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beatmania 6th mix + core remix (ps)

PlayStation

BeatMania 6th Mix + Core Remix

F I C H A     T É C N I C A

Developer Konami

Publisher Konami

Estilo Música > Simulador de DJ

Data de Lançamento 31/01/02 (JP)

NOTA

9.2

Este jogo é pra…

(X) passar longe  (X) dar uma jogadinha de leve  (X) dar uma boa jogada  (X) jogar freneticamente  (X) chamar a rua toda pra jogar  (X) um tipo específico de jogador. Qual? Adivinha só!  (X) incógnita

Vida útil estimada: 80h

BeatMania é o primeiro de seu naipe. Quando chegou aos Arcades pela primeira vez, a Konami descobriu que podia cavar minas de dinheiro explorando o filão da música, e o subfilão “rodar o disquinho”. Isso no Japão, porque um problema de timing e estratégia interna evitou que a série pudesse decolar também nos States: quando se depararam com as vendas estrondosas de seu Dance Dance Revolution (título de DANÇA da Konami, produzido por um outro staff), perceberam que colocar duas de suas novas franquias para brigar de foice nas mãos poderia ser um suicídio empresarial, então preferiram deixar pra lá – o que não impediu nem impede gamers da nossa região de importar os games nipônicos, que a propósito apresentam uma interface quase que inteiramente inglesada…  BeatMania 6th Mix + Core Remix já é o último capítulo de uma longa série de lançamentos domésticos para PlayStationOne, em 2002. Duas máquinas de Arcade foram simplesmente fundidas num único CD para resultar no título. O primeiro fliperama consiste em BeatMania 6th Mix: The UK Underground Music; o segundo, BeatMania Core Remix. Aquele é um tributo à contribuição britânica à cena eletrônica mundial; esse, um brinde à edição de BM que encetou a seqüência de hits, oferecendo uma set list com ótimos remixes das faixas de BeatMania 1.

Ao longo dos anos de Play1, a Konami lançou vários BeatMania Append, que exigiam um CD BeatMania “não-Append” para poderem rodar (caso contrário o videogame não reconheceria a mídia). Esses CDs que além de jogos em si também eram “portais de acesso” para outros BeatMania derivados são chamados de “key discs”, ou seja, discos-chaves. BeatMania 6th é, felizmente, um key disc, poupando alguma atribulação. Já o 5th Mix, por exemplo, exige que você insira no case, previamente, ou o próprio 6th ou o 2nd Mix, ou o Best Hits ou ainda o Sound of Tokyo. Depois de todos esses “Appends” e keys lançados alternadamente no fim dos 90 e começo dos 2000, a Konami se reinventaria com BeatMania IIDX (PlayStation2), a verdadeira continuação do BeatMania clássico. Desde então, essa necessidade de um CD-matriz caiu em desuso. Adeus, Appends! Para usuários de PSOne, entretanto, não tem mesmo remédio… Dizem as más línguas que tudo isso foi promovido não por restrições tecnológicas do período, mas sim para “emular” a principal tarefa de um disc jockey, que é trocar os discos na sua mesa de som (os compact discs da série BM têm uma arte que os faz parecer com bolachões em miniatura na face voltada para cima). Não duvidamos, já que Dance Dance Revolution não precisa de CDs-chaves em nenhuma de suas expansões (e mesmo se você quiser fazer a troca, ainda ganha menus atualizados para os jogos mais velhos). O problema é que a execução dessa idéia edificante ficou péssima!

Chega de bastidores e vamos à obra! BM6M+CR apenas segue com a tradição de músicas excepcionais que nenhuma edição de BeatMania no PS1, salvo talvez BeatMania GottaMix 1, nunca quebrou. Nisso, BM bate de lavada em DDR, que oscila muito em suas set lists. Não pense que neste caso qualidade signifique pouca quantidade: para os 32-bit, está ótimo – são 64 canções, o recorde desta era dos videojogos. Os gêneros também são profusos e incluem nomes tarimbados (nome artístico entre parênteses) como Takehiko Fuji (Slake), Yuuki Kuromitsu (Pink Pong), Isao Saito (Asletics), Osamu Migitera (positive MA), Kiyotaka Sugimoto (DJ Simon) e Naoki Maeda (NM). Reo Nagumo (DJ Nagureo), Ishikawa Takayuki (DJ Setup; dj TAKA), Youhei Shimizu, dentre outros, são os talentos por trás da parte Core Remix. E de inéditas em relação ao Arcade existem composições autorais de Hiroyuki Togo, que ainda tem outros 2 remixes no jogo, Lonely Man e Bad City. E esteja avisado que nenhum dos dancing games “supermodinhas” apresentam um universo tão estelar de acordes. Fire e Pink Dream do Pink Pong, por exemplo, são o trance no seu melhor; E-motion (Romantic Style) e Guilty são as tacadas supremas de Taka (desculpe pelo trocadilho); Slake, ainda que o mais mainstream dos artistas, nunca desaponta (confira as MP3 gratuitas em lastfm.com/music/slake); Youhei é um dos mais fiéis às origens asiáticas, o que está demonstrado por Kouyou e asian 573.

O esquema não muda nada em relação aos outros jogos musicais com acessórios extras: basta esperar a queda de “notas” na tela e apertar as teclas em sincronia com o cursor, com um “toquezinho” a mais no caso de BM que é o spin do DJ. São três controles oficiais para se divertir em BeatMania (não tem jeito, com o controle standard de PSX você NÃO chegará nem perto de curtir a experiência ou de vislumbrar o que os programadores desejavam): o controle da ASCII desde o BeatMania original; a DJ Station Pro da própria Konami; e o altamente popularizado joystick BMIIDX. Tirando a turntable da ASCII, a resposta aos comandos é instantânea, essencial nesse estilo de gameplay frenético. O BMIIDX, além de mais fácil de encontrar que a “estação profissa” da Konami Japan, também serve para uso no PS2, como o nome já indica.

Os gráficos são “tão importantes” que não inserimos imagens na matéria…

Esse é o BeatMania de 5 keys definitivo para consoles caseiros (no PlayStation2 a engine já era de 7 botões, similares a teclas de piano). Quase todas as composições de BeatMania são criadas especificamente para o jogo, o que faz muita diferença. Dance Dance, a parte farofa da incursão da Konami pelo mundo da música, foca no licenciamento de faixas das paradas de sucesso, que se deterioram rapidamente. Então, amigo, saia desse tapete com setas ridículo e curta o que há de mais sofisticado em music gaming nos 32 bits! Eu cheguei a mencionar que Hideo Kojima foi um dos criadores do conceito de BeatMania?

Rafael de Araújo Aguiar é sociólogo não-praticante e um tanto apaixonado pela forma velha de se programar jogos

Lista de agradecimentos

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versão 2 – 2014; 2025.

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