
REVIEW N° 1080 DO NEWGEN
Por Rafael “Cila” Aguiar
Genesis
+ PC & Wii.



Phantasy Star IV:
End of The Millennium
Phantasy Star IV: The Final Terror (Europa)
Phantasy Star: Sennenki no Owari ni (Japão)
| F I C H A T É C N I C A |
Developer Sega
Publishers Sega / Samsung (COR) / Media Kite (JP-PC)
Estilos Role Playing Game > old school > Third-Person (top down), Adventure
Datas de Lançamento
GEN
17/12/93 (JP)
12/08/95 (COR/EUA/EUR)
Mac/PC (Linux)
01/02/19 (EUA-Steam)
PC (Windows)
17/12/04 (JP)
05/02/12 (EUA-Steam)
Virtual Console (Wii)
24/06/08 (JP)
14/11/08 (EUR)
22/12/08 (EUA)
Incluído nas seguintes coletâneas:
PlayStation Portable
Sega Genesis Collection
PlayStation2
Sega Ages 2500 Series Vol. 32: Phantasy Star Complete Collection
Sega Genesis Collection
PlayStation3/Xbox 360
Sonic’s Ultimate Genesis Collection
Saturn
Sega Ages: Phantasy Star Collection
| NOTA (este escore é uma média dos principais portais de games na web e revistas antigas quando for o caso, e também engloba a opinião dos gamers visitantes, além da crítica especializada; e não necessariamente reflete meu ponto de vista) |
8.64
| E S T E J O G O É P R A . . . | |
| ( ) passar longe | ( ) dar uma jogadinha de leve |
| (X) dar uma boa jogada | (X) jogar freneticamente |
| ( ) chamar a rua toda pra jogar | ( ) uma incógnita |
| (X) um tipo específico de jogador Quem? Quem gosta de conhecer cada franquia por seu melhor episódio. Brincadeira, na verdade este jogo é recomendável a TODOS! | Quem jogar este também poderá gostar de: Arc the Lad (PS) Chrono Trigger (SNES) Dragon Quest (NES) Final Fantasy VI (SNES) Legend of Mana (PS) The Legend of Zelda: A Link to The Past (SNES) Lunar: Silver Star (SCD) Lunar: Silvar Star Story (SAT) Lunar: Silver Star Story Complete (PS) Shining Force CD (SCD) Ys IV: The Dawn of Ys (Tgfx) |
| FAIXA DE VIDA ÚTIL ESTIMADA |
25h-35h
Até o começo dos 90, os Role Playing Games para consoles ainda não desfrutavam sequer da metade da popularidade atual. E no entanto, olhando retrospectivamente, o fim dos 80 e começo da “década do neoliberalismo e do Nirvana” são considerados pelos entendidos uma era de ouro dos Janapese RPGs (J-RPG doravante). Podemos dar os créditos do epíteto elogioso a aparições famosíssimas como Final Fantasy IV, V & VI, a “trilogia clássica do Super NES”; Seiken Densetsu 2 & 3 (Secret of Mana no Ocidente), Chrono Trigger (que faria os nintendistas sentirem saudades eternas da Square), Breath of Fire I&II (Capcom), Lufia 2, etc. Pois é: alguns já repararam que QUASE TODOS os citados nesta lista são exclusividade do Super Nintendo Entertainment System, o que deixou os concorrentes a ver navios. Como o papo aqui é a Sega, precisamos falar dos “etc.” que, se não atingiram a mesma celebridade, ajudaram a sedimentar o gênero nos nossos corações. A série de J-RPG por excelência da empresa do Sonic é Phantasy Star, que deu seu pontapé inicial no Master System. Mais três episódios surgiram na era Genesis/Mega Drive, dois dos quais têm o status de cult classics: estou falando de Phantasy Star II & IV. PS3, além de inferior na gameplay, funciona mais como um spin-off, fugindo das tradições conceituais da série. O que importa para nós é que PS4 foi o anunciado fecho da tetralogia, em estilo pomposo. Depois disso, só voltaríamos a ver Phantasy Star recriado num outro subgênero dos RPGs, o MMO (multiplayer online), já no Dreamcast.

ENREDO
Como dito, depois de PS3, que narrava a saga da população de Parma, um planeta colonizado fora do sistema solar Algo(l), população esta que teve de evacuá-lo emergencialmente antes que seu novo mundo explodisse, os holofotes voltam a iluminar o bom e velho sistema Algo, onde tudo começou, e o planeta natal dos protagonistas de PS1/PS2, Motavia. Um pouco de spoiler da franquia será inevitável: após alguns heróis lendários terem destruído o maléfico computador Mother Brain, que regulava o clima de Motavia mas que tinha segundas intenções sombrias, o planetinha voltou à configuração de antigamente (Phantasy Star 1): um clima árido e uma vegetação desértica por toda parte. Ah, que nostálgico para os donos de um Master System!

