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super (formation) soccer (snes & tgfx)

REVIEW N° 1041 DO NEWGEN

Super NES & Turbografx

Super Soccer

Super Formation Soccer (Japão, SNES)

Formation Soccer: Human Cup ‘90 (Japão, Tgfx)

FICHA TÉCNICA

Developer Human Entertainment

Publisher Human / Nintendo

Estilo Futebol > Arcade

Datas de Lançamento:

Tgfx – 27/04/90 (JP)

SNES – 13/12/91 (JP); 05/92 (EUA); 04/06/92 (EUR)

NOTA

7.56

Este jogo é pra…

(X) passar longe  (X) dar uma jogadinha de leve  (  ) dar uma boa jogada  (  ) jogar freneticamente  (X) chamar a rua toda pra jogar  (X) um tipo específico de jogador. Qual? Os entusiastas do Mode 7 (giro pra cá, giro pra lá) e do futebol de seleções sem frescuras.  (X) incógnita

Vida útil estimada: 12h40(*)

Seqüência final – spoiler?!

Primeiro jogo de futebol do Super Nintendo, parido em 1992, Super Soccer (para alguns Super Formation Soccer) era na verdade capital como entretenimento àquela altura, tendo em vista que para o SNES só haviam saído, até então, 5 outros jogos, curiosamente a maioria esmagadora esportiva: Super Tennis, F-Zero, Super R-Type, Super Mario World e Pilotwings. Portanto, nenhum gamemaníaco da era 16-bit com poucos videogames em casa podia desprezar este cartucho, pensando em horas suplementares longe do tédio!

O ângulo da câmera é traiçoeiro para quem ataca de cima pra baixo!

O jogo se passa inteiramente numa competição internacional fictícia, sem qualquer pé na realidade ou em licenciamentos onerosos. Esqueça Copa do Mundo. São, isso sim, mata-matas com 16 das seleções mais cascas-grossas do período, tais quais Bélgica (?), França, Inglaterra, Camarões e Colômbia – time da moda na época –, culminando com a finalíssima contra a portentosa Alemanha de Rudi Voller. Não muito diferente, portanto, do cenário atual na parte dos bambambans!… (esse review é de 2015). (No Japão, no caso do Turbografx, tentaram capitalizar com o título remetendo à Copa de 90.)

Menu de seleção

Esse tal torneio, com as seleções já pré-encaixadas como seus adversários das fases “x” ou “y”, são praticamente a única atração da fita, exceto pelo insípido modo amistoso, onde se consegue, ainda, enfrentar um amigo e bater uns pênaltis. Os jogadores tampouco são reais em S(F)S. Mas pelo menos os desenvolvedores tiveram a decência de deixar o primeiro nome, para que conseguíssemos associar os atletas às figuras famosas. Os bonecos de poucos sprites não deixaram de fazer referências aos mitos do princípio dos anos 90, batizados aqui timidamente de Diego (Argentina), Rudi, Lothar (Alemanha), etc., etc. São Matthäus, Voller e Maradona, retrospectivamente (precisava mesmo dizer?).

Caramba, que defesaça!

Mas o irônico é que os outros dez jogadores dum time parecem sempre seguir o visual do craque indiscutível, que é o único personalizado da exibição. A França é entupida de loirinhos. A Inglaterra, de ruivos e sardentos. Agora só falta você me dizer que os camaroneses são uns negões… Ah bom! Mas deixando de brincar com a monocor de cada seleção, Super Soccer é sim um jogo com paleta de cores bem multifacetada, para a época. As torcidas são um arco-íris à parte, repare nas fotos. Faltou ainda dar mais exemplos de características táticas de seleções baseadas no mundo real, do que os produtores da Human não se esqueceram: a Irlanda tem um goleiro praticamente intransponível, uma homenagem a Pat Bonner; o Uruguai é um time violento pra caralho – ouviu essa, LuganoSuárez? – que dá muitas faltas de brinde.

