pílulas de reviews rafazardly #31
o que é uma pílula? vários micro-reviews tematicamente relacionados numa só página ou um review único de menos de 800 palavras!
obs: nós não seguimos o acordo ortográfico lusitano de 2009!
Por Rafael “Cila” Aguiar
Dreamcast

Street Fighter Zero 3
Street Fighter Alpha 3 (fora do Japão)
F I C H A T É C N I C A
Developer Capcom
Publisher Capcom, Virgin
Estilo Luta
Datas de Lançamento 08/07/99 (JP), 31/05/00 (EUA), 15/09/00 (EUR), 15/02/01 (JP, edição Matching Service para partidas online)
NOTA
8.7
LINHA DO TEMPO
Um dos melhores jogos de 1998 nos fliperamas, SFA3 de PlayStation já é uma grande conversão. Agora imagine tudo isso potencializado pelos poderes de um videogame muito melhor tecnicamente. Em relação ao Arcade a evolução é estratosférica, já que para o 32 bits da Sony já foram produzidos novos modos de jogo e – para este em questão – outros! Muitos devem se perguntar o que é a série Alpha ou Zero. Se é uma série paralela à inicialmente produzida, parece – em contradição – a única que mantém aquele elenco que ficou popular e um mecanismo de jogo relativamente parecido. Veja que o III, em sua primeira variação, só traz Ryu e Ken e nada mais. E há aqueles Street Fighter “vs. fulanos de tal”, geralmente heróis de revistas em quadrinho americanas (comics). Então os episódios Alpha são os melhores para quem busca fidelidade, é a “continuação do clássico”.
Não entendam errado. Não é uma série sufocada pela nostalgia, estagnada. Apesar de manter aquela estrutura, investe em toques aqui e ali para manter a diversão e o fun factor, incluindo-se aí uma nova safra de lutadores com um quê de especiais e que seguram a série “relevante”.

Olha a roupa do garoto, marronzinha; falando em garoto, repare como os rostos estão mais jovens: a storyline da fase Zero é anterior à da saga linear.
INTRODUÇÃO
O número 3 na série Zero/Alpha apresenta a manutenção do sistema básico de jogo do Z2 e ainda traz algumas opções para que exista alguma variabilidade.
SISTEMA DE JOGO
Funciona assim: depois de escolher seu character, aparece um menu com três estilos de luta (com sufixo –ism), o que na verdade governa o jeito como seus super combos sairão. A-ism fornece múltiplos SCs que podem ser desencadeados em outros três diferentes níveis. São a cópia do modelo padrão dos Street Alpha 1&2. V-ism apresenta maior ecletismo, funcionando como os custom combos da versão anterior. E o X-ism retorna ao Super Street Fighter II Turbo, onde só há UM combo, obviamente mais poderoso que qualquer outra tentativa em outro estilo. Há diferenças secundárias entre os –isms, como o “bloqueio aéreo”, mas não é nosso intuito abordá-las nesta análise superficial do produto.
World Tour é o single player de Z3. Quem já jogou Soul Blade vai achá-lo parecidíssimo como o Edge Master Mode. Viaja-se de fase em fase, lutando em desafios com regras particulares, podendo ser por limite de tempo, sobrevivência ou embates nos quais somente os combos infligem dano! Com a progressão natural, pontos de experiência são agraciados, além de “ism-pluses”, acréscimos ao seu estilo escolhido. Exemplos desses upgrades podem ser: o próprio air blocking (para um estilo que não o tinha), carregamento instantâneo do medidor super, maior dano no medidor de defesa do rival, etc. Todos os ganhos do World Tour podem ser importados pelas demais modalidades.

Este é o Dramatic Mode: golpes maiores: o poder psíquico de Bison nele mesmo – que na versão japonesa é chamado de Vega (aquele “bonitão” que não gostava que arruinassem com sua cara)… Como esses caras fazem uma salada!
Além disso, há o tradicional modo Versus 1 contra 1. Mas a surpresa é o 1×2 (isso mesmo, até três controles poderão estar em ação), no Dramatic Battle, em que um mais casca-grossa tentará a sorte contra uma dupla na mesma luta. Pena que não haja também um Tag Tournament (2×2). Há ainda o Survival, contra CPU ou amigos também, na qual seu medidor de vida não volta ao normal e você tem de ficar de pé por quantos duelos puder!
GRÁFICOS
SFZ3 é maravilhoso. Os personagens estão maiores do que nunca, com mais cores e com uma animação fluida e arcadiana. Não esqueçamos, porém, dos belos backgrounds e da (pseudo)noção de 3D.
SOM
No mesmo patamar da série, ou seja, ótimo! O uso do som stereo é exímio no que diz respeito ao local da luta na tela. Se os personagens estão mais para a esquerda, o lado esquerdo da sua TV (opa, esqueci que para ela é o direito, hehe!) “liberará” sons mais altos. Toque interessante.
JOGABILIDADE
O controle do Dreamcast, mais uma vez, prova que sua má-fama para fighting titles não é vã: os botões superiores são completamente irresponsivos quando você mais precisa deles. Num jogo de corrida, por exemplo, estariam bem, mas para o gênero aqui tratado não é uma boa saída. Falando em solução, a única mesmo é comprar um daqueles pads que simulam a jogatina num fliperama. Barato não é!
CONCLUSÃO
A versão Dream mantém todos os modos e ainda adiciona outros em relação à versão PS; o hardware do DC, mais avançado, foi completamente bem-utilizado e proporcionou benefícios mil como personagens maiores, gráficos mais polidos (e coloridos!) e tempos de carregamento da mídia ainda mais irrisórios.
Agradecimentos a Jeff Gerstmann
versão 4 – 2005, 2006, 2011, 2024.
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