A estória atual está centrada na dupla Chaz Ashley e Alys Brangwin [de volta ao (co-)protagonismo feminino, oba!], uma dupla de caçadores de recompensa que vive um milênio depois dos eventos de PS2. Esse evento catastrófico que, apesar de salvar o planeta em si, devolveu Motavia gradualmente a seu ecossistema original pouco convidativo ficou conhecido como o Grande Colapso. A população se vê forçada a sobreviver com recursos escassos, numa espécie de carbon-copy de Mad Max. Mas, como em todo RPG, uma premissa simples e estereotipada vai ganhando nuances e matizes imprevistos ao longo da jornada… Alguns companheiros se juntarão aos heróis do princípio para combater um mal muito maior e mais ancestral que a maldita Mother Brain…
O bacana é que o story-telling consegue amarrar todos os episódios de Phantasy Star, perto do final do jogo, incluindo o atípico PS3.

ELENCO (AGORA ELES FALAM MAIS!)
Só preciso dizer que Chaz e Alys cumprem com competência seus papéis centrais. Descrevendo os próximos PCs (personagens controláveis), Rika é um humano quase normal (tirando que na verdade é um clone, nascido de forma similar a Nei de PS2), com garras de Wolverine equipadas para atacar. Gryz é o guerreiro fortão do pedaço, carregando um machado (e o cara intimida com sua pelugem azul!). Kyra é uma maga. Rune, um mago de personalidade arrogante e o galã da turma (em vez de ser o velhinho barbado estilo Merlin). Hahn e Demi são dois ciborgues, mantendo a tradição da franquia em trazer elementos sci-fi. Por fim, Raja é um conjurador alienígena, parecido com um cruzamento de Piccolo (Dragon Ball) com Mutano (Jovens Titãs), e o comédia da turma. Um cast muito acima da média, para ser exato. Lembrete: só 5 deles podem atuar de uma vez.

Mas o verdadeiro charme no quesito “elenco” é que essas criaturas chamadas PCs estão mais vivas do que nunca na interface de jogo: tem até uma opção de menu para que você leia um diálogo da trupe sobre o próximo objetivo a ser cumprido! Diálogos hilários ou chulos (dependendo do seu tipo de humor) dão o ar da graça também na adaptação americana, fiel ao tipo de interação naïve-sexual dos animes, conforme segue:
* * *
“Do you want to know the measurements of the beautiful hunter Alys Brangwin, also known as the Eighth Stroke Warrior?”
“Você gostaria de saber as medidas da bela caçadora Alys Brangwin, também conhecida como a Oitava Batedora?”
“Yes”
“Pode crer.”
“Now you’re talkin’! Starting from the top, 36, 20…”
“Sabia que você não ia me decepcionar! Bom, de cima pra baixo, temos, 36, 20…”
(Alys soca Dorin com força)
“Wha… What are you doing? How dare you strike at me without warning! Yikes! It’s Alys Brangwin!”
“Ei… quê cê tá fazendo? Por que me bateu desse jeito?! Ah, típico de Alys Brangwin!”
(Alys insinua que vai dar outro socão)
“You blabbing old fart! Do you tell every single fool who comes in here my measurements?!”
“Seu linguarudo de merda! Você sai falando pra qualquer um que aparece as minhas medidas?!”

* * *
SISTEMA DE JOGO
Combates
Batalhas em turno, como era de se esperar. O atributo Agilidade mais alto decide quem tem direito à iniciativa. O acréscimo de um combatente ao quarteto de PS2 adiciona fatores táticos à gameplay.

A maior inovação depois do aumento do número de personagens controláveis simultâneos é que magic points foram descartados. Esse pode ser considerado um marco divisório dos RPGs modernos (embora ainda se trate de um legítimo old school 2D) do ponto de vista do ritmo frenético de batalha: para o gamer contemporâneo pode até parecer lento ou soar comum, mas PS4 ditou a referência no gênero em 93-95 (tempo que demorou para se espalhar pelo Ocidente), obrigando os próximos RPGs a aumentarem a velocidade e acelerarem as batalhas em turno. Não é que Phantasy Star 1,2&3 e os primeiros Dragon Quest ou Final Fantasy fossem chatos em si, mas a sensação de modorra que hoje advém de jogá-los se dá justamente pelo contraste que sentimos entre os Role Playing Games de 1980-1995 e de 1995 pra cá! Mais do que apenas “aumentar a velocidade” gratuitamente, e de modo compulsório, este jogo possibilita a customização da velocidade; i.e., veteranos “calmos e serenos” poderão retomar a lentidão dos menus e das ações via opções. Um marco da “liberdade de usufruto do produto” que nos faz até pensar que a facada de CEM DÓLARES À ÉPOCA, pelo cartucho (quase o preço de um videogame), não era tão letal assim!
Outro exemplo de inovação em batalhas se dá quando inimigos se fundem aleatoriamente, para formar uma entidade única e mais forte.

