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guitar hero world tour (ps2, ps3 & al.)

PlayStation 2, PlayStation3

+ Wii, Xbox 360 & PC.

Guitar Hero World Tour

Guitar Hero 4 (título informal)

F I C H A   T É C N I C A

Developers Neversoft, Vicarious Visions (WII), BudCat (PS2)

Publisher Activision

Estilo Música > Simulador multi-instrumental

DATAS DE LANÇAMENTO:

PS2

26/10/08 (EUA), 12/11/08 (OCE), 21/11/08 (EUR)

PS3

26/10/08 (EUA), 12/11/08 (OCE), 14/11/08 (EUR), 17/11/08 (EUR, bundle completo)

WII

26/10/08 (EUA), 07/11/08 (EUR), 12/11/08 (OCE), 14/11/08 (EUR, bundle completo + edição alemã)

360

26/10/08 (EUA), 07/11/08 (EUR), 11/11/08 (EUR, bundle completo), 12/11/08 (OCE)

PC

26/07/09 (EUA)

NOTAS

7.4 (PS2)

7.6 (PS3)

8 (WII)

7.6 (360)

7.4 (PC)

Este jogo é pra…

(X) passar longe  (  ) dar uma jogadinha de leve  (X) dar uma boa jogada  (  ) jogar freneticamente  (X) chamar a rua toda pra jogar  (X) um tipo específico de jogador. Qual? Normalmente gosta mais quem não é guitarrista proficiente!  (X) incógnita

Talvez o que salve Guitar Hero seja sua lista de músicas açucaradas, mais do que sua homogeneidade. Sim, um título que em cada uma de suas versões sempre recebe mais de 7 como nota prima pela constância… Mas talvez constância demais… Aqueles que não inovam se perdem no meio do caminho e se tornam irrelevantes… Digamos que haja inovações no universo de GH, mas o que de melhor há neste World Tour foi mais resultado de pressão do que de espontaneidade: a franquia rival Rock Band, ao apresentar joysticks especiais para tocar bateria e baixo (além da tradicional guitarra) e ainda um microfone, deixou os velhos GHers comendo poeira. A Activision, que comprou o time desenvolvedor, teve que correr atrás do prejuízo…

O multiplayer em que se pode desafiar bandas inteiras reunidas numa sala de estar ou, de preferência, garagem ou estúdio acusticamente preparado, era um dos momentos mais esperados da série, embora tal luxo seja reconhecidamente para uma elite, mesmo dentre os consumidores habitueés da franquia. Para quem viu Guitar Hero 1 nascer e ser revolucionário, e GH2 fornecer um modo para comparação de recordes online, esse salto parecia exigir um pouco mais de tempo… Mas que bom que veio logo! Talvez seja mais barato ter um Xbox ou PlayStation3 com esses adereços, a longo prazo, que pagar estúdio toda semana com os companheiros de banda, certo? Não exageremos: é apenas uma brincadeira, uma descontração inocente. Por isso não ligue se aquele seu amigo metido a besta quebrar alguns vidros e cristais com sua potência “não-domesticada” nas cordas vocais…

Toda essa maravilha de hardware apresentará problemas, não só pelos custos, conforme segue: címbalos extra-sensitivos ou então nem um pouco sensíveis (não se chega a um acordo com eles!) e pedal igualmente inconsistente. Mas não é nada comparado aos problemas com as guitarras (talvez você prefira a dos Guitar Hero antigos)… Os botões do braço, em testes de várias pessoas que compartilharam suas experiências, começaram a travar e enganchar depois de apenas um dia de uso, e a alavanca do corpo (chave dos captadores) apresentava falhas na captação poucos minutos após a estréia. De qualquer maneira, um melhoramento foi promovido: há um botão para se engajar no star power mode (vide review de Guitar Hero 1 para detalhes suplementares) localizado acima da barra de tremolo (antes sua única opção era empinar o instrumento de plástico – agora pode-se escolher qual dos dois métodos se quer usar).

