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super mario usa (super mario bros. 2) (nes)

obs: nós não seguimos o acordo ortográfico lusitano de 2009!

Por Rafael “Cila” Aguiar

Nintendo Entertainment System

Super Mario USA

Super Mario Bros. 2 (Ocidente)
F I C H A    T É C N I C A
Developer(s)
Nintendo
Publisher(s)
Nintendo, Playtronic (BR)
Estilo(s)
Ação > Plataforma 2D
Puzzle
DATA(S) E REGIÃO(ÕES) DE LANÇAMENTO
10/88 (EUA/Ásia), 28/04/89 (EUR), 14/09/92 (JP), 1993 (Brasil)

Também incluso na(s) compilação(ões):

Super Mario Advance (GBA)
Super Mario All-Stars (SNES)
Super Mario All-Stars / Super Mario World (SNES)
Super Mario All-Stars: 25th Anniversary Edition (WII)

Quem jogar este também poderá gostar de:

(Em vermelho, os jogos que já revisamos – se não estiver linkado, ainda não foi “upado” no novo blog.)

N.A.

NOTA(S)

(Cada escore é uma média dos principais portais de games na web e revistas antigas quando for o caso, e também engloba a opinião dos gamers visitantes, além da crítica especializada; não necessariamente reflete meu ponto de vista sobre o jogo.)

7.6

ESTE JOGO É PRA…
(  ) passar longe(X) dar uma jogadinha de leve
(X) dar uma boa jogada(  ) jogar freneticamente
(  ) chamar a rua toda pra jogar(X) uma incógnita
(X) tipos específicos de jogador. Quais? 
  • Tanto o fã da série Mario Bros. quanto quem deseja um Plataforma 3D único no NES.
FAIXA DE VIDA ÚTIL ESTIMADADe 4h a 13h.

Mario USA não foi uma escolha difícil para os americanos.

Para nós ocidentais demorariam 3 anos, e não somente um, para lançar uma continuação do estrondoso Super Mario Bros. Em compensação, parece que levamos a melhor na barganha: um jogo que realmente tem cara de continuação, por mais que seja apenas uma readaptação de outro jogo já conhecido dos japoneses que possuíam a versão leitora de floppy discs do Nintendinho!

ENREDO

Já ouviu falar daquela proibição estética de criar uma obra (seja literária, audiovisual, o que quer que seja) em que seja de alguma forma explicitado ou subentendido ao apreciador que tudo ali narrado “não passou de um sonho”? Isso se dá com Super Mario USA, e já não é mais spoiler para ninguém. Mas ninguém se importa, afinal ninguém jamais jogou um Super Mario pela trama na vida. Mas quer saber? A Nintendo deveria investir mais em entradas da série principal sem Bowser como o antagonista central, com power-ups e inimigos diferentes, e mecânicas de jogo mais inovadoras no geral… Não só isso, mas chega de enfrentar cópias do Rei Koopa, diferentes combates com ele ou com os filhos dele como chefes de fase! Temos alguns designs interessantes em SBU: um rato de óculos escuros piromaníaco, um caranguejo mutante, uma meia-hidra (dragão de TRÊS e não SETE cabeças!) e Birdo, que descreveremos adiante. Wart, à espera no final, tem um nome engraçado em português: verruga. E um paladar que, digamos, tem tudo a ver com os baixinhos, uma vez que ele detesta comida saudável, do tipo que os pais mais querem que seus rebentos comam! Wart é uma propriedade intelectual subutilizada pela Nintendo, mas conforme li (não lembro) ele aparece como cameo em The Legend of Zelda: Link’s Awakening (GB). Ainda esperamos o dia em que o “sapão onírico” será lembrado em outros jogos de “chamar a turma” como personagem controlável, estilo Super Smash Bros. ou Mario Kart

GAMEPLAY

Foi proclamada uma revolução em relação ao primeiro jogo, em todos os sentidos, principalmente no vertical: onde SMB1 se mostrava o pai dos side-scrollers, SMU é residualmente um side-scroller, mas possui estruturas muito mais cima-baixo/baixo-cima (o scroll é visivelmente mais lento, e feito tela a tela e não concomitantemente à movimentação do personagem, algo que atribuo a limitações de hardware) e não necessariamente progride-se ao ir-se da esquerda para a direita. A maior modificação, entretanto, é ser um one-player game em que é-lhe facultado escolher dentre 4 protagonistas: Mario, Luigi, Princess Toadstool e Toad, todos adequadamente únicos em sua controlabilidade. Adiante explicaremos a importância do seguinte ato, mas aqui vai: Toad é o mais ágil em puxar repolhos do chão, mas é um saltador mequetrefe; Peach (apelido carinhoso da princesa – ou seria seu nome real?) é a mais lenta para arrancar a vegetação – estereótipo da mulher frágil? – porém possui a técnica da levitação; Mario é uma espécie de jack-of-all-trades; e Luigi salta absurdamente alto e longe, mas é o terceiro em termos de apanhamento de vegetais e um tanto arredio nos vetores, meio “cavalo selvagem”, sendo recomendado para veteranos capazes de “dirigi-lo” melhor na tela. Enfim, de largada o controlador poderá optar por um desses 4 perfis e testar seu comportamento nos level designs apresentados. Quem não gostar de um determinado personagem poderá trocá-lo assim que ultrapassar o mundo vigente.

