review 0ldbutg8ld #1110
obs: nós não seguimos o acordo ortográfico lusitano de 2009!
Por Rafael “Cila” Aguiar
PlayStation

Chippoke Ralph no Daibouken: The Adventure of Little Ralph

| F I C H A T É C N I C A | ||
| Developer(s) New Corp. | ||
| Publisher(s) New Corp., Ertain (2007) | ||
| Estilo(s) Ação > Plataforma > 2D Ação > Fighter > 2D Ação > Hack ‘n’ slash | ||
| DATA(S) E REGIÃO(ÕES) DE LANÇAMENTO | ||
| 03/06/99, 26/07/07 (PSOne Classics) | ||
Também incluso na(s) compilação(ões):
| N.A. |
Quem jogar este também poderá gostar de:
(Em vermelho, os jogos que já revisamos – se não estiver linkado, ainda não foi “upado” no novo blog.)
Choukousoku GranDoll (PS)
Goemon: Shin Sedai Shuumei (PS)
Hermie Hopperhead: Scrap Panic (PS)
Kitchen Panic (1998) (PC/PS/X)
Lode Runner: The Legend Returns (PC/PS/SAT)
Magical Pop’n (SNES)
Silhouette Mirage (PS/SAT)
| NOTA(S) |
(Cada escore é uma média dos principais portais de games na web e revistas antigas quando for o caso, e também engloba a opinião dos gamers visitantes, além da crítica especializada; não necessariamente reflete meu ponto de vista sobre o jogo.)
7.8
| ESTE JOGO É PRA… | |
| ( ) passar longe | (X) dar uma jogadinha de leve |
| (X) dar uma boa jogada | ( ) jogar freneticamente |
| (X) chamar a rua toda pra jogar | (X) uma incógnita |
| (X) tipos específicos de jogador. Quais? | |
- Quem ama Goemon, Klonoa e Tomba! (jogáveis no próprios PSX) ou lançamentos inusitados do Nintendo 64 como Mischief Makers e Yoshi’s Story, ou ainda os Strider 16 bits;
- Quem já cansou de zerar Castlevania:SOTN a tetralogia “X” de Mega Man do hardware, e gostaria de checar o que mais se aproxima de um Metroidvania em segundo lugar, mas sem consumir a mesma quantidade de horas até ver os créditos;
- Quem aprecia uma mecânica absolutamente diferente na hora do chefão!
| FAIXA DE VIDA ÚTIL ESTIMADA | De 15h a 20h. |
Um platformer 2D de 1999 MUITO DESCONHECIDO, jamais ocidentalizado, com uma pitadinha de Street Fighter…



Chipokke Ralph no Daibouken, conhecido pelo sufixo The Adventure of Little Ralph no Ocidente (doravante nos referiremos ao jogo como TALR) possui duas peculiaridades imediatas. Pensando bem, possui 3 peculiaridades bastante imediatas, agora que parei para pensar no número “2”: 1) só foi lançado no Japão, então é até estranho que seu protagonista e parte do título sejam anglicizados; 2) NÃO é um game estrelando o Ralph mais famoso, da Disney, de Detona Ralph/Wreck-It Ralph; 3) é um dos poucos Plataforma 2D do PlayStation – aliás, é um dos poucos bons Plataforma 2D do PSX, o que é dizer muito! Num tempo em que jogos tridimensionais eram priorizados e os “velhos e ultrapassados” side-scrollers limados até pela própria Sony, apenas corporações como a Konami, a Capcom e uma ou outra menor e igualmente valentona, como essa New Corp. (New quem? obscuríssima!), tinham a coragem de lançar jogos do tipo. Daí os dois pontos principais sobre o jogo virarem de súbito três, quando se olha o catálogo do PlayStationOne… Talvez uma 4ª característica, na que eu seria capaz de apostar, seria: VOCÊ nunca ouviu falar de TALR – e não sabe o que pode estar perdendo!



