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der langrisser (snes) & história da franquia langrisser

A SALADA DA CRONOLOGIA DA FRANQUIA LANGRISSER

Na verdade nem mesmo eu sabia, em 2013, várias informações sobre hardwares de destino dos jogos Langrisser e, fundamentalmente, que a série começou até antes de o jogo se chamar Langrisser, além da informação sobre Langrisser IV no PlayStation2 estar errada (agora foi suprimida do texto acima). Vamos a uma explanação mais detalhada da linha do tempo desse TBS (turn-based strategy) da NCS (também conhecida como Masaya Games, a sigla clássica atendendo por Nippon Computer Systems, simplesmente Sistemas de Computador Japoneses).

Tudo começou com Gai Flame de 87 para NEC PC-8801 e PC-9801 (lançamento simultâneo). É quase impossível encontrar reviews dessa obra em línguas ocidentais. Um mês depois os computadores Sharp X1 já tinham sua versão de Gai Flame. Por fim, 2 anos depois o console caseiro mais badalado no Japão depois do NES, o PC Engine (para nós Turbografx-16), a casa de inúmeros lançamentos de qualidade excepcional que ficaram restritos ao Oriente, recebeu seu port. A Hudson até ressuscitou o jogo no Virtual Console Wii & Wii U em 2007 e 2016, mostrando que o marco zero de Langrisser não era só um fenômeno de periferia. Porém, como quase sempre acontece, jogos que eram conhecidos só num país continuaram restritos a ele ao serem lançados em lojas digitais: as companhias não vêem como bom negócio gastar com uma tradução “tardia” (como se games atemporais tivessem algo chamado “idade”!).

Todavia, ainda em 1987 Gai Flame teve seu primeiro sucessor, Gaia no Monshou. Ele apareceu no X1, no PC-88 (sem aparecer no PC-98, coisa curiosa), no PC Engine e, dessa vez, debutou no MSX. Também muito pouco se conhece nestes mares sobre esta belezoca. Como para as versões de X1 e PC88 não sabemos sequer o mês de lançamento efetivo, é até possível que Gaia seja o verdadeiro número 1 e Gai Flame a continuação – porém, fico restrito ao reino das conjeturas. O que sei com certeza é que em 01/11/90 o jogo foi relançado por outra publisher para o PC88, evidenciando que vendeu bem. As avaliações de metascore, sem embargo, indicam que seria um jogo nota 5.5 ou 6, um TBS medíocre. Como sempre, a aparição mais popular foi no PCE, concretizada no terceiro trimestre de 1988. Quase podemos confirmar, portanto, que se trata de um jogo canonicamente anterior a Gai Flame. Meu zelo em só afirmar algo se está comprovado, contudo, me impede de ser mais taxativo – este GnM pode ter precedido o port de GF simplesmente por ter feito mais sucesso. O Virtual Console Wii U recebeu o produto em 2017, cortesia da extreme Co., que ainda terá muita importância nessa recapitulação. A conversão de MSX de Gaia no Monshou é muito mal-vista, tendo notas quase que nem a metade das versões de PC88 e Sharp X1, então não percamos tempo com ela!

O terceiro episódio da franquia que seria conhecida como Langrisser futuramente é Elthlead, mas informações sobre os primórdios da série são tão escassas e confusas que, sendo um jogo de 1987, ainda me pergunto: poderia ser este o verdadeiro marco zero, ou pelo menos o episódio II, e eu ter dado informações falsas de boa-fé mais acima? Vamos com o que temos: por alguma razão o PCE nunca recebeu uma conversão mais tarde; ficamos apenas com os três sistemas japoneses X1, PC88 e MSX nesta. O jogo parece mais bem-aceito que Gaia, e especialmente no MSX, recebendo notas 8 e tudo mais, o que deve ter sido uma verdadeira redenção, tanto para usuários quanto para a própria NCS. Essa querida versão é de 1988, então, oba, parece não ser mesmo o primeiro Langrisser da História. O que se sabe das versões Sharp e NEC é que são de 1987, sem mês ou dia precisados, então continuamos no escuro; nem ao menos sabemos se a versão de X1 que é baseada na de PC88 ou vice-versa; mas fica claro, pelo menos, que a de MSX é uma adaptação melhorada de alguma das duas, se os escores refletirem alguma verdade.