Mesmo com mudanças tão “radicais” em relação ao SMB clássico, ainda estamos falando de um Ação/Plataforma, afinal, e o jogo é suficientemente simples e claro na proposta desde os segundos iniciais. Novas dinâmicas incluem o uso de portas no lugar de canos e também o de chaves e vasos. Como dito, inimigos no final dos estágios serão a norma agora. Hora de falar de Birdo, personagem que foi canonizado anos mais tarde, aparecendo em jogos como Mario Tennis. Ela dispara ovos de sua boca em forma de canhão; o jogador tem de pular em cima do ovo em vez de se desviar pura e simplesmente, apanhá-los e devolvê-los (de forma não-gentil!). Birdo reaparece várias vezes, cada vez com um truque a mais na manga, e às vezes em novas cores. Já citamos bastante a palavra apanhar, e deve ter ficado na mente do leitor, que decifrou ou não o enigma: acabou o esquema de pular na cabecinha dos oponentes ou atirar bolas de fogo depois de comer uma flor! A forma de atacar em SMU é subir em cima dos adversários para poder coletá-los, como itens, arremessando-os na seqüência, inclusive uns nos outros, ou, do contrário, atirando objetos sobre eles, o mais das vezes certos rabanetes e que-tais espalhados pela fase, ou pelo menos “pressentíveis” graças a sua folhagem superior – basta removê-los do subsolo para usá-los como armas letais! Espero que finalmente tenham entendido por que Toad, tendo o “tiro de repolho” mais rápido do Oeste, é um bom personagem nesse jogo! Outra conseqüência bacana da nova mecânica é poder pegar carona nos adversários, em aves, por exemplo.

Aquele que se deixar tocar pelos inimigos por baixo ou pelos lados seguirá sofrendo as conseqüências, perdendo 1 hit point. O jogo é mais leniente com hit points, que podem variar de 2 a 4 (há ícones do lado esquerdo da tela, embora a versão mini do personagem controlável sempre denuncie que sua vida está por um fio).

Uma técnica especial permite um super-pulo (relativo ao pulo normal do personagem) segundos após segurar-se para baixo no direcional (o personagem tem de estar brilhando na tela para o movimento dar certo). O recurso não é explorado abusivamente, mas alguns secrets só poderão ser apanhados com sua esperta utilização (embora controlar Luigi garanta saltos comuns mais elevados que os especiais de Toad, tenha isso em mente!). Elementos do cenário são mais empregados que em Mario 1 e veríamos como em Mario 3 e Mario World (e mais além) esses elementos fariam mais parte da franquia: tapetes e poções mágicas, o lombo de animais e chaves (a máscara sobrenatural – Phanto – que persegue o jogador em círculos na tela, lembrando o inimigo ‘sol raivoso’ de SMB3, sempre que ele está segurando um desses objetos abridores de fechaduras, indicando que ele é realmente importante para o progresso na fase, me dava um tanto de medo quando eu era criança!). Até mesmo a tradição dos minigames para apanhar vidas no fim de cada estágio começou aqui, se desconsiderarmos o truque do número de moedas + alinhamento com o cronômetro de Mario 1. As moedas são itens raros e só podem ser encontradas em espécies de “realidades negativas” acessadas por período limitado mediante outro dos itens inéditos. A física dos personagens e o caráter menos veloz do título talvez desapontem o “Mario-fanatic” de primeira ordem, mas Mario USA leva nosso selo de aprovação.

GRÁFICOS

Não entendo como Luigi é representado mais magro que Mario aqui mas não em Super Mario 3 nem em Super Mario World! A propósito, a princesa está bem bizarra – seus sprites seriam totalmente refeitos no remake Super Mario All-Stars (SNES, 1993).

SOM

Apesar de compacta, a trilha sonora se mantém no nível do primeiro jogo (usando 2 remixes). Se houvera a necessidade de classificar a música num só gênero, diria que é um ragtime jazz dessa vez (assim como chamei SMB1 de a eclosão do calipso na resenha dedicada!).

Minha favorita – pena que só toque mesmo na tela de seleção de personagens!

EPÍLOGO

A Nintendo of America sabia o que fazia quando decidiu usar Yume Kouja: Doki Doki Panic no lugar de Super Mario Bros 2. para ser… Super Mario Bros. 2 no(s) continente(s) (também Europa e Ásia exceto Japão foram por esse caminho). Sinceramente, nada me tira da cabeça que um jogo cheio de novidades, que possui níveis interessantes e justos e ainda dá a chance de se escolher entre 4 estilos de controle é melhor que um hard mode forçado do primeiro clássico!

BÔNUS!

Trechos da versão 2 do review (redigido em 2002, pente ortográfico em 2011):

֍

Lista de agradecimentos pela cessão de imagens e informações:

GAMEFAQs:

Bkstunt_31

MFields1978

Snow_Dragon

Ofisil

Venixon

Saikyo_Mog

versão 3 – 2002; 2011; 2024 (refeito).

® 2002-2024 0ldbutg8ld / RAFAZARDLY!

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