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rayman (ps, sat & al.)

PlayStation, Saturn

+ AND, 3DS, DS, GBA, GBC, iOS, Jaguar, PC, Wii U.

Rayman

F I C H A     T É C N I C A

Developer Ubisoft

Publishers Ubisoft / ak tronic

Estilo Ação > Plataforma 2D

Datas de Lançamento:

AND – 17/03/16 (EUA)

3DS (versão GBC) – 31/05/12 (EUA/EUR/OCE), 25/07/12 (JP)

DS – 07/12/09 (EUA), 25/12/09 (EUR/OCE)

GBA –11/06/01 (EUA), 22/06/01 (EUR)

GBC – 24/03/00 (JP), 29/03/00 (EUA), 24/07/00 (EUR)

iOS –18/02/16 (EUA)

JAG – 08/09/95 (EUA)

PC – 30/04/96 (EUA-EUR); 19/11/01 (EUR-Green Pepper)

PS – 01/09/95 (EUA); 22/09/95 (JP); 12/95 (EUR); 1996 (EUA-Greatest Hits); 1997 (EUR-Platinum); 29/05/08 (EUR-PSOne Classics); 17/07/08 (EUA-PSOne Classics); 11/04/12 (JP-PSOne Classics)

SAT – 30/10/95 (EUA-EUR); 17/11/95 (JP)

WIIU (versão GBA) – 20/04/17 (EUA), 25/05/17 (EUR)

NOTA

8 (JAG) | 7.8 (PC) | 8.2 (PS) | 7.7 (SAT)

Este jogo é pra…

(  ) passar longe  (X) dar uma jogadinha de leve  (  ) dar uma boa jogada  (  ) jogar freneticamente  (  ) chamar a rua toda pra jogar  (X) um tipo específico de jogador. Qual? Crianças mais espertas que o normal; Indiana Jones dos platformers old school…  (  ) incógnita

Pobre Rayman: nunca conseguiu o mesmo reconhecimento que Mario ou Sonic, embora o possam considerar o equivalente francês desses dois ícones Plataforma! Meu primeiro contato com Rayman foi num port discutível de Nintendo DS, Rayman 2: The Great Escape, o jogo que lançou o mascote à fama. Depois eu pus as mãos na também ruim conversão para o sucessor do portátil, o 3DS, do mesmíssimo jogo. Aparentemente, a Ubisoft ama recriar adaptações abaixo-do-satisfatório de seu épico Rayman 2. O que me fez acreditar no potencial do personagem, entretanto, foi o lançamento do retrô Rayman Origins. Curioso sobre a real origem desse Plataforma 2D, lá fui eu “de volta aos anos 90”, quando a Ubisoft atirou pra todo lado esperando que seu herói carismático vingasse em ao menos um periférico… Sua primeira aventura ainda se mantém atual?

PSX

Como era de se esperar, a estória de Rayman não vai angustiar, atormentar nem fazer ninguém puxar os cabelos. Nada dramático nem complexo. Os Electoons, uma fonte de energia no mundo de Rayman, foram capturados pelo vilão Mr. Dark e mantidos em jaulas espalhadas por aí. Você não sente de imediato aquela vontade de se envolver no problema e salvar o dia?

PSX

Um genuíno Plataforma no sentido simples é Rayman, mas não sem seus toques de profundidade. O protagonista pode ser atingido umas 4 vezes antes de morrer. Vidas são obtidas colecionando-se orbs ou obtendo miniaturas do rosto de Rayman muito bem eclipsadas. Os níveis estão abarrotados de passagens secretas (ao contrário do linear, porém tridimensional, Rayman 2) e divididos em grandes seções ou câmaras, muito como em Yoshi’s Island ou Wario Land.

PSX

No comecinho, tudo o que Rayman pode fazer é andar, pular e escalar algumas estruturas, o que significa que qualquer inimigo já é uma grande ameaça. Ao progredir, contudo, Rayman vai aprendendo habilidades especiais bastante úteis contra os minions de Mr. Dark: socar a longas distâncias (sua mão ejeta do corpo, como aquelas luvas de boxe de brinquedo quando se abre caixinhas-surpresa, via propulsão molar), dependurar-se em beiradas e puxar-se para cima, balançar em letras “O” flutuantes sobre abismos e até girar-se feito helicóptero, sua marca registrada.

PSX

Tem-se uma mancheia de mundos para visitar. Eles são os tropos típicos de qualquer Plataforma. Um é o pântano temeroso que não pode faltar no bom Adventure, o outro um reino temático de instrumentos musicais em que as réplicas tanto servem de plataformas como de inimigos. São 5 ou 6 fases por mundo, e há sempre um ponto por mundo para salvar seu progresso, igual em Donkey Kong Country. E assim como no clássico da Rare, o último encontro de cada mundo é contra um chefão. De saxofones bípedes a golems de pedra, Rayman vai ter rivais à altura.