Também devo mencionar os macros, atalhos que você cria para reproduzir, de forma simples, uma seqüência de comandos que gostaria de adotar para o turno inteiro, para cada personagem. Eles são úteis sobretudo para batalhas com “peões” (os adversários fraquinhos), deixando o ritmo do jogo ainda mais corrido. Não é interessante usar o recurso enfrentando inimigos durões para seu nível de experiência, muito menos chefões.
Não é só: o manual de instruções informa sobre 15 “combinações” que o gamer pode encontrar de ataques de 2 ou mais dos PCs (na mesma rodada) e que incrementam o poder destrutivo, pelo fato dos ataques possuírem grande afinidade, criando efeitos inusitados (a respeito, ver CURIOSIDADE 4, no fim da resenha). É a mesma coisa das técnicas especiais em duplas ou trios aprendidas quando se sobe alguns níveis em Chrono Trigger, só que elas não são informadas de lambuja no menu e você precisa descobri-las sozinho! Um desses combos, dos mais fáceis de descobrir, é a Fire Storm (Tempestade de Fogo), nome auto-explicativo (combina um furacão/redemoinho com uma bola de fogo). Tipicamente, essa tempestade vai fulminar todos os inimigos da tela.

Mas cuidado: dependendo do tipo de inimigo, nem essas combinações farão qualquer estrago, por isso estude os elementos que mais têm potencial para exterminar determinado tipo de criatura (água, fogo, vento, etc.). Um bom exemplo de fail homérico: envaidecido, este que vos fala achou que tinha encontrado o ataque infalível, Death, que funcionou de forma perfeita incontáveis vezes (uma enorme foice corta as tripas dos oponentes), até que o pobre coitado descobriu que uma certa classe de inimigos era invulnerável a esse efeito, por serem criaturas do submundo (já estarem tecnicamente mortas). O resultado é que perdi turnos cruciais com a magia e fui derrotado!
A última inovação neste tópico são as batalhas em veículos. Nos Phantasy Star anteriores, você se locomovia mais rapidamente pelas terras exploradas em veículos de areia, gelo, hovercrafts e naves espaciais, mas quando se deparava com batalhas aleatórias nestes instantes DESCIA do seu veículo para enfrentar os baddies humildemente. Bizarro e pouco verídico. Pois PS4 resolveu este problema: seu recurso ofensivo é a própria nave ou carro, que normalmente dispõe de duas armas acopladas. Embora ainda seja mais divertido batalhar do modo tradicional, foi uma sacada muito boa!
Menos grinding, maior fluidez
Phantasy Star 4 se diferencia de modo nítido de seus irmãos mais velhos e mostra o quanto segue atual quando corta algumas horas de paciente aquisição de pontos de experiência e reduz consideravelmente o backtracking pelo mapa. As horas de jogo podem até se revelar menores que em PS1 e PS2 para quem for completar a aventura, mas nem por isso faltam as side quests e razões para encarar a jornada uma segunda vez. A dificuldade é considerada a menor da série, mas há alguns momentos de pico na truculência dos vilões que nos devolvem aos tempos primitivos do Genesis ou ao próprio Master System…

Embora seja sempre bom vigiar o HP dos seus combatentes, principalmente nos calabouços, aquelas explorações intensas dos Phantasy Star anteriores, campeãs na arte de frustrar o RPGista, propor-cionando mais mortes que campo minado em guerra de trincheiras, foram comple-tamente recauchutadas: avançar numa dungeon agora se parece com EXPLORAR LABIRINTOS, de fato, e não com um ASSALTO DECLARADO DE HP (a taxa de encontros aleatórios cai um pouco, e nem todos os soldados adversários são deuses disfarçados de monstrinhos). Sábia decisão, dona Sega! Quem leu os meus reviews de Phantasy Star I e II ou jogou estas “gemas raras” antes sabe do que estou falando…
Menus
Como era natural, conforme os anos passam os menus vão ficando mais intuitivos e PS4 não é exceção em relação aos capítulos anteriores, mas eles estão longe de ser uma referência para o padrão de exigência atual. Segue aquele problema da confusão de não saber qual é a técnica quando ela é nomeada por poucos caracteres (Tsu, Deban, Res). Com mais de 60 spells, skills e itens, isso é sim um defeito de relevo! Minha ressalva é que esta é uma reclamação que, até onde eu apurei, só começou a aparecer nas resenhas dos anos 2010, então pode ser coisa de gente perfeccionista esperar mais!

