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bishi bashi special (ps)

review 0ldbutg8ld #1118

obs: nós não seguimos o acordo ortográfico lusitano de 2009!

Por Rafael “Cila” Aguiar

PlayStation

Bishi Bashi Special

Bishi Bashi Special 2 (Japão)

F I C H A    T É C N I C A
Developer(s)
Konami
Publisher(s)
Konami
Estilo(s)
Miscelânea > Minigames > Foco multiplayer
DATA(S) E REGIÃO(ÕES) DE LANÇAMENTO
02/09/99 (JP), 07/07/00 (EUR), 27/09/01 (JP, Konami The Best), 12/12/02 (JP, PSOne Books), 24/04/08 (EUR, PSOne Classics)

Também incluso na(s) compilação(ões):

N.A.

Quem jogar este também poderá gostar de:

(Em vermelho, os jogos que já revisamos – se não estiver linkado, ainda não foi “upado” no novo blog.)

Battle Hunter (PS)

Mario Party (N64)

NOTA(S)

(Cada escore é uma média dos principais portais de games na web e revistas antigas quando for o caso, e também engloba a opinião dos gamers visitantes, além da crítica especializada; não necessariamente reflete meu ponto de vista sobre o jogo.)

7.9

ESTE JOGO É PRA…
(  ) passar longe(X) dar uma jogadinha de leve
(X) dar uma boa jogada(X) jogar freneticamente
(X) chamar a rua toda pra jogar(X) uma incógnita
(X) tipos específicos de jogador. Quais? 
  • Fãs de anime;
  • Fãs de loucura gratuita;
  • Galeras apinhadas numa sala desejando um multiplayer lisérgico.
FAIXA DE VIDA ÚTIL ESTIMADADe 1h a 50h.

Mais insano – se menos preciso – que qualquer minigame de qualquer Mario Party elevado ao quadrado!

Eis um jogo insano. Não falo de “meio” insano, “um tanto quanto” insano ou esporadicamente” insano: é de absolutamente doidivanas de pedra biro-leibe bilu-tetéia que-porra-é-essa? insano mesmo que estamos conversando!

Bishi Bashi Special é um jogo multiplayer festivo, felizmente jogável também solo, embora perca muito do apelo. Ele consiste, de forma curta e grossa, sem perder tempo com narrativas nem áreas centrais, e através de pouquíssimos menus, de 85 minigames rápidos e tresloucados em infatigável e brusca sucessão que podem ser jogados, é verdade, em algumas seleções de modalidade, como endurance (todos na seqüência), escolha manual e escolha aleatória; e com algumas customizações (número de jogadores da CPU participando, dificuldade…).  Quando um minigame parecer que irá cansar o jogador, logo este estará envolvido noutro completamente distinto. É kitsch e é quase sem regras, embora haja sempre uma tela de tutorial bem explicando cada joguinho, o que é em si uma paradoxal façanha!

De todos os jogos de PSX, incluindo alguns tecnicamente mais refinados como Crash Bash e Battle Hunter, além dos orientais, que pouco conhecemos, poderia dizer que BBS é o party game genre encarnado num CD – a Konami já deu mostras de saber ser ilimitadamente engraçada quando decide sê-lo (Sexy Parodius).

Os jogos são bem diferentes entre si, embora alguns possam ser reunidos num cluster de verossimilhanças (tem aqueles odiados pela maioria, do tipo ‘aperte todos os botões do controle sem parar’…), mas o que todos têm em comum é que duram no máximo 1 minuto. E todos têm a velocidade como sua natureza, i.e., não só porque sejam efêmeros mas porque se baseiam em coisas como reflexos rápidos, raciocínio lógico ágil, coordenação motora, capacidade de improvisação, e por aí vai. Parou para pensar na vida, perdeu. Simples assim. Tudo isso torna BBS perfeito para jogar em doses homeopáticas, sem planejar antes, se possível literalmente no meio de uma festa em que se senta no sofá por 5 minutos só para descansar da pista de dança ou do “levantamento do copo de cachaça”, ou quando aquela paquera foi dar uma passadinha no banheiro…

