sono. Numa abordagem tête-à-tête com silenciador ou via guilhotina por trás, pouco importa, mas ainda é preciso encontrar o painel que abre as outras escotilhas.

A pequena ‘caixa preta controlável’, deve ser uma homenagem ao curioso humano que transportou sua mente para um robô quadradão de um dos primeiros episódios do desenho. Não espere encontrar nenhuma cerveja gelada aí dentro! E aos fãs de Solid Snake que estão gargalhando ao apreciar a imagem, lembrem-se que em MGS1 um dos itens mais valiosos do protagonista era uma capenga caixa de papelão!

A Seção 9 está muito preocupada com o segredo contido no píer arejado. Através de seu braço mais competente, verifica-se a culpa dos anfitriões: um exército de soldados com próteses equipados com o sumo da tecnologia militar e transbordando de agressividade não pode significar propriamente uma recepção diplomática a Motoko! Que se dane a “vida” dessas máquinas inteligentes, seu objetivo é custodiar o único que interessa, que certamente irá fugir do fogo-cruzado e tentar escapar num cargueiro, pela porta dos fundos. Então, até lá, é matar tudo o que se move ou morrer no processo!

* * *

Ghost in the Shell: Stand Alone Complex é mais um título de Ação baseado na série televisiva de nome idêntico. Na estória proposta estamos numa Tokyo alternativa de 2030. A sexy Motoko Kusanagi (mais ágil e pirotécnica) e o diligente Batou (mais bruto, o ideal quando se fala em carregar armamentos pesados como lança-foguetes) são suas opções. Dois componentes controláveis da agência governamental ultra-secreta Section 9 montada para resolver o que nem a Polícia Federal consegue, às vezes mais com Maquiavel debaixo do braço do que a Lei! Improvisação acaba sendo a chave do negócio, mesmo que os treinamentos tenham importância fulcral nas missões, porque o imprevisto ronda seus homens/ciborgues/mulheres! A gameplay é integralmente em terceira pessoa desta vez; melee combats também fazem parte da rotina, bem como pular e escalar estruturas, ao longo de 12 mission briefs (mesmo número do jogo anterior), sem esquecer da tradição consolidada (mesmo com apenas 2 jogos da franquia) de FMVs com gráficos muito mais impressionantes que os da gameplay. Na ocasião, muito mais texto que no jogo de PSOne, graças ao dispositivo de comunicação (o neto do wi-fi de hoje? Quem sabe!) e às caixas de texto intermitentes no rodapé da screen. Os rostos como Togusa, Ishikawa e Aramaki, “NPCs” da Seção 9, serão contumazes.

A pitada necessária de Matrixdepois de freqüentar o Tutorial, fica até fácil de fazer as gracinhas acrobáticas da Moto(VROOM-VROOM!)ko…

São armas o bastante, e munição em profusão encontrada em inimigos derrotados, mas escolha bem de que instrumentos você irá precisar, porque poderá carregar apenas 2 por vez! De quando em vez uma hacking key fará parte do serviço, para ser usada nos oponentes inconscientes. Invadir suas cabeças é mais simples do que enfiar um pen drive numa entrada USB para nós “principiantes do século XXI” e consiste em pré-requisito essencial a fim de abrir certas partes da fase e visualizar a localização de outras sentinelas. Mas estudar as câmaras ainda não visitadas “oficialmente” também é possível com a impecável função de “camuflagem”! Uma terceira vantagem de “hackear” as cabeças dos ciborgues derrotados será transformá-los em zumbis, bots que passam a obedecer plenamente suas ordens! São 3 dificuldades para tentar consolar a fugacidade da experiência, acrescidas de um multiplayer deathmatch para até 4 jogadores competirem dentro de 7 mapas exclusivos.

Deu para perceber, pela complexidade das missões, que Motoko NÃO É uma femme fatale “normal”: ela é um exército inteiro numa só! Uma das maiores belezas do jogo são as animações da personagem, capaz de rebolar e se esgueirar pelas maiores sinucas de bico em corredores, zonas abertas e plataformas perigosas fielmente transpostas do desenho animado para o PlayStation2. Combos no mano a mano capazes de fraturar ossos e desvios de balas à la Matrix estão no horizonte de possibilidades. Como bem se vê, a jogabilidade virtualmente 360° com os Tachikomas de GitS1, de Play1, não fará a menor falta! E se fizer, saiba que essa opção ainda existe em Stand Alone: standing alone, perdoe o trocadilho, como power-up eventual!

Muitos acharão uma pena que o quesito som não esteja no mesmo nível do anime. Os efeitos sonoros parecem mal-sampleados se comparados com a produção não-interativa, a quintessência em áudio. A única dublagem oferecida na versão ocidental é a americana, sempre aquém da oriental; estranho, haja vista DBZ Budokai 2 (GameCube) e a quadrilogia Dot Hack disponibilizarem a performance dos seiyuu a um toque de menu, mesmo para nossa zona de habitação. Enfim, mesmo o trabalho do compositor Nobuyoshi Sano, em que pese acima do medíocre, parece léguas abaixo da divina Kanno Yoko, sonoplasta da série de TV. Uma consolação suprema, não obstante, foi oferecida pela Bandai: a rendição de Inner Universe – o tema da primeira temporada de Stand Alone Complex –, que contém versos cantados simplesmente em três idiomas diferentes, Inglês, Russo e Latim! Nem preciso exaltar as qualidades soberbas da cantora, só colar o link – https://www.youtube.com/watch?v=EIVgSuuUTwQ – e esperar que você também seja envolvido até a alma pela melodia!

Rafael de Araújo Aguiar é sociólogo não-praticante e um tanto apaixonado pela forma velha de se programar jogos

Lista de agradecimentos

MOBYGAMES.COM:

Servo

HONESTGAMERS:

Gary Hartley

JEUXVIDEO:

Logan

GAMEFAQS.COM:

TemYap

midwinter

OneBadGuy

versão 2 – 2014; 2025.

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