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virtua fighter (32x, arc & al.)

32X / Arcade

+ PC e Saturn

Virtua Fighter

Virtua Fighter 1 (nome consagrado)

Virtua Fighter PC (…)

FICHA TÉCNICA

Developer Sega AM2

Publishers Sega, Tec Toy (BR)

Estilo Luta

DATAS DE LANÇAMENTO

ARC(*) – 10/93 (EUA), 12/93 (JP)

SAT – 22/11/94 (JP), 11/05/95 (EUA), 08/07/95 (Ásia, BR, EUR)

32X – 10/10/95 (EUA), 20/10/95 (JP), 30/11/95 (BR, EUR)

PC – 31/08/96 (EUA), 1996 (BR)

(*) Também incluído no console dedicado Astro City Mini, hardware-compilação de Arcades clássicos da Sega.

NOTAS

7.6 (ARC)

7 (SAT)

7.5 (32X)

6.3 (PC)

Este jogo é pra…

(X) passar longe  (X) dar uma jogadinha de leve  (  ) dar uma boa jogada  (  ) jogar freneticamente  (X) chamar a rua toda pra jogar  (X) um tipo específico de jogador. Qual? Cultuadores da semente dos jogos de luta 3D. Se só tiver à disposição a versão PC, o jogador casual fará melhor dando o fora.  (  ) incógnita

Na transição dos fighters mais fantástica que a Terra já viu, naquele começo dos anos 90, para o mundo 3D, era inevitável que se buscasse aumentar o escopo do gênero Luta para abranger mais gente, independentemente das perdas em termos de qualidade e conceito que isso acarretaria. Street Fighter II e Mortal Kombat eram e pode ser que continuem sendo imbatíveis na cabeça dos amantes do estilo, embora muita coisa tenha mudado de seus gloriosos anos nas máquinas de fliper para cá. Com o advento dos polígonos e de uma nova experiência de jogabilidade, mais analógica em termos de movimentação, era também o tempo de popularizar o gênero e fazer da execução dos golpes algo mais intuitivo. Virtua Fighter veio com essa premissa, inclusive porque era o único jogo incluído na embalagem do Sega Saturn para todos os seus compradores, quando começou a ser vendido.

Uma orgia entre gêmeos?

Para começo de conversa, abandonou-se a convenção enraizada de que eram necessários 6 botões num jogo de luta de verdade. Mesmo que o controle original do Saturno pudesse oferecer até mais que isso, VF obedece a uma fórmula “pedra-papel-tesoura” que conta exclusivamente com bloqueio, soco e chute. A variabilidade nasce das posturas assumidas pelo fighter: bloquear de pé é excepcional defesa contra ataques médios e altos, mas deixa o personagem vulnerável a ataques baixos; bloqueio agachado é inteligente contra ataques baixos e uma esquiva igualmente efetiva contra ataques altos, porém deixará o boneco desprotegido na altura média… Além disso, quem insiste demais nos bloqueios pode ser surpreendido por um golpe de arremesso!

A versão 32X, um enigma: inferior graficamente, é a de melhor jogabilidade nos ports domésticos! Essa versão é muito famosa por ter corrigido vários glitches que estavam presentes no apressado lançamento para Saturno.

Embora biografias não tenham sido propriamente desenvolvidas, o jogo foi marcante para os jogadores da época. Causava uma sensação indescritível ser atirado para o outro lado da tela como uma boneca-de-pano pelo brutal Wolf, o wrestler canadense de cara pintada que adora uivar; e os encontros com o sólido último chefe são de deixar os olhos úmidos aos mais nostálgicos: Dural (não confundir com Rugal, até porque estamos falando de genitálias diferentes para os dois!), sujeito metálico que incorporava os movimentos de todos os outros 8 lutadores e dava o maior calor até ser vencido (ou vencida, se parecendo muito com a entidade que persegue os mocinhos em Exterminador do Futuro 3). Agora, se a Capcom foi “inspirada” por Dural ou por Hollywood para construir seu final boss de Street Fighter IV… isso é uma outra conversa!

Num presente que os detentores de um Genesis + 32X acabaram recebendo como consolo (e não console, he he he!) por não migrarem aos 32 bits, todas as opções foram preservadas (ângulos de câmera, definição do tamanho do ringue, limite de tempo, controles mais fáceis, etc.) e bugs até mesmo corrigidos. A agilidade em terra continua, mas durante os pulos os personagens parecem estar no modo Matrix ou na lua, o que é/era usual na série VF, e desagrada(va) muitos querendo-ser-fãs. Mesmo sem redução no número de golpes especiais, trata-se de medida quase inútil preservá-los todos, já que, infelizmente, a tal garantia da Sega de que Virtua Fighter seria um jogo 100% acessível para todos os públicos não é tão verídica: fora meia-dúzia de movimentos, aprender a desenvolver e repetir os outros gestos livremente e à exaustão nas lutas é uma façanha praticamente descartada para a maioria da população!

O ponto forte da jogabilidade fica com o estágio de Sarah, com seus azulejos iluminados e música frenética. Adverte-se o leitor, não obstante, de que versões muito mais perfeitas de Virtua Fighter foram lançadas no mercado nos anos posteriores e que sem um amigo com quem medir forças o jogo cansa rápido, rápido. Vale, no entanto, como um item de colecionador, pois é considerado o precursor da porradaria em três dimensões!

Agradecimentos a Glucose Joe, Mikaa, Mister Sinister e noidentity do gamefaqs.com; Edward Brown do mobygames.com; Dan Liebman do Thunderbolt Games; e Tom Lenting do defunctgames.com.

Por Rafael de Araújo Aguiar

versão 2 – criado em 2013; atualizado em 2022.

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