GRÁFICOS: A MAIOR DOSE DE NOSTALGIA E TECNOLOGIA MISTURADAS
PS4 é mais bonito que os PS antigos, e seu maior mérito é trazer cutscenes com os personagens em artworks louváveis. PS3 era repulsivo em sua estética “realista” demais para as fisionomias dos protagonistas. Sabemos que a galera curte mesmo é o traço mangá! Tirando as sempre ridículas capas do jogo no Ocidente, o que você tem aqui é trabalho nipônico de raiz…

O character design é bastante “padrão” para olhos contemporâneos e pouco indulgentes, mas para a época era verdadeiramente revolucionário!
Quanto ao visual dos inimigos, os meus favoritos dos dois primeiros episódios voltaram: vermes do deserto (PS1) e os robôs de PS2. Mesmo o “monstro pássaro-bebê” de PS3 deu as caras, e o que era um inimigo chato e repelente virou o protagonista de uma side quest bastante curiosa.

Desde Phantasy Star III não dá para se perder nas dungeons, e além de uma modificação funcional (de gameplay), isto se deve também à melhora no desenho dos labirintos, então temos de elogiar a mudança na parte gráfica do review! (Vale lembrar que Final Fantasy VInão possui qualquer animação nas batalhas. Ponto para a Sega!)
Ao contrário de PS3, em que parece ter havido preguiça dos animadores, os quadros de animação das batalhas voltam com tudo e temos sempre o rosto dos personagens que estão falando, ao lado da caixa de texto.

SOM
O quarto episódio da série Phantasy Star deixa um pouco de lado a ambientação sci-fi, ou pelo menos redu-la de maneira drástica em relação à trilogia precedente, deixando basicamente duas marcas originais em que o elemento “futurismo” permanece intocado: os veículos de locomoção espaciais e a trilha sonora. Mesmo que não se apresente no mesmo nível de um Chrono Trigger, a música é bastante atmosférica e possui duração suficiente. Destaques supremos: Ooze (tema do último chefe) e The King of Terror.

O curioso é que para a sonoplastia foram recrutados profissionais que trabalharam em todos os PS anteriores. Como cada episódio havia tido composições de um autor diferente, houve neste quarto capítulo um interessante ecletismo em que cada qual pôde manter seu estilo, sem deixar nada singular demais ou esquizofrênico na hora de reunir tudo numa obra só! A bateria é particularmente frenética e só ressalta o aspecto da gameplay acelerada nas batalhas. Dica final: depois que zerar PS4, aperte B com o cursor sobre a opção “continue” da tela-título e você irá abrir um sound test secreto!
Só não avalio a trilha sonora como 10/10 porque em alguns temas de overworld map, cidades e shops as faixas me pareciam ou melancólicas demais ou alegrinhas demais para meu gosto, sem que houvessem encontrado meios-termos que caberiam melhor.

EASTER EGGS, INTEGRAÇÃO & AS BOAS-VINDAS AOS NOVATOS!
Todo veterano notará várias referências e cameos dos Phantasy Star 1, 2 e 3 ao longo desta fantástica jornada. Ademais, embora eu não tenha estragado a graça na seção “ENREDO”, citando nomes, saibam que o vilão da trama é um velho conhecido… E em que pese o fator nostalgia, este pode ser considerado, ainda, o episódio ideal para começar na série!


CONCLUSÃO (RESUMÃO DE PHANTASY STAR NA ERA MEGA)
PS2 era longo e seus labirintos “impossíveis” de acordo com muitos jogadores. PS3 é o menos carismático da franquia clássica, espécie de “patinho feio” (não revisei o jogo, mas não é dizer que seja um desastre completo: ao menos você tem a oportunidade de controlar um herói e vários de seus descendentes até a conclusão da história de uma família, vindo a produzir personagens diferentes conforme suas escolhas nas partes cruciais da trama, o que ainda desemboca em 4 endings distintos). Já PS4 é o mais enxuto, acessível e meticuloso de todos os Phantasy Star até o fim do milênio, se é que não de todos os tempos, consistindo na despedida perfeita da série do estilo old school. Um clássico obrigatório para RPGistas do Genesis.