Nos segmentos introdutórios, principalmente na vila que é a primeira fase, a disposição das frutas e itens em geral na tela será sempre em arcos “amigáveis”, orientando o jogador sobre como se conduzir nos saltos plataforma… Isso vai gradualmente se modificando até que nos últimos níveis a localização das frutas levem o jogador a freqüentes armadilhas mortais… tentando-o a pecar! Genial.
Para dizer a verdade, o problema com o 2D veio inteiramente da Sony of America: a Sony Nihon sabia mais e para ela o título foi muito bem-vindo! E pensar que hoje o PS4 e o PS5 transbordam de 2Ds indies que nunca teremos tempo de jogar na vida!… Muita água rolou por debaixo da ponte, talvez a mesma ponte do Castelo do Bowser fake assim que o Mario detonou a área, abandonaram o local e deixaram a lava represada jorrar para fora (ei, isso não seria perigoso e anti-ecológico?!…), e aqui estamos, tentando recuperar o tempo perdido e ajudar, como podemos, na preservação dessa jóia desgastada!… A data de lançamento de TALR, o fim do ciclo de primazia do console, também não ajudou.



TRAMA
Logo de cara somos brindados com uma cutscene surpreendentemente sombria, considerando a caixa do jogo, que nos induz a imaginar um mundo kawaii regido pelo cânone dos traços estilizados do anime e mangá: demônios incendeiam e exterminam os residentes de um vilarejo. Ralph, um homem adulto, confia em suas aptidões guerreiras e não recua diante do gárgula ominoso em seu campo de visão – mas é vitimado por uma mágica maligna que o converte numa inofensiva criança (hmm, já vi isso em algum lugar!). Valgo, o demônio halterofilista (olha só o shape do “cara” nas imagens…), é o vilão da estória e o responsável por essa maldade sem tamanho (pun). Para piorar, Luticia, amiga ou interesse amoroso do herói, perita ela mesma em magia, tenta se vingar lançando um feitiço sobre Valgo, mas ele era fraco demais e não surtiu qualquer efeito. Obrigado a prestar atenção em sua atacante, o demônio decide capturá-la, vendo que isso desmoralizaria ainda mais o heróico humano que pensou que poderia vencê-lo, e bater em retirada a seguir, triunfante. Mal sabia Valgo que seu maior erro foi deixar o destemido – e agora também tampinha – Ralph vivinho da silva, pois a vingança é um prato que… se come aos poucos, quando se trata de old school gaming! Antes mesmo de meditar sobre como poderia remediar a situação, que chegou ao extremo dos extremos, uma espada sagrada com vontade própria aparece e se oferece ao protagonista – com este novo poder ele poderá compensar o vigor dos anos que lhe foram roubados. Ao longo da jornada a espada terá power-ups a receber, para nivelar Ralph com os piores demônios da hoste adversária.



GAMEPLAY
Ao contrário do supracitado Mario e de Sonic quase todo o tempo, ser-lhe-á prejudicial pular sobre os inimigos nesta aventura. Em vez disso, melhor confiar na amizade inusitada recém-obtida: use a espada! Um ataque regular é feito com Quadrado. X, por óbvio num Plataforma, pula. Mesmo agachado e no meio de saltos é possível brandir sua espada (cai-se com a lâmina para baixo, movimento idêntico ao critical hit de jogos Ys modernos como Ys Origin), belíssima vantagem (inclusive recomenda-se usar para baixo no direcional + Quadrado ainda no chão também, que desfere um movimento de slash, rasteira armada!). Segurar Quadrado mais tempo que o normal carrega um ataque mais poderoso para lidar com inimigos mais resistentes ou para enfileirar demônios na rajada poderosa, convertendo seu ato de dizimação num strike de jogo de boliche, além de poder rebater, como se fosse um taco de beisebol, projéteis arremessados pelos rivais. Adivinha só: Triângulo e Bola sequer são usados no jogo, sem falar dos L e R do controle, e mesmo assim os comandos têm uma densidade estúpida!…