Finalmente viramos a chavinha sobre esse início rocambolesco, com uma trilogia que não podemos cravar com 100% de certeza como ela se configura, em termos de ordem de lançamento de cada um de seus episódios. Pulamos direto para 1989, quando alguns PCs japoneses estavam ficando pelo caminho e o Sharp X1 já tinha deixado um herdeiro, o Sharp X68000. Este foi o único sistema a receber o(s) disquete(s) de History of Elthlead, claramente uma seqüência, até no nome, o que reforça que Elthlead, sem prefixo, é de fato o terceiro episódio, e este o quarto! Apesar do título semi-americanizado, ainda nem pinta de transposição do jogo para fora do Japão, e ele foi lançado por lá em 30 de março daquele ano sem jamais reaparecer em qualquer loja digital retrô-friendly. E a infelicidade é que sequer temos meta-escores do jogo, então não sabemos de sua qualidade ou refino! À guisa de consolo, deixarei aqui sua capa:

Mais 2 anos sem atividades (exceto ports para o PCE) e chega Warsong, sempre, desde HoE, nesse jogo de linguagem meio-anglo, meio-teutônico com os títulos. Abandonando os definhantes consoles japas e finalmente aterrissando na Terra do Tio Sam, a franquia tem agora palcos mais faraônicos: o Mega Drive, o Turbo CD (o update do PCE) e os próprios computadores rodando Microsoft DOS, que irão sobrepujar qualquer fabricante nipônica até quase arrancá-las do ramo década de 90 adentro.

Felizmente nessa passagem para idiomas mais próximos de nós a qualidade da franquia já recebia um selo, o selo da crítica: o episódio era novamente elogiado. E a maior curiosidade é que no console da Sega a Treco (quem?) foi capaz de trazer este carro-chefe do gênero estratégia épica para o Ocidente um simbólico dia antes do próprio lançamento nipônico. Adivinha como este jogo se chama no Japão? Langrisser. Um re-início de uma história de sucesso. O mais irreverente é que o jogo chegou ao Genesis (nome americano do Mega Drive) no meu insuspeito aniversário de 3 aninhos, 25 de abril de 1991. Esta versão também foi oficialmente lançada na Coréia do Sul, também como Langrisser, cortesia da Samsung. Na ressurreição via Virtual Console estranhamente só o Japão foi contemplado (lágrimas). Mais trágico ainda sabendo-se que é um clássico para os quais não faltam reviews ocidentais – gente até esta década descobrindo e louvando o game, na maioria das vezes! Felizmente, um pouco do prejuízo e injustiça foi remediado com o lançamento americano do Sega Genesis Mini 2, em outubro/22, em que Warsong foi incluído – mas quem não conhece a franquia Langrisser pode nem se atinar no detalhe de que ele é o primeiro de uma série com bastante história – uma pena!

Ainda sobre Langrisser episódio I, nosso Warsong: no PC, ele chegou só em 1998, já no monopólio do Windows, na verdade, então nem houve versão DOS, como insinuei acima. As empresas que reprogramaram e publicaram o jogo são todas novas em nosso relato, Careersoft/SoftAction (a primeira a criadora de Growlanser, outro TBS tão obscuro e ao mesmo tempo querido quanto Langrisser, senão mais obscuro!). Mas o jogo ficou confinado aos japoneses, com o título – àquela altura já necessário para esclarecimento – Langrisser I, ou poderiam comprar um “Langrisser” sem saber de que época exatamente adveio! Para quem saliva por uma edição ocidental de PC, há a informação oficial de que o jogo está em desenvolvimento para a Steam, provavelmente com melhorias técnicas, ou já estaria na loja em seu formato original. A responsável é a ZionGame. Escrevo esse texto em 12 de março de 2023, então cheque se já não está no catálogo!

Ao contrário do que pudera parecer nesse estranho mercado (o dos games, qual mais?), a versão PC Engine/Turbografx-16 baseada em compact disc não veio antes da de Genesis. Demorou 26 meses para que os detentores do console recebessem Langrisser: Hikari no Matsuei no Japão (sim, o terceiro nome para o mesmo jogo: Warsong, Langrisser I ou L:HnM). 1993, um presente de despedida da empresa para o videogame mais bem-sucedido da NEC – mas a NCS ainda cultivaria essa relação um pouco mais, como veremos! Num bizarro lançamento em mídia física, e não no Virtual Console, a Hudson re-publicou L:HnM para os japoneses em fevereiro de 2011. Isso que é cult-following! Mas o Virtual Console Wii U receberia sua versão 6 anos e 1 mês depois, nome inalterado.