O estúdio também aparece pela primeira vez nesta versão. Criar e divulgar seu material, além de baixar o de outros usuários, tornou-se praticável, finalmente. O programa é robusto e exige que se passe pelo tutorial e cultive-se uma “paciência de Mestre Miyagi (Karate Kid), mas compensa os aventureiros. Além do mais, é impossível implementar vocais, então prepare-se para gravar apenas “EPs instrumentais”, se é que sua boa-vontade chega a tanto – uma só faixa talvez já o deixe satisfeito, senão sinceramente cansado…

O modo carreira está idêntico aos esforços anteriores (e quase idêntico aos esforços posteriores!) e não vale a pena encher lingüiça com comentários repetitivos para leitores das outras matérias. Talvez o único fato sobressalente sejam as “boss battles”. O que não deixa a peteca cair e o investimento não ser um total tiro no escuro, no caso de World Tour, é seu catálogo musical. No fundo, tenho certeza que era o que você estava esperando ser citado, desde o início: mais de 80 faixas, todas elas realmente versões de estúdio, ao contrário do que se via antes. Jimi Hendrix, Metallica, Michael Jackson, The Eagles, Nirvana, No Doubt, Lenny Kravitz, Oasis, Sting, Van Halen, Coldplay, The Doors, Foo Fighters e outros farão do cômodo em que você aloja o videogame um arco-íris auditivo amalucado. Alguns matizes, como visto, são repetecos, os consagrados hits universais de cada banda (não foi outra a intenção ao usar a expressão peteca cair, mais acima). Vai do gosto individual se isso é qualidade ou defeito. Eu, particularmente, não dou a mínima para o Nirvana, menos ainda para Coldplay. O leitor pode, por alguma razão misteriosa, não simpatizar com Michael Jackson, o rei do pop, ser um péla-saco do Noel Gallagher ou até hoje nunca ter ouvido The Doors: sem problemas, sem problemas, há espaço para todo mundo!

Pela primeira vez os modelos poligonais dos vocais estão com os lábios sincronizados com os versos das músicas, o que não deve ser subestimado. Os baixistas gostaram do detalhe das notas estendidas, às vezes por músicas inteiras, no instrumento que lhes é próprio. Pausar e despausar se tornou um processo menos tortuoso: o game dá automaticamente alguns segundos extras para o jogador fazer sua entrada sincronizado e no tom!

Duas implementações que não funcionam muito bem: 1- a exigência de bater nos dois pratos simultaneamente para entrar no star power, no caso da bateria, foi muito mal-concebido e desconcerta os bateristas amadores (e de qualquer maneira é um procedimento inútil ainda que bem-executado pelo jogador – por que a ativação dos combos e da duplicação dos pontos não se dá de um jeito mais simples e lógico?); 2- a área sensível ao toque acima dos botões do braço, novidade desta guitarra, serve principalmente para as notas adornadas com uma linha roxa na tela, mas o sistema de reconhecimento dos dedos do usuário funciona aquém do desejado e o faz inevitavelmente perder seqüências, mesmo que seja quase impossível realizá-las através das 5 teclas-padrão em faixas como The Joker (Steve Miller) e Rebel Yell (Billy Idol), principalmente no PS2, que é visivelmente uma demo version para vender cópias, diferente das versões HD, mais refinadas. Além disso, não há conectividade e os loading times da versão do console fraquinho da Sony são estupidamente longos!

NOTA FINAL (Sem trocadilhos!): Observação cultural

Uma coisa que eu, como não-músico, aprendi com Guitar Hero é a seguinte: às vezes boas músicas são chatas de tocar, e músicas que não ouviria no meu tempo livre são uma delícia para os músicos (bom, infiro que assim o seja, e agora posso entender melhor por que alguns retiram unanimidades de suas set lists em turnês – respeitem os artistas!)

Agradecimentos

Aaron Thomas do gamespot;

Resident_Evil93, UltimaterializerX, Commander_R, leveledclassic e Fecal_Trucker  do GameFAQs.

Por Rafael de Araújo Aguiar

versão 2 – 2012, 2023.

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