Esse maldito tá mesmo peidando?
Você com certeza preferirá iniciar esse jogo no easy. Não banque o machão, garoto – você virou um garoto, lembra? –, o nível de dificuldade aqui obedece aos parâmetros inexoráveis do old school, então não ache que vá ser uma exibição de gala! Ralph possui 2 pontos de dano apenas; mas se você escolhesse a dificuldade normal (graças a Indra NÃO EXISTE um hard mode) seria ainda pior, e teria que manifestar erro zero para passar de fase (one-hit-kills)… O problema é que o easy mode não mostra o final verdadeiro – mas para isso é que existe o replay de um jogo! Caso contrário, TALR não duraria nem 10 horas. A quem se pergunta se estamos diante de um “candidato a Battletoads ou Contra”, nem tanto à terra, já que não fomos ao espaço sideral, camarada: continues infinitos e uma boa dose de checkpoints (marcos de “renascença” não muito afastados um do outro) aliviam a tensão e deixam o jogo amigável o suficiente – o que não quer dizer que a memória e o aprendizado devem ser descartados em TALR! Por isso não coloquei Contra nos jogos “similares” a TALR no cabeçalho (levando em conta que ele é tão singular, foi árdua tarefa encontrar aqueles que achei “menos não-parecidos”), preferindo algo mais toned-down como Lode Runner no PS1.



No easy são dois chefes pelo caminho, e a zeração vem depois de derrotar o segundo boss (sem contar uma catarrada de minibosses). Esses confrontos são pra lá de especiais, porque são num 1vs.1 estilo Street Fighter II, com barra de life e tudo, alterando completamente a jogabilidade (por algum motivo, talvez honra, os demônios devolvem o corpo original de Ralph, temporariamente… brincadeira: é uma concessão de sua espada mágica!). Claro que a complexidade não é a mesma de jogar um full Capcom fighter, mas já satisfaz os brawlers casuais. Serão ao todo 5 fases.



A partir do normal mode, a verdadeira aventura que os programadores desenharam ou idealizaram,o seu jogo virtualmente dobra: em dificuldade e em extensão, pois serão 3 níveis extras e 4 confrontos “excepcionais” com demônios mais fortinhos (ou seja, 2 que você ainda não havia enfrentado no mano a mano). Durante essas batalhas, p.ex., X e Quadrado servirão de slashes, os únicos botões de “soco e chute”, para parafrasear o vocabulário dos fighters típicos. Mas não é só: para trás no direcional ativa o bloqueio, e é possível variar os botões de ataque com direções e efetuar certas combinações para combar ou magiar! O bloqueio é fundamental, porque o adversário também gosta de usar uma estratégia de cautela, e poucos clean hits poderão resolver o páreo, embora eles sejam difíceis e raros de encaixar. Golpes bloqueados por um ou pelo outro arrancam só um tiquinho da barra de energia, então nem vale a pena apostar só neles – toda vez que você ataca, já abre uma brecha para ser golpeado de guarda aberta, não esqueça!



A fim de recuperar seu corpo e sua amada, Ralph não pode pensar em não surrar mulheres que cruzarem seu caminho também (nem mesmo se forem deusas)!
Voltando a falar dos segmentos Plataforma, é verdade que com um item de “escudo” você fica com 3 hits no easy, e 2 no normal (o verdadeiro hard!). O jogador deve usar todas as vantagens que conseguir coletar pelo caminho: a espada azul, ou antes a magia azul para sua espada, aumenta o raio de alcance de suas estocadas; a magia vermelha concede a Ralph disparos de bolas de fogo, que maravilha! (não podia ser um semi-fighter sem uma espécie de hadouken do Paraguai, certo?); frutas pelo caminho são sua unidade de pontuação básica, típica de um platformer, premiando Ralph com uma vida a cada 50 mil pontos (calma, não são 50 mil frutas, já que elas são apenas multiplicadores de pontos, medidos à conclusão do estágio); corações, que se coletados em sua totalidade num dado percurso (são 5) dão o mesmo prêmio (1-up) de forma menos esforçada; e, finalmente, Feirio (ou BaroBaro, conforme a fonte?!) é um amigo feérico peludinho (incrivelmente muito menor que Ralph criança) que, uma vez encontrado, poderá ajudá-lo como parceiro autônomo, sendo ainda controlável por um segundo jogador humano, o que torna TALR um multiplayer cooperativo (pense nos bichos de Donkey Kong Country, especialmente o papagaio, ou no assistente-robô de Jet Force Gemini).