Chega de canções de guerra e numeral romano = nossa nona letra do alfabeto… Três anos adiante e nos deparamos com Langrisser II, finalmente a droga de um título que faça sentido nessa sopa (anti-)estratégica! A franquia despontava como exitosa no seu nicho dedicado, e aparentemente consolidada no Genesis. O console recebeu exclusivamente o jogo no período e seus resenhadores são quase unânimes em declarar o game perfeito. Adivinha qual a má notícia? NÃO VEIO PARA A AMÉRICA! NEM EUROPA, se é que me entende… A NCS deve ter concluído que aqui, igual no hemisfério norte, só tinha obeso preguiçoso e que a única coisa que gostamos de fazer que exija trabalho mental é ir a restaurantes e escolher uma boa mesa! 26/08/94, portanto, não é uma data auspiciosa para nós, apesar de àquela altura todo brasileiro ainda estar comemorando o tetracampeonato de futebol. Langrisser 2 voltou às prateleiras dos fanatics na forma não-fisica, com o Wii, em 2007. O que seria de nós sem tradutores abnegados que fazem o trabalho de graça? Infelizmente o revival (nesse ínterim) para PC em 98 deu na mesma que o do predecessor: só no Japão, de novo!

Aqui, devemos falar também das coletâneas que reúnem esses dois Langrisser primitivos, Langrisser I & II. Primeiro ela apareceu em 97 no PlayStation japonês. Existe uma outra, homônima, só que remasterizada, e bem mais recente, para PS4 e Switch. Essa finalmente chegou para nós pela salvadora de RPG-abstinentes, a NIS America. O jogo (ou “os 2 jogos”?) é de março/20 e é uma das raras instâncias que vejo Langrisser aportar no continente europeu também! Foram quase 30 anos em que não-falantes do japonês ficaram privados da franquia. A collection foi lançada simultaneamente em mídia física e na PSN no console da Sony. Mas também guarda relevância o regresso a um console Nintendo (sem falar do Virtual Console Wii e de um lançamento comemorativo do qual falaremos mais abaixo, em outro portátil), havendo também esse retorno após longos anos(Super Famicom-Switch). A NIS America fez questão de tratar esse lançamento com isonomia em relação à versão PS4: lançamentos físicos e digitais simultâneos em 3 continentes. Jogadores de Xbox realmente não tem muita sorte, concordam? A NIS não pára por aí, porém: portou a coleção também para a Steam, só aqui nos States (America, onde acham que nós brazileiros vivemos, he-he!). Tenho o prazer de informar que o jogo está custando R$134,99… … Ei, espera aí! Absurdo!! Eu tive de ler 3x, achei que era R$13,49. São 2h17 da manhã e eu estou com os olhos cansados! Bom, vou colocar na wishlist, mas enquanto não baixarem esse preço substancialmente (mais de 50%, pra começo de conversa), nada feito. Sortudos são os japoneses, que, se preferirem, podem jogar L1+2 no PlayStationOne,em sua língua e desde 1997 – não só isso, mas a extreme relançou o jogo pela série Classics no incrível ano de 2009 – captou essa? Significa que, se as cópias físicas não podiam mais ser encontradas em nenhum lugar e metiam a faca no valor do CD, os consumidores tiveram – além do mais – alívio no bolso, precisando de menos ienes para jogar dois clássicos num software cult. Que inveja…

Foi então, voltando aos anos 16 bits, que a NCS resolveu dar um agrado ao SFam (ou percebeu que o console seguia muito mais firme que o Mega Drive). Este é obviamente Der Langrisser, chegado durante o inverno tropical de 95. Como sabemos, a NCS estava emburrada com o público ocidental… Mas o jogo fez sucesso no Japão, é claro, chegando a receber um re-release da série Nintendo Power em ago./98. A Hudson, como de praxe, levou o game ao Virtual Console em 2009. Mas essas informações constam sumariamente da FICHA TÉCNICA mais acima, então não são novas para você. O estranho é este Langrisser 2.5 nunca ter recebido o tratamento dos 2 primeiros, jamais tendo sido lançado com algum outro numa compilação.

