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panic bomber (vb)

Virtual Boy

Panic Bomber

Tobidase! Panibomb (Japão)

F I C H A    T É C N I C A

Developer Raizing

Publisher Hudson

Estilo Puzzle

Datas de Lançamento 21/07/95 (JP), ??/12/95 (EUA)

NOTA

6.8

Este jogo é pra…

(  ) passar longe  (X) dar uma jogadinha de leve  (  ) dar uma boa jogada  (  ) jogar freneticamente  (  ) chamar a rua toda pra jogar  (X) um tipo específico de jogador. Qual? Emular um Virtual Boy já é uma experiência única em si mesma. (  ) incógnita

Acada novo hardware, as pessoas ficam curiosas a respeito das inovações e das novas franquias que serão lançadas junto com o aparelho, como é presumível. Não ficam menos curiosas, entretanto, para saber como será a aparição de velhos conhecidos na nova plataforma. Com o Virtual Boy não seria diferente. Apesar de ter sido um fracasso mercadológico, de vida útil inferior a 2 anos de idade, e de ter recebido menos de duas dezenas de jogos, o VB da Nintendo teve o privilégio de receber um Bomberman. A má notícia é que não se trata de um Bomberman no velho estilo “ação pensante”, que estraçalhou paradigmas (ou seriam paredes?) no Super Nintendo: Panic Bomber é um Tetris estilizado, enfeitado com os personagens da série da Hudson Soft. Um projeto mais “conservador” e de acordo com a demanda da audiência estava sendo tocado, mas como o console morreu precocemente ele jamais viu a luz. Portanto, Panic acabou por ser o primeiro e único game estrelado pelo mascote da empresa no videogame rubro-negro.

O objetivo é agrupar blocos idênticos em linhas horizontais, verticais ou diagonais a fim de eliminá-los, sendo que há apenas 3 tipos de blocos (não espere diferenciá-los pela cor, afinal o Virtual Boy é conhecido por apresentar gráficos exclusivamente bicolores, em preto e vermelho!). O êxito é atingido quando a CPU, que sempre joga contra o gamer (a tela é dividida), atinge o topo de seu espaço com os blocos, por não conseguir se livrar deles. O toque interessante e original é que num puzzle envolvendo o homem-bomba não poderiam faltar explosões: conforme o jogador detona algumas peças, bombas escuras aparecem no fundo da tela; ocasionalmente, bombas claras cairão do topo da tela; se o jogador combinar os opostos (como dois pólos, um positivo e um negativo), uma grande explosão entrará em curso. Todos os blocos explodidos serão dados como presente de grego ao oponente, o que também quer dizer que o rival controlado pela máquina pode executar as mesmas traquinagens contra o herói da história…

A mecânica é viciante, pena que o game seja curto. Uma sugestão que temos é que houvesse um modo “endless” (infinito), quem sabe com um cronômetro, que instigasse o gamer numa maratona, para ver quanto tempo agüentaria até a tela finalmente encher, sem enfrentar ninguém do outro lado. Mas tal opção infelizmente não existe, bem como no Virtual Boy não se pode jogar de 2 jogadores, o que é um verdadeiro pecado em um jogo como esse! No único modo existente, enfrentam-se adversários em 3 mundos, cada qual subdividido em 3 etapas: 2 adversários comuns + um chefe. Para ressaltar as boss battles como diferentes de tudo o mais, os produtores incluíram o ícone da caveira, velho conhecido dos marmanjos de Bomberman, como power-up. O efeito provocado pela supressão de alguns tijolos é randômico: todas as bombas se tornam claras; alguns blocos são eliminados sozinhos; os controles ficam invertidos, etc. Aquele que torcer o nariz para tais implementos pode desligá-los na tela de opções. Depois de passar pelos 3 mundos, o jogador destrava outros dois oponentes – um deles o desafia em uma melhor de três. Portanto, são 11 inimigos ao todo, e cada um tem uma tática de jogo diferente, para tentar ludibriar e divertir mais os jogadores.

Outros power-ups disponíveis são o “level up”, que aumenta a velocidade da queda dos blocos, o “flame up”, que aumenta o poder de fogo das bombas, e a “decker bomb” (uma espécie de bomba-sanduíche), que pode ser usada para limpar a tela se o gamer emendar uma ótima seqüência.

Os bloquinhos têm vida, naquele estilo caricato e infantil de Bomberman, o que está longe de limitar o game a fedelhos! As pecinhas têm olhos que se movimentam e as bombas pulsam antes de explodir. Os inimigos são engraçados e estão sempre entre as duas telas de ação (a do jogador e a dele mesmo), tentando chamar a atenção com quadros de animação e diferentes humores (conforme estão se dando bem ou mal na partida). Alguns dos melhores são Kraken, Partz – o Frankenstein da vez –, Conde Dracu-boom e a múmia Rahtut. Os fundos são temáticos, mas ao passo que embelezam também seriam uma péssima distração para o jogador, que deve estar atento apenas as seus bloquinhos! De qualquer forma, para expectadores que estiverem ao lado, resta contemplar as pirâmides e esfinges egípcias – com tema musical correlato –, florestas e um antigo castelo do Leste Europeu. Digo, expectadores do emulador, pois o Virtual Boy era um portátil em que só o usuário enxergava sua própria gameplay!

O desafio é propositadamente fraco no começo e aumenta aos bocados. Ainda assim, a dificuldade pode ser ajustada ao nível de habilidade do jogador, havendo 4 graus diferentes nas options. Por último, a única forma de continuar de onde parou após desligar o aparelho é através de passwords que só aparecem depois de cada chefão – lembra do SNES? Igualzinho!

Agradecimentos a Dave Frear do Nintendolife.com

Por Rafael de Araújo Aguiar

versão 2 – 2012; 2023.

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