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seifuku densetsu: pretty fighter x (sat)

REVIEW N° 1057 DO NEWGEN

CONTEÚDO CONTRA-INDICADO PARA MENORES DE 18 ANOS

Saturn

Seifuku Densetsu:

Pretty Fighter X

F I C H A    T É C N I C A

Developer Sol

Publisher Imagineer

Estilo Luta > 2D > Erotic-fashion (galge)

Datas de Lançamento 16/06/95 (JP)

NOTA

7.1

Este jogo é pra…

(  ) passar longe  (X) dar uma jogadinha de leve  (X) dar uma boa jogada  (X) jogar freneticamente  (X) chamar a rua toda pra jogar  (X) um tipo específico de jogador. Qual? Gameplay, honestamente, em segundo plano diante da tarefa de tocar sanfona, mas se fosse pra eleger um game com que mais parece na mecânica, sem dúvida Street Fighter 2!  (X) incógnita

Vida útil estimada: 40h

Você já ouviu falar dos all-girl fighting games? Eles costumam estar abarrotados de fan service (vulgo material para bronha) e ataques e magias que chamam as atenções para as calcinhas e sutiãs das protagonistas, sempre desavergonhadamente expostas. Pretty Fighter X é apenas mais um, e se trata da continuação do mal-afamado e quase-homônimo Seifuku Densetsu: Pretty Fighter, de SNES, em nova roupagem (ou lingerie) 32 bits! Pois bem: o jogo 2 da série realmente trabalha com afinco para trazer um fan service quentinho até sua casa, sem necessidade de motoboys e gorjetas. Homem que não apanha feio (vide imagens) nem tem vez como ator: o negócio é assistir, ou operar as gatas com o seu controle remoto, quer dizer, o joystick do Saturn (e não me venham com duplos sentidos!). Mas, falando de maneira mais neutra e menos afetada, logo o newcomer vai entender que PFX é, na realidade, bem-comportado em comparação com alguns clássicos orgiásticos e sensacionalistas por aí afora, e que a Sega exagerou um bocado ao classificar o título como mature

O enredo ou pretexto de PFX é comédia pura; não tente levar nada na tela a sério, será perda de tempo e de libido. Verdade é, entretanto, que a comédia chega a ser elaborada, com opening e ending sequences para todas as selecionáveis. Não com gráficos habituais de Sega Saturno, mas em full motion anime! Se seu negócio é desenho japonês e garotas gracinhas com quesitos sexy, bem-vindo. As biografias não são exploradas tão a fundo na obra em si, mas, para aqueles sedentos por mais, o manual abastece-os com trivia.

Tem muito artwork. Achou que eu tava brincando com o negócio do fan service? Há toneladas de imagens irrelevantes das protagonistas vestidas nas fantasias mais insanas. Mas quem liga para “irrelevância” em games do gênero?… O importante é ser o mais banal e fútil possível! Normalmente uma das artes de cada beldade, pelo menos, será em biquínis ou disfarce dominatrix extravagante (mulher-gato, sadomasô, sabe comé que é o cortado…). Essas espécies de wallpapers serão seus prêmios por mandar bem no arcade mode (sim, tem isso também), então não espere ver erotismo (tão) gratuito (e em alta definição) por aqui enquanto não botar as mãos para trabalhar (epa)! A arte pode ser classificada desde o decente (até quando é indecente, se é que me entende) até o fora de série, mas vai depender muito dos critérios dos jogadores e espectadores (o que é uma caliente gal deve variar muito de cabeça pra cabeça – eu já disse pra pararem de pensar que TUDO é trocadilho nessa maldita matéria!).

Tem pra todos os gostos!

Mas, para além dos impressionantes e bem-renderizados segmentos de anime, Pretty Fighter oferece sprites coloridos e bem-feitos, com grossos contornos nas personagens, fazendo-as sobressair dos (igualmente empolgantes) fundos de tela. Nada em 1995 seria mais pervertidamente maravilhoso que isso. Todas as bem-dotadas são inteiramente dubladas, o que só aumenta o tesão para aqueles que curtem adolescentes, já que o vozerio das japas, sabe como é, mesmo se a seiyuu for uma quarentona, irá sempre suscitar gente mais novinha… O manual conta quem é a profissional por trás da voz de cada sirigaita (foram recrutadas realmente astros de primeira grandeza da indústria nipônica).

Não mexe com a escolar que ela fica brava!

Os comandos são êmulos de Street Fighter II, isto é, a interface possui 6 botões: soco e chute pesados, médios e fracos. Cada membro do cast possui sua special move list, mas não há supers, o que pode desapontar os gamers que não são da velha guarda. O elenco não é vasto nem muito balanceado, então este não é o tipo de jogo que figuraria em grandes festivais, concursos, casas de jogos seletas nem coisa do gênero. Na verdade, desde o início fica muito claro que o público-alvo de Pretty X não é o dos hardcore, mas o de amantes de gurias dos animes que incidentalmente também joguem games de porrada nas horas vagas, casando dois hobbies num só.

Lindos cenários de águas resplandecentes… Aliás, finalmente fotos da gameplay de novo, né, reviewer babão?!?

De uns tempos pra cá criaram um rótulo para essa indústria do “hormônios à flor da pele valem mais do que uma gameplay perfeita”: o gênero galge. Galge atende por uma abreviação de “gal game”, jogo COM garotas, mas não PARA garotas; ou não SOMENTE para garotas, pois nada as impede de curtir esses lançamentos, assim como nós homens. Nem sempre os galge games são ruins, embora quase todos sejam espetaculosos demais para não deixar essa impressão. Gals Panic (Arcade, 1990) é um que escapa da superfluidade, armadilha típica do estilo. Pretty Fighter X, este em questão, eu chamaria de mediano. Interessados por fan service podem seguir adiante, mesmo sem noção alguma de japonês (os menus são simples). Não esperem, todavia, algo como a gameplay onírica de Street Fighter III ou mesmo de Asuka 120%, o rei dos galges (mas menos agressivo sexualmente)! Angel Eyes é o melhor galge dentre os pouco famosos. Variable Geo é o mais picante de todos enquanto mantém certa qualidade na jogabilidade.

Volte sempre 😉

Rafael de Araújo Aguiar – também conhecido como “Cila” nos círculos íntimos – é funcionário público na área da educação e um tanto apaixonado pela forma velha de se programar jogos

Lista de agradecimentos

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