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saint seiya: the sanctuary (ps2)

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obs: nós não seguimos o acordo ortográfico lusitano de 2009!

Por Rafael “Cila” Aguiar

PlayStation2

Saint Seiya: The Sanctuary

F I C H A    T É C N I C A
Developer(s)
Dimps Corporation
Publisher(s)
Bandai
Estilo(s)
Luta > Arcade > 3D
DATA(S) E REGIÃO(ÕES) DE LANÇAMENTO
07/04/05 (JP), 30/06/05 (EUR)

Também incluso na(s) compilação(ões):

N.A.

Quem jogar este também poderá gostar de:

(Em vermelho, os jogos que já revisamos – se não estiver linkado, ainda não foi “upado” no novo blog.)

Dragon Ball Z: Budokai 3 (PS2)

Yu Yu Hakusho: Dark Tournament (PS2)

NOTA(S)

(Cada escore é uma média dos principais portais de games na web e revistas antigas quando for o caso, e também engloba a opinião dos gamers visitantes, além da crítica especializada; não necessariamente reflete meu ponto de vista sobre o jogo.)

6.7

ESTE JOGO É PRA…
(X) passar longe(X) dar uma jogadinha de leve
(  ) dar uma boa jogada(  ) jogar freneticamente
(X) chamar a rua toda pra jogar(  ) uma incógnita
(X) tipos específicos de jogador. Quais? 
  • Estritamente para os saudosos da Saga das Doze Casas.
FAIXA DE VIDA ÚTIL ESTIMADACerca de 23h.

Saint Seiya: The Sanctuary (Cavaleiros do Zodíaco: O Santuário) cobre, veja você, os eventos da saga do Santuário, a “insurreição” dos cinco cavaleiros de bronze contra os doze cavaleiros de ouro (na verdade menos do que isso, mas é uma longa estória…) para salvar a deusa Atena. Este arco foi justamente apontado como o ápice dessa consagrada animação em terras brasileiras.

Há dois modos de jogo, 12 Gold Palaces, que é o story mode, e 1,000 Day War, uma forma astuta de batizar o vs. mode. Um terceiro modo, secreto, será explicado mais abaixo. Na estória o jogador tem acesso a cutscenes em 2D explicando os reveses da trama, a ponto de pessoas que nunca assistiram poderem entender, embora sejam feitas menções, nos diálogos, a eventos pretéritos do desenho.

A mecânica de combate envolve dois botões de ataque físico, um de bloqueio e um destinado à dash; um quinto botão é para o special. Combos são formados com diferentes combinações dos 2 botões de ataque padrão. O botão de special pode ser segurado para carregar um big bang attack, versão ainda mais potente do especial. Na verdade alguns cavaleiros possuem até 3 gradações de big bang, outros menos, dependendo da duração da segurada no botão. Agarrões podem ser executados pressionando block+ataque simultaneamente, o que leva a uma pequena seqüência animada. Alguns personagens compartilham as mesmas animações de throw, o que dá a impressão de que os desenvolvedores não gastaram muito tempo individualizando os bonecos. Todos os movimentos podem ser contra-atacados se o timing for correto, menos esses arremessos.

Os dois botões de ataque, se pressionados juntos, resultam numa explosão de cosmo que joga o adversário para trás, sendo um ótimo contra-movimento para evitar o ser encurralado. Usá-lo, entretanto, diminui a barra de cosmo, então o abuso indiscriminado fica descartado. A física é um pouco estranha, os personagens se movimentam de forma bizarra. O sistema de combos tem seus atrativos, principalmente quando se consegue manter o oponente no ar e acertando-o por baixo. As arenas são tridimensionais, havendo side step como esquiva, outras duas teclas envolvidas na mecânica. De forma geral os combates não são tão polidos como nos melhores 2D fighters do período. Não há aquela fluidez e precisão de um Street Fighter ou brawler da SNK. É um título de nicho.

Um score board é exibido após cada luta avaliando seu desempenho nos fatores ofensivo, defensivo e “valor” (creio que queiram dizer, com isso, honra ou honestidade, já que dá para jogar sujo, repetindo as mesmas técnicas, sem variação de estilo). Essas notas influenciam quais secrets são destravados zerando-se o jogo, bem como nos estágios bônus que se vai jogar. Esses estágios são nas viagens dos cavaleiros entre uma casa e outra, algo similar ao Tekken Force mode da Namco. Geralmente envolvem sair massacrando soldadinhos comuns do Santuário num tempo limite.

