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killer instinct gold (n64)

pílulas de reviews rafazardly 

o que é uma pílula? vários micro-reviews tematicamente relacionados numa só página ou um review único de menos de 800 palavras!

obs: nós não seguimos o acordo ortográfico lusitano de 2009!

Nintendo 64

Killer Instinct Gold

F I C H A   T É C N I C A

Developer Rareware

Publisher Nintendo

Estilo Luta > 2D

Datas de Lançamento 25/11/96 (EUA), 07/97 (Ásia/EUR)

NOTA

7.8

KIG foi um dos primeiros jogos do console, lançado poucos dias depois de Super Mario 64 e Pilotwings, que eram os dois únicos títulos disponíveis para Nintendo 64 na data de seu lançamento. Foi por muito tempo a melhor opção no estilo fighting para o Nintendão com seu promissor processador 3D.

Trata-se basicamente duma adaptação do popular jogo de Arcade, Killer Instinct 2. Este já uma seqüência para o hit estrondoso do fim da vida do Super Nintendo e seus famosos chips para aperfeiçoamento gráfico, Killer Instinct (1995). Como se pode ver, todos os títulos da franquia vieram num intervalo demasiadamente curto e numa sucessão explosiva.

Modo novo…

Para ter recebido “Gold” em seu nome, espera-se alguma mudança que coloque o game no alto do pódio em algum quesito no qual ele não estava antes. Ou seja, mais do que uma mera transposição das gruas eletrônicas para um videogame caseiro. Na prática, o que há de destacado e inédito é mesmo só um Training Mode (para se acostumar com o controle 3D do aparelho e auxiliar na construção dos combos – já que Gargos, o chefão final, só vai ceder perante um aerial, golpe especial que exige alguma elaboração). Um modo treino, sabiamente, não faria sentido em uma máquina de fliperama, pois o objetivo de uma é promover o desperdício de fichas e a rotatividade dos jogadores que fazem fila. Não causa surpresa tal adição no produto final para o N64. Na verdade, era quase que uma obrigação, dadas as circunstâncias. Todo o resto do sistema de jogo continua igual. Gráficos ficaram praticamente equivalentes, com uma interface ainda 2D (os combatentes não mudam de plano) mas cenários profundos e cheios de objetos na linha de ação.

Há os manual (hits regulares feitos juntos para ocasionar maximum damage) e os automatic combos (hits específicos e movimentos secretos ligados para desencadear seqüências pré-determinadas e inevitáveis). O resultado dessa mirabolante fórmula é que jogadores mais insanos podem tentar um combo com 70 hits ou mais! Há ainda combinações com “super moves” e “fatalities” (Mortal Kombat popularizou a expressão para as ending sequences). Em suma, um verdadeiro massacre. Um instinto assassino de ouro, se assim se quiser…

…perspectiva aérea…

Bom, acima foi um equívoco (intencional) o uso de “inevitáveis” para descrever os combos automáticos: gamers com perícia poderão usar um terceiro elemento do sistema de combos, na verdade um anti-combo ou contra-combo, chamado de combo-breaker dentro do cartucho. Trata-se, em suma, de uma esquiva do estrago complexo que um combo acarreta, paralisando a performance do adversário e abrindo espaço para um contra-ataque, a fim de prejudicar o próprio adversário como ele não imaginaria dois segundos antes de iniciar o golpe! Mas cuidado, porque as possibilidades não se congelam por aqui: aquele que tentou o primeiro ataque e sofreu um combo-breaker pode ser bem-sucedido executando um combo-breaker-breaker, o contra-contra-ataque! Quem vai segurar essa batata quente? E quem rirá por último?

Falando dos lutadores (o que seria da empreitada sem eles?), os mais populares da primeira versão estão de volta: o ninja Jago, a de nome singelo e estilo fatal Orchid, o gélido Glacius, o subchefe de KI1 Fulgore, Sabrewulf, etc. Porém, outras criaturas inverossímeis foram tiradas da cartola (substituindo figurinhas menos carismáticas do jogo de SNES). Em geral, os bonecos são bastante equilibrados e donos de movimentos totalmente exclusivos.

…e a pose de vitória!

Por ser um jogo da primeira geração do N64, e talvez terminado com pressa, consideramos que seu desempenho visual e sonoro está bem perto do ápice, embora algumas entradas do narrador tenham sido deixadas de fora para economizar espaço no cartucho. A jogabilidade soa dura perante os clássicos póstumos do 3D, mas àquele tempo não incomodava. Na verdade, um controle com tantos botões (pela primeira vez fora do Arcade) seduzia os hardcore fans do estilo Luta.

Quem quiser algo mais recente mas da mesma geração, maduro, pode procurar por Mortal Kombat 4 no Nintendo 64, que não teve lá muitos fighters.

Agradecimentos a Nikos Constant

Rafael de Araújo Aguiar

versão 3 – 2004; 2011; 2025.

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