review rafazardly #1154
obs: nós não seguimos o acordo ortográfico lusitano de 2009!
Por Rafael “Cila” Aguiar
PlayStation

Arc The Lad Collection
| F I C H A T É C N I C A |
| Developer(s) ARC Entertainment |
| Publisher(s) Working Designs |
| Estilo(s) Role Playing Game |
| DATA(S) E REGIÃO(ÕES) DE LANÇAMENTO |
| 18/04/02 (EUA) |
Também incluso na(s) compilação(ões):
| N.A. |
Esta compilação contém os jogos:
Arc the Lad (PS)
Arc the Lad II (PS)
Arc the Lad III (PS)
Arc Arena (PS)
Quem jogar este também poderá gostar de:
(Em vermelho, os jogos que já revisamos – se não estiver linkado, ainda não foi “upado” no novo blog.)
Dragon Quest IV (AND/DS/iOS/NES/PS)
Lunar: Silver Star Story (PC/PS/SAT)
Pokémon Stadium (N64/SWI)
Shining Force III (SAT)
Tactics Ogre (PS/PS4/PS5/PSP/SAT/SNES/SWI)
Vandal Hearts (DS/PC/PS/SAT)
| NOTA(S) |
(Cada escore é uma média dos principais portais de games na web e revistas antigas quando for o caso, e também engloba a opinião dos gamers visitantes, além da crítica especializada; não necessariamente reflete meu ponto de vista sobre o jogo.)
8.3
| ESTE JOGO É PRA… | |
| ( ) passar longe | ( ) dar uma jogadinha de leve |
| (X) dar uma boa jogada | (X) jogar freneticamente |
| ( ) chamar a rua toda pra jogar | ( ) uma incógnita |
| (X) tipos específicos de jogador. Quais? | |
- Todo RPGista ocidental, já que Arc The Lad é uma saga de respeito.
| FAIXA DE VIDA ÚTIL ESTIMADA | Cerca de 80h. |
Esta compilação consiste em 4 games: Arc the Lad, Arc the Lad II, Arc the Lad III e Arc Arena, previamente existentes apenas em japonês. Arc the Lad, a trilogia, consiste numa estória linear de uma constelação de personagens, enquanto que o sufixo Arena denota um spin-off à la Pokémon com o uso de monstros para guerrear num coliseu, entrando em interação exclusivamente com o segundo Arc the Lad.

Sua aventura começa na vila de Touvil, em que uma garota chamada Kukuru busca se libertar do terrível destino de seu clã. As mulheres de sua linhagem têm de casar com homens da família real de seu reino Seirya, mas Kukuru tem outros planos. A fim de fugir do casamento arranjado, ela encharca a Chama de Cion, um artefato sagrado de que seu clã é o guardião, e acaba causando um desastre na forma da quebra do lacre de um espírito maligno. Na mesma noite do incidente, no mesmo vilarejo, o adolescente Arc veste a armadura de seu velho pai ausente e se dirige para o local da chama, buscando reavivá-la. Esse pequeno incidente só cresce em proporções até que Kukuru e Arc se encontrem e decidam integrar o mesmo bando. Embora sua party vá mudar muito de game para game, o enredo é linear do I ao III. A característica mais interessante desses 4 CDs (uma vez que Arc the Lad III vem em 2 discos) é que se intercomunicam entre si através do seu cartão de memória. Você pode salvar os dados de uma narrativa e usar nas fichas de personagem da próxima.

Há três maneiras de ataque: com uma arma, com magia e com um special attack. Em combates a curta distância os inimigos podem ser abordados também pelo lado e pelas costas, o que diminui a chance de um contra-ataque. Usando-se armas de longo alcance, como uma lança, ou special move, ou via magia, previne-se cem por cento um contra-ataque. Cada personagem tem spells exclusivos, além de músicas (encantamentos), artes-marciais e técnicas de espada, garantindo altas customizações. E embora seja atrativo se escorar sempre num mesmo guerreiro, a longo prazo essa estratégia é pouco esperta, pois deixar os colegas com menos pontos de experiência desbalanceia a equipe. É praticamente garantido que se não se proceder a side quests seus níveis não serão suficientes para zerar o jogo.