Não será objetivamente possível descrever os 85 jogos. Seria, mas pra quê?! Vamos só dar uma idéia geral da insanidade aqui contida: jogue 3 dados e informe qual dos 3 saiu com o maior número (com a pressão do relógio e do desempenho dos adversários sobre sua cabeça), dirija um limpa-neves para derrubar automóveis do terraço dum edifício, coma macarrão o mais rápido que puder, imite o ritmo com que um macacaquinho bate os pratos, atire em criminosos, lance um refrigerante no espaço chacoalhando-o antes, prepare um hambúrguer com os ingredientes certos e na ordem adequada conforme o modelo, ajude o maromba da academia a comer presunto defumado, banque o sósia do Michael Jackson tentando ser o primeiro a chegar no fim de um rink de patinação no gelo… de costas!, dance uma dança em que quão mais no ritmo você estiver mais seu cabelo afro irá crescer, jogue boliche com carros no lugar de bolas e dentro de uma casa de ópera… e assim vai. Lá pelo vigésimo minigame você pensa que BBS perdeu sua capacidade de surpreender, mas o jogo tem orgulho em provar que, em termos de Konami e festa (e, sobretudo, anos 90), as expectativas devem ser sempre as maiores. Eu falei do ursinho de pelúcia com máscara de hóquei que invade aleatoriamente alguns dos minigames para chicotear quem estiver indo pior?!?

A apresentação visual conta muito para o efeito de bad trip frenética do jogo, basta olhar as fotos. Algumas justaposições de fotorrealismo com os hilários sprites 2D parecem ser o ingrediente que faltava em nossas vidas – e sequer sabíamos, ao menos antes de tocar em Bishi Bashi. Que os polígonos vão pastar, aqui é old school, caralho!!!

E uma das coisas mais desconcertantes no aspecto imagético é que os planos de fundo podem ser literalmente qualquer coisa. Ao contrário dos personagens, que muitas vezes são um avatar bastante fiel ao corpo humano, com cara de joão-ninguém, e em outras são repetições das figuras em anime vistas, p.ex., na capa, os planos de fundo ou backgrounds variam de jogo para jogo e não têm qualquer parâmetro no mundo real. Não obedecem a leis de associação ou temas. Simplesmente são. Um minigame tal tem uma Estátua da Liberdade como leitmotiv. Não há qualquer conexão com os Estados Unidos, com o conceito de liberdade ou com New York ou qualquer megalópole. Os criadores apenas colocaram lá a paisagem, porque quiseram. E uma Estátua da Liberdade-chan (antropomorfização moe) orna a própria capa de BBS! Parar para se questioner porque as coisas são assim em vez de outro modo resultará apenas numa coisa: perder o minigame!

Quem é péssimo na tabuada (e em deslizar rapidamente pelas teclas da calculadora usando o d-pad do PlayStation) odiará minigames como “Punch In Those Numbers”, mais ligados à verve edutainment. Mas quem zela pela integridade de seus joysticks deverá ficar longe de “Burst The Balloon” (inclusive parecido, mas mais agressivo, que Balloon Burst, em Mario Party 1, lançado pela Nintendo basicamente na mesma época – a precedência é da Konami, por 3 meses, caso decidam levar a disputa aos tribunais!). Sua sorte é que por mais antipatias que meia dúzia de minigames possam gerar há ainda cerca de oito dezenas inofensivos ou agradáveis (em Mario Party o seminal, para continuar citando o “principal concorrente”, eram uns 30 a menos!).

As disputas são embaladas por números tão coerentes e racionais quanto os gráficos e os sistemas de regras, como se verifica por “Stay With The Rhythm”!

ATENÇÃO! (assim cada minigame abre…) Este é um título atemporal – arranje uns amigos ou pelo menos falsos amigos capazes de freqüentar sua casa por motivos interesseiros para experimentar BBS em todo seu charme e potencial! Saudades da velha Konami!… E que pena que o Ocidente ficou sem Bishi Bashi 1 e 3

֍

Lista de agradecimentos pela cessão de imagens e informações:

GAMEFAQs:

Martin_G

Wingus_Maximus

lisanne

falsehead

KFHEWUI

MOBYGAMES

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