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ys (ms)

Master System

Ys

Ys: The Vanished Omens (EUA/Europa)

FICHA TÉCNICA

Developer: Sega

Publishers: Sega / Tec Toy (Brasil)

Estilo: Action RPG

DATAS DE LANÇAMENTO:

JP – 15/10/88

EUR – 1988

EUA – 03/89

BR – 1989

NOTA

7.5

Este jogo é pra…

(  ) passar longe  (  ) dar uma jogadinha de leve  (X) dar uma boa jogada  (  ) jogar freneticamente  (  ) chamar a rua toda pra jogar  (X) um tipo específico de jogador. Qual? O RPGista old school; quem ama jogos difíceis; apreciadores de boas músicas MIDI.  (  ) incógnita

Uma cultuada franquia de RPG (com batalhas em tempo real) lançada para diversos sistemas, eis Ys. Os menus são tradicionalmente confusos, como se fosse um “charme” do jogo. Digamos que apesar dos aborrecimentos que a interface gera, a experiência não fica comprometida. O protagonista se chamará Aron ou Adol, dependendo do idioma do cartucho. Ele deve livrar a terra de Esterior do mal que a contaminou (mandá-lo para o exterior? He-he). É importante esclarecer que Ys I & Ys II são como que um jogo só, pois o enredo não é autenticamente finalizado neste episódio precursor. O ponto de partida é na cidade de Minea, em que o oráculo local recruta seu personagem para procurar pelos livros antigos e mágicos de Ys, que contêm a única forma de parar um homem misterioso conhecido como Fato Negro, que está roubando o estoque de prata do país (?!). Este é um RolePlay antigo, de uma época em que interações e tramas mirabolantes não eram bem o objetivo dos produtores…

O sistema de batalha é como que único, e qualquer jogador irá reparar, assim que sair para o campo, onde acontecem os encontros com personagens animosos, que não há um botão de ataque. A forma de infligir dano nos inimigos em Ys é simplesmente mediante esbarrões. Contudo, choques frontais devem ser evitados a todo custo, pois neles a desvantagem de Adol é manifesta. Quem já jogou a versão de Turbo CD (que tem cinematics, dublagem de voz e tudo) notará que o sistema é mais rígido e punitivo no Master System, exigindo uma cuidadosa escolha de ângulos para o ataque, sobretudo em duelos claustrofóbicos em corredores estreitos e saletas. Não há magia, igualmente (afinal, não faria sentido estar atrás de livros que ensinam magia, se o protagonista já fosse um expert na área!).

Contra os chefes, Adol deve atravessar o corpo das criaturas, o que foge de qualquer convenção traçada para Action RPGs, e característica que para mim soa interessantíssima! Há evolução de níveis e será necessário se aprimorar o máximo a fim de sobreviver aos grandes confrontos, porque se não tiver uma ficha consolidada Adol levará sempre a pior nas colisões. O que é inexplicável é que não se pode nem pausar nem equipar itens durante as lutas contra os chefões (essa característica seguiria como uma marca registrada da série mesmo em episódios mais modernos)! Não são muitos os níveis, portanto a passagem de um level ao outro não acontece da noite para o dia: são 10 casas numéricas para obter o teto de desenvolvimento do protagonista, e é praticamente impossível zerar Ys sem estar no level 10. Mesmo o primeiro boss exige pelo menos level 5! Alguns acham o processo de subir de nível chato e redundante, mas com certeza os puristas se depararão com uma experiência absorvente. Habitue-se a morrer com freqüência e a salvar após qualquer progresso crucial na narrativa para não se arrepender depois!

O game tem um visual decente para sua época e o hardware oitentista da Sega, bem colorido (superior à versão de NES, de 1988), o que muitos julgariam impossível (o que é que 4 anos a mais de familiaridade com um hardware não fazem!). O único defeito é não se enxergar direito os inimigos ou as pessoas nas cidades, pois os modelos são minúsculos.

Não espere um jogo com uma densidade à la Final Fantasy, mas sim uma pérola old school para preencher uma boa quantidade de horas no seu Master System, mais parecida com Dragon Quest/Warrior. Ys põe-se, em qualidade, ao lado de outros épicos e raros RPGs do console, como Phantasy Star. Uma dungeon marcante para os amantes da dificuldade é a Mine (mina), em que Adol se locomove no escuro, enxergando apenas objetos num raio de alcance muito curto, iluminados pelo fogo de uma tocha. Labirintos compridos e repletos de armadilhas engenhosas serão assíduas em Ys, por sinal.

Outro ponto que pode contar na decisão de adquirir o produto é a trilha sonora considerada pela base de fãs ao redor do mundo como “legendária”. Ah, evite jogar TANTAS horas seguidas: cuidado com os tendões dos seus polegares e o esforço repetitivo de coordenar Adol nas milhares de lutas!

Lista de agradecimentos:

Emptyeye, Lunatic Zero, Overdrive, CyosisCMR, Ultimaflare99 do gamefaqs;

mobygames.com.

Por Rafael de Araújo Aguiar

versão 2 – criado em 2013; modificado em 2022.

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2 replies on “ys (ms)”

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