Adiante na novela, talvez o lançamento mais pitoresco de todos. Reata-se o casamento NCS-NEC com Der Langrisser FX para o obscuro PC-FX, sucessor do PC Engine que foi um fracasso completo. Nem mesmo sei se é uma continuação do enredo ou um simples remaster. O jogo, porém, é tão bem-avaliado que não estranharia se fôra o melhor do magro catálogo deste aparelho que 98% dos meus leitores não conhecerão… até porque nunca o emulei nem escrevi resenhas de nenhum título seu até o dia de hoje! Estamos em 1996 e os gamers do nicho estratégia andam muito ocupados jogando PlayStation e Sega Saturn, então realmente não entendo a decisão…

O erro estratégico (pun intended) da NCS ficaria patente e eles investiriam muito, a partir daí, em hardwares mais viáveis. O primeiro exemplo é Langrisser III, exclusivo do Sega Saturno. (Ah, NCS… não me diga que voltou com o rabinho entre as pernas para a Sega, arrependida de suas escolhas nos meados dos 90? Tanto parece ser verdade que não lançaram o jogo para o rival da Sony, talvez uma exigência da ex-namorada Sega para consumar-se a “volta”!) A continuação tão esperada da série (por mais que o SNES tenha tido a sua, chamada de Langrisser 3 até aquele tempo) manteve o alto nível. O jogo recebeu uma edição limitada com muito mais itens na caixa ainda em 96 e um relançamento no começo de 1998. Apareceria, ainda por cima, dentro da compilação Langrisser Tribute, do próprio Saturn, 10 meses depois desse relançamento, presente de natal e de despedida de um console da Sega (com Langrisser III, Langrisser IV, que ainda viria, calma que vou contar bem mastigadinho!, Langrisser V, considerado o fim canônico do enredo, e um tal Langrisser: Dramatic Edition, que eu não faço idéia do que seja…). Enfim, quem liga, se essas coisa só saíram até agora no Japão!…

Langrisser 3, para arrematar, é considerado um clássico (nota 9 no agregador!) em sua adaptação para computadores, em 26 de fevereiro de 1999, que segue sem release na Steam, e confinado a um certo país cujo idioma é de dificílima compreensão – espero que você saiba de qual estou falando. O PlayStation2 relançou este jogo, com menos êxito nas avaliações, já pós-obituário da NCS (desculpe o spoiler!!), em 2005, pela Taito. A Taito também não viu sentido em nos contemplar com a pérola.

Langrisser IV, que, nas minhas contas, deveria ser o quinto episódio Langrisser, pois Der Langrisser mereceria o epíteto de terceiro, saiu para SAT e mais nenhuma outra plataforma em tempo algum em agosto de 97. Estranhamente, talvez sentindo dificuldades financeiras ou lidando com muitos lançamentos simultâneos, a NCS deixou a produção para a subsidiária Career.  Para não dizer que sonystas nunca tiveram o privilégio de jogar L4, ele apareceria em Langrisser IV & V Final Edition (1999, 2009 by extreme). Claro, depois que o Saturno afundou a NCS teve que ir cabisbaixa para debaixo das asas da Sony of Japan, que ia muito bem, obrigada. A NCS mesmo desenvolveu todo o port, sem recorrer à Career.

Pulando Dramatic Edition, que é o jogo mais obscuro de todos da série, vamos a Langrisser V: The End of Legend. Não sei se foi coincidência fecharem a saga Langrisser quando a NCS estava começando a ficar mal das pernas ou se – vendo a catástrofe no horizonte – a resposta é exatamente o oposto, e resolveram baixar as cortinas com honra enquanto dava. Seja como for, tirando coletâneas, é o último jogo principal da série até hoje. A canção do cisne num planeta Saturno também já em colapso iminente… O quinto capítulo canônico ainda foi bem-recebido, mas alguns resenhadores azedos acham que a mágica já estava declinando. De todo modo, não se podia reclamar: fôra um 98 recheado para os fãs de Langrisser, como você pôde ver pelos relançamentos comemorativos e a coletânea de Saturno já citados.

E o Sega Dreamcast ainda participaria da festa, nesse finalzinho… Não sei se foi um reboot – porque o jogo é só japonês! –, mas o sexto capítulo não traz algarismo após o título: Langrisser Millenium (1999) fecha o milênio com chave de ouro… ou nem tanto?! O agregador dá nota 7.4 para o episódio. Percebemos que a insolvente NCS foi, de novo, apenas publisher, o trabalho duro tendo sido executado pela Santa Entertainment. Sem encontrar reviews da obra, nada a mais posso dizer.