Já na segunda vez que estiver jogando o modo estória cenários “e se…” serão abertos, havendo a discussão de hipóteses diferentes das encontradas na storyline canônica do desenho, incluindo combates inéditos e improváveis. Importante ressaltar que há apenas duas versões de SSS, a européia e a japonesa. A européia possui várias opções de idioma, inglês, italiano, alemão, francês e espanhol. Já a versão nipo conta com seus próprios chamarizes, discutidos mais tarde.

A tradução para o inglês, que avaliamos, é competente, embora tenha sua meia-dúzia de omissões que só os puristas podem detectar. Usam knight no lugar de saint, se bem que isso não valeria para o nosso ponto de vista, já que por aqui também chamamos os santos de cavaleiros, deturpando o original. Hyoga The Cygnus (Hyoga de Cisne) é chamado The Swan durante os diálogos, embora seja referido como Cygnus no próprio menu de seleção e na legenda em meio à batalha. Uma terceira curiosidade é que Deathmask, o Máscara da Morte, é chamado de Mephisto.

O modo secreto é o Demon Pope Fist. Nele inverte-se o ponto de vista, você controlando as forças do mal para impedir a ascensão dos cavaleiros de bronze pelas doze casas gregas. Esse modo se diferencia por empregar pontos de experiência concedidos ao fim de cada combate, perdendo ou ganhando. E a modalidade é tão apelona que esse mecanismo será utilizado à exaustão: será necessário grindar como num bom e velho RPG até ter condições reais de abater os hypados cavaleiros de bronze (foto abaixo)!

No Demon Pope ainda há a adição de temperos exóticos à gameplay: elementos da arena, vantagens e desvantagens específicas que podem ocorrer em confrontos determinados e ‘god powers’ que podem ajudar ou atrapalhar. Esses poderes podem fortificar sua defesa, deixar o adversário mais lento, etc. Parece que a única dificuldade desse modo é o ultra hard, pois o jogador jamais terá vida fácil. No início os mesmos socos e chutes dos rivais infligem muito mais dano que os seus, todas as suas magias são defletidas e você nunca consegue contra-atacar a dos “mocinhos”. Nem tente soltar big bang attacks enquanto não tiver evoluído consistentemente sua ficha de personagem!

É compreensível haverem “nerfado” os cavaleiros de ouro e colocado Seiya & cia. como ultra-poderosos nesse modo, como forma de contrabalançar o fato de que são 5 contra 12, mas acaba sendo injusto mesmo assim, tamanha a disparidade inicial. Acostume-se à idéia de ter de perder mais do que as primeiras dez batalhas antes de ter chances de vitória. No fim, esse modo agita um pouco as coisas, mas o conceito funciona muito melhor no papel e ele só adiciona longevidade se o jogador for muito paciente.

Os personagens da trama não se limitam aos hipotéticos 17 envolvidos na saga original: chamaram até os esquecidos Cavaleiros de Aço para a refrega das Doze Casas!

Os cenários possuem partes destrutíveis, como as colunas, fazendo jus ao desenho animado! Embora isso torne as batalhas mais espetaculares, o tanto de destroços e poeira podem ocultar os personagens, atrapalhando o jogador mais uma vez. Falando desses elementos secundários, a edição japonesa possui muito mais aspectos que remetem a um mangá, incluindo as onomatopéias dos golpes e certas interjeições e exclamações dos personagens em letras garrafais. Tudo isso foi retirado da versão ocidental.

Há bastante voice work em SSS. Infelizmente, por razões de direitos autorais, a trilha sonora européia é genérica, i.e., composta de canções criadas para este jogo em especial, enquanto que no Japão pode-se ouvir a trilha do próprio desenho animado em diversos segmentos.

Na verdade até a estruturação do story mode japonês é espelhada no desenho: há partições parecidas com as de episódios, com título, abertura e tudo. Pegasus Fantasy toca sempre que um episódio está começando; na Europa a música não recebeu autorização para ser veiculada, então a estruturação em episódios foi desmontada. Inclusive, a música que toca na intro européia é a mesma que toca no collections menu da japonesa, e é bem fraquinha, não participando da reputação de Saint Seiya como uma das melhores original soundtracks de todos os tempos!

Eu adoraria dar uma notaça ou pelo menos discordar da nota média dada pelos sites para SSS, sendo este o primeiro jogo baseado na franquia desde o NES. Todavia, os belos gráficos para PS2 e a excelente música (no caso japonês) são acompanhados por uma gameplay falha e simplista. Há sem dúvida mercado para Saint Seiya: The Sanctuary, mas ele é o mesmo de licenças como Dragon Ball Budokai, Yu Yu Hakusho e Ranma ½, para não citar outras: só os mais ardorosos fãs devem contemplar a possibilidade de comprar o produto.

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Lista de agradecimentos pela cessão de imagens e informações:

GAMEFAQs:

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