pílulas de reviews rafazardly #16
o que é uma pílula? vários micro-reviews tematicamente relacionados numa só página ou um review único de menos de 800 palavras!
obs: nós não seguimos o acordo ortográfico lusitano de 2009!
Por Rafael de Araújo Aguiar
Arcade & 32X

Space Harrier
F I C H A T É C N I C A
Developers Sega, Rutubo Games (32X)
Publisher Sega
Estilo Ação > Rail Shooter
Datas de Lançamento
ARC
12/85 (JP/EUA)
32X
03/12/94 (JP), 1994 (Ásia/EUA/EUR/OCE)
NOTAS
7.2 (ARC)
7.6 (32X)
Oconceito é controlar um soldado que possui um canhão super-poderoso (sim, é esse o nome dele) e a habilidade de saltar muuuitos metros, mais ou menos como o homem na Lua. É uma experiência e tanto. Engraçado é que, assim como After Burner, é um sucesso das antigas dos fliperamas que veio a ressurgir num console da Sega que pregava modernidade acima de tudo. Curiosamente, Space Harrier II saiu para o predecessor Genesis e o III foi cancelado!

A premissa é extremamente simples na teoria, mas muito viciante. E necessita rapidez e prontidão dos dedos do jogador. Há apenas duas ações que se pode controlar: mover-se e atirar. Se estiver perto o suficiente do chão, correrá ao invés de “voar”. E ele estará sempre se movendo para frente em caráter automático, com o intuito de completar o nível. Falando em fases, são 18, duas apenas bonus stages. Nelas, muitas naves, robôs, dragões (!), elefantes ciclopes (!!) farão QUALQUER coisa para destruí-lo. Nas fases de bônus excepcionalmente o soldado Harrier estará junto de um amigo, o Dragão da Justiça Uriah, tentando destroçar o máximo de objetos/seres que puder, tudo em busca de pontos. Na verdade não estão à altura das outras fases, mas servem como um bom “recreio” entre os perigos dos 16 estágios convencionais. Dica: engana-se quem acha que o fogo inimigo é a pior coisa e que tudo vale para evitá-lo, pois as colisões com árvores, cogumelos e qualquer outra coisa “besta” dos caminhos retiram muito mais life do explorador… No início, as coisas são mamão-com-açúcar, mas o número de obstáculos aumenta tanto de estágio para estágio que cedo você estará no limite do olho humano e de seus reflexos se quiser avançar.
O sistema de continues, a propósito, é meio estranho (porém, sempre gostamos de inovações!): morrendo dos níveis 1 a 5, você sempre terá de recomeçar do 1. Morrendo do 6 ao 12, começa-se do 6. Morrendo-se do 13 ao 18 você começa do… Ah, vamos lá, sei que você pode resolver esse enigma! O número de repetições é ilimitado, de modo que o jogador insista quantas vezes achar necessário. Para não ter problemas com isso (repetir fases a valer), valem alguns conselhos de bom estrategista: repare que os inimigos sempre “miram” no seu personagem, então nunca se mantenha numa mesma linha; com muitos inimigos aparecendo, se mova em círculos; destrua logo no ar todos os objetos quebráveis que puder para não ter problemas ao atingir o solo; evite correr pela grama.

Excelente visual. Claro que ajuda ser tudo bem bonitinho, cada polígono e sprite no seu devido lugar, no entanto aquilo que faz a diferença é a originalidade, para variar. O estilo do desenho de SH é único. Há muito mais cores do que qualquer detentor de Mega Drive já sonhou em ver na tela. Podem explodi-lo de euforia porque elas ficam ainda mais belas quando contempladas em velocidade – vira um verdadeiro arco-íris caleidoscópico. Velocidade, aliás, é o que não falta ao título. Um framerate que fosse superelevado foi a principal meta dos desenvolvedores. Eis a razão, talvez, de não ter debutado no Mega Drive: o console é conhecido por suas fracas especificações técnicas na hora de mostrar muitas tonalidades na paleta e não consegue rodar games a mais de 60fps – e nem próximo disso com tanta constância. O blast processing era tudo mentira!
Som vibrante, o melhor aspecto de Space. E está fidelíssimo à poderosa placa de som das gruas de rua, o que é louvável. Será uma sensação nostalgicamente ótima para quem jogava na época ouvir os “You’re doing great” e “Get Ready!” uma vez mais… E qual é o estilo da trilha? Muito eclética, não há uma definição existente para o tema de abertura, por exemplo. Talvez “psychedelic synthesized electro-rock for Adventure games” seja um esboço rascunhado de definição, porque é impossível distinguir uma coisa no meio da outra (embora o produto final seja inquestionavelmente positivo)!
SH é uma adaptação dum Arcade de 1985. Um excelente jogo cujo maior trunfo era a simplicidade de ser jogado e que no 32X teve seu status elevado ainda mais. Outras versões não-consideradas Arcade-perfect serão resenhadas em separado noutro momento (numa das bizarrices do mundo dos games, até o Nintendinho recebeu sua rendição).
Agradecimentos a wcmiker
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