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yakuza (ps2)

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obs: nós não seguimos o acordo ortográfico lusitano de 2009!

Por Rafael “Cila” Aguiar

PlayStation2

Yakuza

Ryuu Ga Gotoku (Japão)

F I C H A    T É C N I C A
Developer(s)
Amusement Vision
Publisher(s)
Sega
Estilo(s)
Beat ‘em up
Role Playing Game
DATA(S) E REGIÃO(ÕES) DE LANÇAMENTO
08/12/05 (JP), 27/01/06 (COR), 05/09/06 (EUA), 14/09/06 (OCE), 15/09/06 (EUR), 26/10/06 (JP, PlayStation2 the Best), 06/12/07 (JP, PlayStation2 the Best Reprint)

Também incluso na(s) compilação(ões):

Ryu ga Gotoku 1&2 HD Edition (PS3/WIIU)

Quem jogar este também poderá gostar de:

(Em vermelho, os jogos que já revisamos – se não estiver linkado, ainda não foi “upado” no novo blog.)

Yakuza 0 (PC/PS3/PS4/SWI2/XONE)

Yakuza Kiwami (PC/PS3/PS4/SWI/XONE)

NOTA(S)

(Cada escore é uma média dos principais portais de games na web e revistas antigas quando for o caso, e também engloba a opinião dos gamers visitantes, além da crítica especializada; não necessariamente reflete meu ponto de vista sobre o jogo.)

8

ESTE JOGO É PRA…
(X) passar longe(X) dar uma jogadinha de leve
(X) dar uma boa jogada(  ) jogar freneticamente
(  ) chamar a rua toda pra jogar(X) uma incógnita
(  ) tipos específicos de jogador. Quais? 
FAIXA DE VIDA ÚTIL ESTIMADACerca de 32h.

Kazuma abandona a Yakuza, a maior máfia japonesa. Assim que sai da cadeia por um assassinato que não cometeu ele começa sua busca por vingança. Como se não bastasse, 10 bilhões de ienes somem dos cofres da Yakuza e ele é apontado como culpado.

É uma pena que nem todo o enredo é tão fluido, havendo muitas quests “filler” para Kazuma resolver. Na verdade há uma ilusão de grande progresso quando ele é mínimo ou redundante: você vai de “fazer A, para fazer B, fazer C e fazer D”, quando seria absolutamente sem conseqüência que o jogo o comandasse fazer A e logo em seguida D. B e C são missões-filler. Não ajuda o fato de que Kazuma briga, briga muito. Constantemente virá aquela sensação de “por que mesmo é que estou espancando esses caras?”. Seria interessante encarar boa parte do enredo “diretaço”, em poucas sentadas. Se suas gameplay forem muito picadas a storyline ficará soterrada nas lembranças antigas, à espera de um resgate improvável.

Esse é o único Yakuza em que foi utilizada uma dublagem gringa para a versão americana. Felizmente as continuações abandonaram esse expediente, colocando apenas as legendas dos diálogos no idioma nacional, aumentando a qualidade da obra e seu teor de veridicidade. A garota co-protagonista, por exemplo, tem uma voz decididamente irritante.

Para um jogo de PS2, o detalhamento e o escopo da Tóquio presente em Yakuza são fenomenais. A cidade muda as cores e multidões conforme for dia ou noite. NPCs podem ser trabalhadores voltando do expediente na chuva ou animadas menininhas em uniforme escolar correndo até o metrô. Há hordas de NPCs que pronunciam frases mas não são propriamente interativos, algo que me remete às instâncias mais recentes da série Persona.

Além dos comércios de uso, atividades citadinas incluem engajar em flertes e conquistas em minigames que transcorrem em points de prostituição. Há ainda cassinos e uma espécie de locadora/estabelecimento em que se jogam videogames.

A cidade é grande e há loadings entre células ou compartimentos dela, embora sejam loadtimes bem curtos. Há a opção de pegar um táxi para fazer fast travels. Quem prefere andar a pé tem de lidar com muitos bandos de sujeitos mal-encarados prontos para espancar o protagonista, o que dá nos nervos para quem já está jogando há muitas horas e já lavou o chão com centenas desses tipos de manés. Porém, como dizem (e é o que dizem, ouvi falar), nunca é demais ter mais pontos de experiência e ienes!

O beat ‘em up é o fator proeminente do jogo, a ponto de ele ser apenas secundária ou terciariamente considerado um RPG. O que se faz ao subir de nível é melhorar seus três stats principais, soul, técnica e corpo. Outros aspectos que envolvem Role-Playing se dão em partes interativas das side quests.

Hora de descrever os controles nas muitas brigas. O sistema de tutorial é bem-feito e mistura teoria e prática em doses homeopáticas progressivas, o jeito menos aborrecido de incluir um tutorial num jogo. Chutes, socos, agarrões e arremessos são suas principais ações. Muitos objetos arremessáveis também compõem os cenários. Os objetos também podem servir de escudo temporário, se bem que as técnicas especiais aprendidas de cada vez tornarão esse uso mais e mais obsoleto. Essas técnicas são adquiridas treinando-se deliberadamente a fim de dominá-las ou casualmente, subindo de nível.

Também é possível usar esquivas e bloqueio, adicionando variações dessas duas técnicas conforme acima, com o tempo. Kazuma é machão e costuma enfrentar meia-dúzia de caras por vez; duelos-solo são raros, e costumam ser chefões ou coisa do naipe. O importante é tentar não ser encurralado e derrubar alguns caras enquanto parte para cima de outros.

Como este é um jogo que já fez 20 anos, vamos citar as três principais limitações de grande monta do sistema de combate mais abaixo (invariavelmente trabalhadas e eliminadas no remake, vide conclusão):

1. Os combos e variações dos ataques mostrados nos tutoriais não são profusos. A longo prazo você pode ficar entediado com as mesmas formas de atacar sempre e sempre. Um exemplo seria Quadrado+Quadrado+Quadrado+Triângulo. Outro, Quadrado+Triângulo.

2. O sistema de mira ou lock-on é algo antiquado. O botão correspondente à função é o R1.  Os inimigos estão tão inclinados a desviar dos golpes de Kazuma que parecerá que a mira inexiste. Não é raro perder a visão do inimigo mais próximo ao tentar um combo e ele ser realizado no vácuo do ar. Na outra mão, parece até que a CPU corrige a trajetória de seus golpes no meio dos ataques, que são telegrafados para o seu nariz. Basicamente, luta-se contra a engine do jogo nos últimos levels.

3. Por ultimo temos a péssima câmera. Sua única forma de tentar regulá-la é mediante o L1, que posiciona a câmera atrás de Kazuma. Infelizmente o analógico direito não tem uso em Yakuza. Você tem de usar o mini-radar na porção inferior esquerda da tela a fim de consultar quantidade e posicionamento dos inimigos. A combinação dos defeitos 2 e 3 esmaga o potencial do sistema de combate, que era enorme.

Alguns dos bosses mais precoces são uns dos desafios mais complicados que o game tem a oferecer, enquanto que os últimos são até decepcionantes na comparação.

Yakuza 1 ganhou um remake chamado Yakuza Kiwami no PS4 (2017) e PC (2019), entre outros. Os defeitos aqui ressaltados em lente de aumento foram muito bem-atacados, por isso indicamos esta alternativa para os gamers mais modernos.

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Lista de agradecimentos pela cessão de imagens e informações:

GAMEFAQs:

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