Em 2000, antes do real fechamento do milênio, Langrisser ganhou um episódio meia-boca (nota 6) no restrito portátil WonderSwan Color. Não se enganem: a NCS faliu em 1999, e todo a produção foi da Bandai, daí essa avaliação mais crítica não ser nenhuma surpresa. Nada sei do jogo, chamado Langrisser Millenium WS: The Last Century, a não ser que o batismo é sugestivo e escatológico (no sentido bíblico).

Estaria a franquia findada, sem volta? No mundo dos games sabemos que não – é só olhar para a série King of Fighters e para a SNK Playmore: dá para renascer das cinzas. Mas os anos 2000 foram atribulados para essas pequenas companhias. (Não me refiro à SNK, me poupem – falo da NCS e tantas outras que publicavam jogos fora do mainstream, embora não posamos chamar KOF de um carro-chefe no nível de um Tekken ou Street Fighter, considerando que Arcades e Neo Geo são menos acessíveis e KOF brilhava mesmo era nesses dispositivos…) O contemplado da vez foi o 3DS… Nintendo, long time no see! Já sob os auspícios da extreme Co., que herdou os direitos autorais da extinta NCS, sem a desculpa de que foi a Bandai que teve de rebolar para produzir mais um Langrisser, esse primeiro passo foi tateante, e o jogo é nota vermelha no agregador, com algumas ressalvas (reviews especializados elogiosos). A era dourada porém, de jogos virtualmente perfeitos para os fãs do gênero, estava para trás… Este jogo no portátil de duas telas da Nintendo é Langrisser Re:Incarnation –TENSEI–. A boa nova é que o Ocidente participou da balada, então é um renascimento também para nós! Vamos tirar a prova dos nove qualquer dia desses, resenhando a reencarnação! A versão americana é de 19/04/16. Abril – bom sinal! A Europa e a Coréia do Sul não receberam os jogos físicos, mas a eshop (que inclusive está saindo do ar neste mês em que escrevo) os comercializa(va)…

Em 2018/9, como é inevitável nesses novos tempos, chegou a vez dos iOS e Android gadgets receberem seus Langrisser. A boa notícia é que a extreme parece ter achado a receita do bolo, e o jogo é considerado um neo-clássico. Ah, espera: o desenvolvimento e publicação do jogo foram de responsabilidade de outras softhouses, Black Jack e Zlon. Bem-vindos a Langrisser Mobile, jogo felizmente disponível em inglês, mas sem reviews discerníveis e sem notas de agregador por enquanto (as opiniões sobre ser um neo-clássico vêm de fóruns na internet, reddit e que-tais… confiemos!).

Esse é o fim provisório de uma franquia que, esperemos, pode confirmar seu ressurgir prático nos próximos anos, e com novas iterações também nos consoles domésticos, e não só handhelds. Que tal um ataque em todas as frentes, no Switch, PS5 e Xbox X? A julgar pela compilação para PS4, Steam e Switch, podemos dormir tranqüilos, pois um dia acontecerá!

* * *

Antes, contudo, de me despedir, mais algumas curiosidades dentro da curiosidade: toda franquia que se expande e/ou é de renome durante os anos de piração nos MMORPG (2005-) – tendência que eu sinceramente espero estar no fim –, recebe ou pelo menos tende a receber um spin-off neste gênero conturbado… Não foi diferente com Langrisser, embora eu me enoje, pensando em como a essência desse jogo nada tenha a ver com sessões multijogador! Langrisser Schwarz, para o bem ou para o mal, acabou sendo cancelado em 2012, após primeiros anúncios e imagens terem sido divulgados em 2010 e 2011. Seria um free-to-play com micro-transações à la League of Legends… Não perdemos muita coisa.

Por fim, nos anos em que Langrisser ainda não era Langrisser, a série recebeu outro spin-off, esse nunca abortado, chamado Elthlead Senshi, o segundo jogo da série para NEC PC-9801, em 1988 (não se confunda!), produzido entre Elthlead e History of Elthlead. Porém, ouso dizer que qualquer informação sobre este game é tão ou mais difícil de obter que aquelas a envolverem Der Langrisser FX. Novamente teremos de nos contentar com uma simples capa:

Realmente o artwork da época era adorável!

Agradecimentos a JuMeSyn, DeadsideSerpent do gamefaqs e wikipedia english.

Por Rafael de Araújo Aguiar

versão 2 – resenha de 2012; atualizada e ampliada em 2023.

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