FINAL DA COPA 2014 – a saída de usar só o primeiro nome foi inteligente

Diferente de 95% (ou mais) dos footies virtuais, neste aqui a trilha sonora come solta durante as partidas! São duas músicas somente, no cartuchinho: uma para o primeiro e outra, mais agitada, para o segundo tempo, embora ela varie conforme a seleção que você controla, com novos arranjos (aquela coisa pomposa e séria quando é um europeu e malemolente e gingada quando somos nosotros los macaquitos sudamericanos).

OH NÃO, OWN GOAL!

Nada de fintas, olés, canetas, chapéus ou dribles da vaca: a gameplay é simples ao extremo. Ainda assim, não deixa de ser pra lá de exótico haver 2 botões para passe: um sempre frontal, incerto mas sempre ofensivo, o outro um “toque teleguiado” em qualquer direção! Porém, nem sempre se foge do necessário clichê: dois botões fazem o zagueiro ou homem na defesa em geral dar um bote no rival: um é aquela metida inocente de pé; a outra tecla, que dá graça ao negócio, é um carrinho à la Camarões (sim, na época os Leões eram os mais brutais do primeiro escalão FIFA!).

Você sabe quem ganha a Copa do Mundo do Brasil?

Cada atleta é avaliado com 3 escores, um para sua ofensividade, outro para sua defensividade, além dum terceiro para seu nível de Michaeljohnsonismo (alô-ou, o campeão dos 100m rasos da época!). É isso aí, meu chapa, não vai queimar o combustível antes de marcar uns golitos!

Maioria das equipes possui um ou dois corredores natos: tudo o que você tem de fazer é ziguezaguear com talento pela defesa e arrematar. Mais fácil que tirar doce de David Luiz!

Quem pensa que a função “Manual” do goleirão foi inventada pelos ISS da Konami pode tirar o cara-de-Ribéry da chuva, porque este Super Formation foi bem mais pioneiro! E o melhor de tudo é que a função Manual é MELHOR que a Auto, e não o inverso! Na verdade será a única maneira de evitar que as blitz que a CPU costuma fazer no final da partida (é, aquele calor na sua área) resultem em malfadadas viradas de placar.

Saudade dessas telas pretas!

Bater os chucrutes no endgame desbloqueia uma cinematic bem-humorada em que o árbitro, corrompido, sem honra nem dignidade, parecendo apito amigo de madrileño, rouba o troféu arduamente conquistado pelo player 1 e, quando perseguido, desafia o elenco a bater seu próprio time de super-astros, o Team Nintendo! Fazer o quê, senão anotar a password e jogar mais essa partida?! Nem é preciso tanta coragem assim (quem achou que ia encarar Mario Bigode e Link Espadinha se deu foi mal!…). Ser bem-sucedido significa habilitar pela primeira vez o modo Hard! Ah, que saudade desses jogos tão simples mas que eram ao mesmo tempo cheios de (arte e) manhas, truques e segredos… Cumpra essa missão e des(bolas na)trave isso! Cumpra isso e destrave aquilo! I.e., quando isso tinha graça!!

Parece xadrez mas é futebol

O torneio que – vamos admitir – é o único modo de jogo a não ser pelo Two-Player, dura poucos matches de 10 minutos cada, sem contar quando morremos game over e recomeçamos do zero, o que dá uma porrada de tempo para quem quiser finalizar com cada uma das 16 seleções internacionais (mais de 40h(*)!). De todo modo, 16 podia ser mais, bem mais, comparando-se já com petardos do gênero da mesma era, como Sensible Soccer e European Club Edition (na verdade o segundo é uma continuação do primeiro). Um jogo, enfim, de “formação” do gênero – hehe, adoro trocadilhos! – e de bastante PERSONALIDADE!

Eu sabia que a África comemoraria uma Copa do Mundo um dia… mas foi bem suado!

(*) Não acredite nas 12h40 do cabeçalho do review – essas médias de usuários do GameFAQs nunca querem dizer nada mesmo, bá!

Essa é a versão Turbografx/PC Engine, sentiu a diferença?

Rafael de Araújo Aguiar

Lista de agradecimentos

MOBYGAMES:

Jenny Bee

Hello x)

GAMEFAQS:

VillaNZ

hydao

JEUXVIDEO:

CurtisManning

versão 2 – 2015; 2025.

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