CURIOSIDADE 1: MAIOR E MELHOR? E CUSTARIA MENOS!
O plano inicial era que Phantasy Star IV fosse lançado para Sega CD, o periférico da Sega acoplável ao Mega Drive, mas também utilizável de modo solo, que rodava jogos em CD. Como não foi possível, tiveram que cortar trechos do game para que ele coubesse na mídia cartucho. Imagine só o que seria deste PS4 com mais dungeons, personagens, cidades e itens, e músicas ainda mais cristalinas! Pelo menos duas coisas boas podem ser tiradas dessa mudança no projeto: 1) certamente o jogo venderia menos e seria menos conhecido se pertencesse exclusivamente à plataforma SCD; 2) o sistema de batalhas e a exploração das dungeons foram arquitetados, nostalgicamente, num primeiro momento, para reviver os épicos combates em primeira pessoa e a sensação de desolação e claustrofobia de Phantasy Star I (Master System). Porém, a migração para a mídia mais limitada forçou os desenvolvedores a abortar essa idéia/conceito. Que bom, porque a maioria DETESTAVA essa troca para First-Person view! Parece que os detalhes gráficos exigiriam muito mais do hardware, e além disso, no mínimo, a jogabilidade ficaria prejudicada…
CURIOSIDADE 2: AS DIFERENÇAS NA LOCALIZAÇÃO
Os nomes foram mudados quando chegou a versão americana. Algumas mudanças não se deram por mero capricho: havia uma limitação nos menus para quatro caracteres latinos, e os nomes próprios precisavam ser curtos ou fazer sentido, de preferência os dois! Alys, embora o acrônimo original já possuísse 4 caracteres ocidentais, foi uma óbvia homenagem, já que tudo começou com uma Alys lá na década de 80… Quanto aos outros PCs, não achei nenhum de mau gosto. Aqui vai a lista completa das nomenclaturas nas duas versões (original e traduzida), na sua respectiva ordem:
Japonesa: Rudy, Fal, Lyla, Pyke, Thray, Forren, Freyna, Shess.
Gringa: Chaz, Rika, Alys, Gryz, Rune, Hahn, Demi, Kyra.
CURIOSIDADE 3: CENSURA & CORTES
Alguns itens ou técnicas, seja porque fossem considerados “violentos” para a faixa etária que seria o público-alvo do game ou por motivos de economia de dados ou qualquer outro, não aparecem na versão final de PS4, embora aparecessem na beta: o Blood Axe (machado sangrento) de Gryz; um mapa que equivalia ao “monitor” de PS3 (essencialmente, um mapa bem mais detalhado que o que existe); Resta, uma técnica que restauraria o HP de todos os 5 guerreiros (não quiseram dar tanta canja!); o Skure Spaceport e as Nei Dungeons (ambos elementos do sistema de jogo de PS2).
CURIOSIDADE 4: ATÉ AS FALHAS SÃO CLÁSSICAS
No manual de instruções, dizem que há 15 ataques combinados. Pare de procurar pelo último deles: na verdade, são só 14!
CURIOSIDADE 5: E AÍ, CAPTOU A REFERÊNCIA?
Pequenos easter eggs (surpresinhas) contidos em PS4, relativos ao universo phantasystariano como um todo e a outras criações da Sega em particular: livros na prateleira da casa de Saya remetem a Sonic The Hedgehog, Ecco the Dolphin e Golden Axe, 3 mega-clássicos. Ademais, não poderia deixar de haver a honrosa aparição/evocação de personagens das prequels, porque, como a própria versão americana anuncia na caixa mesmo, trata-se este do “episódio final”: Alis, a ancestral-mor dos combatentes, que salvou o mundo há uma porrada de milênios; a dupla “Alys I” e Myau, ressurge e interage com o jogador na qualidade de NPCs! Há ainda uma leve alusão ao cast de PS2. Como já citado, PS3 escapa totalmente da cronologia, então não foi homenageado da mesma maneira.
Lista de agradecimentos pela cessão de informações e imagens
internet:
GAMEFAQS:
Calamity
Frostmanblues
Lord-Spencer
odino
Phange
prof1515
Truck_1_0_1_
Zylo the wolf
MOBYGAMES:
אולג 小奥
666gonzo666
George Henry
Karsa Orlong
Kit Simmons
MasterMegid (em especial)
Tiago Jacques
Unicorn Lynx
NINTENDOLIFE.COM:
Corbie Dillard
SEGA-16.COM:
Kurt Kalata
revistas:
Coming Soon Magazine #7 (ago-set/1995), Canadá:
Mike McGrath
(matéria consultada disponível em http://www.csoon.com/issue7/phantasy.html)
versão 2 – 2019; 2025.
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