PSX

Algumas dessas batalhas são intensas. Rayman, como referido, tem um número limitado de hits para tomar antes de perecer, e os chefes não sucumbem assim com qualquer ataque! Seus padrões ofensivos, inclusive, são multivariados e consistentes, exigindo certa capacidade de memorização e pronta reação. Para pegar o chefe nº 1 de modelo, o mosquito irritadinho, ele vai “defecar” primeiro minúsculas depois hercúleas bolas farpadas que quicam no terreno. Rayman vai precisar de timing para escapar por baixo dos projéteis. Mas enquanto isso o infatigável inseto poderá ele mesmo se lançar em investidas horizontais. E aí o controlador terá de se preocupar com uma e outra coisa simultaneamente, tentando passar por cima ou se abaixar quando vier o mosquito, tentando não tocar também em suas bolinhas-armadilhas. Mas não basta se defender: ainda falta o contra-ataque, que o jogador deverá descobrir sozinho!

PSX

Como se os chefes não fossem cascudos o suficiente, as etapas habituais já estão fora da curva, característica sobremaneira excepcional se você pensa em Rayman como destinado às crianças. A todo instante sua vida estará em risco. No mundo da música, uma das fases apresenta uma série infinita de oponentes-instrumentos cuja prerrogativa é soprar Rayman pra longe. Embora não possam causar dano direto ao herói, podem deslocá-lo furiosamente pela tela, e o pior é que o jogador deve aprender a usar o golpe como recurso para se auto-propelir às alturas, pois deve escalar a fase, de orientação eminentemente vertical! Isso se chama “brincar com o perigo” no meu dicionário Plataforma… E quão mais alto Rayman chega, mais estreitas vão ficando as plataformas que lhe servem de suporte para os pés. Cair pode nem sempre significar a morte, mas um considerável backtracking, com certeza. Chamar essa parte do game de “injuriante” (e é só o segundo mundo!) é desprezá-la! Em outras partes, a astúcia dos obstáculos vai causar admiração. Não é raro ver os monstrinhos desviando dos seus socos de longe a tempo. IA invejável. Esse elevado grau de desafio deve espantar muitos dos impacientes após não mais que alguns minutos. Também não ajuda que haja tanto “tentativa-e-erro” no CD – prepare-se para se arriscar em muitos saltos cegos.

Jaguar

Como sublinhado, Mr. Dark capturou e aprisionou vários Electoons ao longo das fases. São seis jaulas por nível. Rayman precisa destruí-las com um soco e apanhar a matéria-prima revelada. Essas pequenas prisões estão muito bem escondidas e exigem a máxima perícia do explorador. Muitas nem mesmo darão o ar da graça antes que algum objetivo secundário seja cumprido na fase. Outras, mesmo que ostensivamente ao alcance dos olhos, não podem ser atingidas antes do aprendizado de alguma habilidade mais à frente. Não se trata de um hobby sem conseqüências essa caça frenética aos Electoons presos e perdidos, já que para enfrentar o real último chefe TODAS as jaulas precisam ser abertas em cada nível!

Saturn

Rayman é mesmo deslumbrante em sua bidimensionalidade. Os personagens são vívidos e as cores das texturas dos backgrounds não têm vergonha de aparecer. O estilo de arte e o talento computacional dos programadores são aspectos atemporais. Rayman e qualquer outro ente vivo de seu mundo estão esplendidamente animados. E mesmo com todo um caos de formas e cores o framerate não sossega um segundo. As imagens são tão lindas que mesmo ao morrer repetidas vezes você vai encontrar forças para continuar nos vibrantes e efusivos cenários que parecem um grande livro infantil em que dezenas e dezenas de superlápis de cores foram consumidos. Até quando Rayman é atingido ele responde com um gracioso soluço!

Versão PC

Rayman se sai como uma bela charada, num limbo de público-alvo entre crianças superdotadas e adultos com arroubos nostálgicos nas veias. Se você é do tipo irritável demais para um título que não faz apologia com a falta de dificuldade e mesmo assim ficou interessado pelo conceito, talvez devesse experimentar a versão de DSiWare, que foi amaciada para a audiência mais jovem. Rayman, o original de facto, consegue ser um raro clássico de Jaguar, apresentável no PC e uma ótima pedida no PlayStation e no Saturn, o que não é pouco, ainda mais para uma developer francesa em seus primórdios!

Saturn

Rafael de Araújo Aguiar é sociólogo não-praticante e um tanto apaixonado pela forma velha de se programar jogos

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