Em Arc I não se viaja pelo mundo num world map da maneira tradicional. Escolhe-se onde se quer ir e automaticamente já se está lá. Em Arc II&III, por outro lado, viaja-se através de um minimap.
ARCO I
No jogo original da trilogia, de acordo com os padrões modernos, e aliás os padrões da indústrias já então (posto que ATL1 é póstumo a Final Fantasy VI e todos os Dragon Quest de SNES), temos um RPG “lite”. Sem mapa geral e quase nenhuma dungeon ou mesmo puzzles para resolver além das batalhas obrigatórias, digamos que o game é tributário de RPGs táticos mais tradicionais como Tactics Ogre. No máximo o jogador se sentirá revezando entre batalhas e cutscenes. Não há muita agência.

Em ATL2 um dos personagens consegue colecionar monstros; em ATL3 outro personagem possui o talento de colecionar monstros convertidos em cartas.
Apesar de épico, Arc the Lad possui uma personalidade algo leve reminiscente da série Lunar. Apesar dos heróis parecerem jovens demais para ocuparem o papel de protagonistas, ainda não se evadem os limites do que geraria uma suspensão de crédito. Em que pese o sistema de jogo bem simplificado (que na verdade é um dos pontos fortes da saga), não poderia deixar passar a oportunidade de comentar a habilidade de pular, uma exceção em games do estilo. Paredes e outros combatentes não são uma barreira ao movimento, desde que o personagem sob controle possua um atributo de pulo alto o bastante – pode saltar a obstrução sob o custo variável de alguns pontos de movimentação. Parece – e é – simples, mas adiciona muita versatilidade e até um ar de comicidade, quando vemos os modelos super deformed fazendo essas pirotecnias.

Masahiro Andoh co-autora as composições do título ao lado da Orquestra Filarmônica de Londres (que também compôs para Xenosaga). Para 1995 essa parceria é sem precedentes, e ainda impressiona.

ARCO II
O maior atrativo de Arc II, considerado isoladamente o melhor e mais extenso dos ATL, é sem dúvida poder incrementar as fichas de personagem e o arcabouço de itens com conquistas auferidas no primeiro e curto Arc com a ajuda do memory card. Dizem até que a excruciante batalha com o último chefe pode virar mamão-com-açúcar…

ARCO III
Os gráficos pioraram, do nosso ponto de vista, uma vez que acrescentaram muitos detalhes em 3D, que evidentemente envelhecem pior que a arte em sprites. Os modelos em SD viraram um pouco mais humanóides. A raiz mais tática da série foi um pouco abandonada, Arc 3 se aproximando mais de épicos tradicionais como Final Fantasy ou DQ. Antes podiam ser utilizados 7 PCs por batalha; depois, 5; agora são apenas 4. Até o arco de desenvolvimento dos personagens (no pun!) foi um pouco diminuído, tudo se resumindo a “trabalhos de guilda”, ainda que personagens dos dois predecessores teimem em comparecer.
…NON SEQUITUR
Além dos 3 jogos e do spin-off há ainda um disco bônus e belos adereços incluídos na embalagem do produto original. O manual do jogo é capa-dura e possui 150 páginas, espantoso até. No CD extra pode-se assistir a um making of. Arc 1 leva de 10 a 20 horas para finalizar. Arc 2, de 40 a 50; Arc 3 uma média entre esses tempos. O episódio mais recomendado é de longe o segundo, mas a fim de aproveitar mais o enredo não custa detonar Arc 1 primeiro, já que é tão curto.
֍
Lista de agradecimentos pela cessão de imagens e informações:
GAMEFAQs:
YusakuG
cpuddle
Unos_Hambalos
franxrom1
KFHEWUI
GAMESPOT:
Bethany Massimilla
IGN:
David Smith
MOBYGAMES:
MasterMegid
versão 1
® 2002-2025 0ldbutg8ld / RAFAZARDLY!