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tony hawk’s pro skater (dc, n64 & ps)

pílulas de reviews rafazardly

o que é uma pílula? vários micro-reviews tematicamente relacionados numa só página ou um review único de menos de 800 palavras!

obs: nós não seguimos o acordo ortográfico lusitano de 2009!

Dreamcast, Nintendo 64 & PlayStation

Tony Hawk’s Pro Skater

FICHA TÉCNICA

Developers: NeverSoft (PS), Edge of Reality (N64), Treyarch (DC)

Publishers: Activision (PS-N64), Crave (DC)

Estilo: Esporte (skate)

Datas de Lançamento: 31/08/99 (PS), 29/02/00 (N64), 30/06/00 (DC)

NOTA

9.1

Mania nas décadas de 70 e 80 com 720 Degrees (para Atari) e Skate or Die (para alguns consoles de 8 bits), os jogos radicais de skate foram quase que esquecidos nos anos seguintes. Foi em 99 que a febre voltou com este jogo. Na sua cola vieram dezenas de cópias fajutas, como Street Sk8er, nenhuma chegando perto do sucesso deste que foi um marco da indústria.

SISTEMA DE JOGO

O modo principal é o inovador Career Mode, onde você percorre várias arenas lotadas de half-pipes para coletar, em cada uma, cinco fitas de vídeo. Duas são pegas fazendo-se determinada quantidade de pontos com manobras insanas (o jogador só dispõe de dois minutos). A terceira é obtida ao se coletar as letras da palavra S-K-A-T-E espalhadas pela fase. A quarta aparece destruindo-se cinco objetos da arena (eles podem ser carros de polícia, caixotes, etc.) e o objetivo para chegar à última é achar a própria, já que cada curso possui sua fita escondida, que, se não for difícil de enxergar, é complicada de alcançar! São cerca de 7 níveis nesses moldes, só para arranjar fitas. Mas existem também fases extras: são os três torneios onde manobrar que nem um maluco é a única exigência na hora de superar os outros competidores. Não pare até a medalha de ouro ser sua (como se o jogador conseguisse parar, independentemente disso…)!

Os skatistas à disposição estão – inicialmente – em 15, todos reais. Entre eles, claro que não poderia faltar o grande astro que dá nome ao jogo, Tony Hawk. Mais um que deu as caras foi o brasileiro (e melhor do mundo, à época) Bob Burnquist. Essas feras estão divididas em dois estilos: vertical e street, cada um deles com séries diferentes de manobras. Falando nelas, diversidade é o principal aqui. São milhares de peripécias executáveis com simples toques no controle. A complexidade dos movimentos se estica a patamares absurdos conforme o gamer aprende a conectar uma manobra com a outra em grande velocidade antes de o skatista atingir o solo – e é necessário cair de pé para que os pontos valham, é óbvio. Ainda há os specials, manobras mais difíceis (e que só funcionam com a barra de especial cheia) que dão mais pontos que o usual. Cada skater tem três deles. Os outros modos de jogo, fora o já mencionado Career, são:

– Free Skate: ande onde, como e quanto tempo quiser só para treinar novas manobras.

– Skate Rink: dois minutos numa arena previamente escolhida. É bom para simular seu desempenho no Career Mode.

– 2 Players: para se divertir em dupla. Esse modo se subdivide em três: Grafitti, onde quanto maior a diversidade de lugares onde se faz manobras, melhor; Free Style, em que o que conta é fazer mais pontos, em qualquer trecho da fase; e Horse, no qual os jogadores têm cada um seu turno e devem fazer manobras de dez segundos mais complexas que a do oponente para não ser penalizados (xingados, propriamente, de cavalo ou outra palavra que se escolher).

SOBRE O VÍCIO ALUCINANTE

O jogo é incrivelmente amplo: o modo carreira já demora um pouco pra ser finalizado com qualquer skater, imagine com TODOS! Isso mesmo! Tente zerar quinze vezes o game, mais algumas vezes extras com os secretos que forem abertos, cada vez com um cara que execute manobras diferentes (é virtualmente impossível o player achar um boneco tão similar a outro)! Desmentindo o senso comum, não é enjoativo. Além disso, as fases são amplas (para o período) e cheias de lugares para mandar bem nas manobras. Desde corrimões a half-pipes gigantes, passando por rampas de salto, tem de tudo.

ASPECTOS TÉCNICOS

O som é um dos mais maneiros já vistos: Dead Kennedyscom Police Truck, Goldfinger e seu Superman, Jerry Was A Racecar Driver do Primus, deixando de mencionar muitas outras exímias composições, tudo isso junto no meio daquela manobra que você está tentando acertar. É a cara do esporte. Exige-se um pouco de loading acima do normal, na versão CD. Há ainda certa demora na versão GD (Dreamcast), que recebeu um aprimoramento gráfico considerável. O tempo de espera é muito grande quando comparado ao de THPS2, que não obstante apresenta fases maiores, mais elementos de jogo e texturas melhoradas. No caso da mídia cartucho (N64), não há a inconveniência da interrupção na ação em nenhuma circunstância. Em compensação, as músicas foram consideravelmente “achatadas” para caberem.

Tony Hawk’s Pro Skater, a tetralogia, marcou época – não à toa está sendo relançada para a nova geração em remake.

Rafael de Araújo Aguiar

versão 4 – 2002-2007-2011-2025.