Voltando a falar – pela última vez, nesse tópico –, das lutas 1-contra-1, elas duram apenas 1 round (com uma exceção)… e o tal Valgo é bem apelão! (eu ouvi alguém gritando Geeeeese Howaaard!!! lá longe?) Há várias rotas paralelas, o que diversifica bastante o hack ‘n’ slash atrás de retribuição, do seu corpo e da sua amiga de volta, e apesar de não haver uma tela do mapa as transições entre os níveis são graduais e não soam súbitas ou forçadas, com Ralph literalmente se deslocando do fim de um estágio ao ponto inicial do próximo on-screen. E cada nível é bem diferente dos demais, mais um ponto pró.


GRÁFICOS
Cá estamos diante de um daqueles artworks “quase caseiros” que nos deixam à vontade, se bem que a temática “semi-terror” também passe aquela impressão épica de Altered Beast, que remanesce no ar ao longo da jornada (o número de mortes gráficas inéditas baseadas no que mata Ralph, de espinhos a gases venenosos, passando pelo simples afogamento ou aniquilamento por um ou outro baddie, é algo admirável). E é tudo sprite, nada de polígonos envelhecidos de 1999, e os cenários e animações dos personagens são de muito bom gosto – sem falar nos backgrounds embasbacantes! Dá só uma olhada na bizarrice e surrealismo da maioria dos oponentes convencionais: provocam um misto de medo (atenuado, admito) e vontade de estraçalhar a cara dessas criaturas com sua lâmina!

Vamos falar um pouco do “corredor de fogo” que é o estágio final 8 (uma paródia dos estágios “X”-4 de Super Mario Bros.? jamais saberemos ao certo): um dos segmentos de ação e plataforma mais brutais à disposição (jogue no easy, já avisei!). O primeiro quarto (8-1) é infestado de inimigos e armadilhas no cenário; o segundo quarto é a parte mais manejável da fase; o segmento 8-3, entretanto… doze salas ou cômodos temáticos (à la Ganon’s Castle em Zelda: Ocarina of Time, rememorando um pouco de tudo o que o gamer enfrentara até aquele ponto!) que forçam o jogador a chegar ao limite de seus reflexos e habilidades acumuladas experimentando a inércia de Ralph e os talentos de sua espada… Depois de tudo (8-4!), ainda será necessário encarar o final boss com uma única barra de life duas vezes (2 rounds), sendo o segundo embate ainda mais complicado… Good luck! Ralph pode ser zerado no easy em menos de 2h, mas chegar a este final perfeito é que pode fazer este CD render dezenas de horas de diversão e aflição em sua vida!
SOM
Sempre gosto de dar os créditos da parte musical, ainda mais quando a trilha sonora é boa: Hiroki Kuroonuma, Naoki Tsuchiya (também o implementador dos efeitos sonoros mega-retrô) e Hideki Sato foram os compositores. As composições “não ligam” para o poder do CD-ROM, preferindo emular as capacidades sonoras de um PC japonês da época para a qual o jogo foi inicialmente concebido (início dos 90, com espírito nostálgico de anos 80) – e isso NÃO é uma crítica, mas um profundo elogio! A OST foi lançada em separado postumamente, em 2009, pelo selo EGG Music. Mas como você não irá pagar por algo que ainda não conhece, inseri abaixo o link direto para esta majestosa trilha duma intrigante jornada, que dura pouco menos de 80min!
Momentos prediletos (tudo é tão Castlevania 8-bit!): Stage 2-1 Casua Aqueduct; Stage 3-1 Into the Darkness; Stage 3-2 Resonance of Pyramid; Stage 4-1 Lost Continent Donan (masterpiece sereno cheio de evoluções; Stage 4-2b Truck of Fire (do estágio em que você é levado pelo carrinho de mina – garanto que a experiência será mais parecida com jogar um Ninja Gaiden que Donkey Kong graças à parte sonora!); Stage 5-2a Revenge of Wiki (espero que não da Wikipedia, pois eu a uso bastante!); Stage 5-2d Ice Skeleton; Stage 6-1a Great Battleship Queen Desta; Stage 8-3b 13th Corridor (convenhamos, muitos dos jogadores nunca chegarão a ouvir essa música jogando – desistirão antes!); High and Alone; Mt. Etona; Travant the Big Lizard; Boss 5 Valgo Easy Mode; Boss 6 Jugler the Bone Dragon; Boss 7 Ferica the Sad Goddess; Boss 8 Destarroza True Form (em um teste cardíaco, compete de igual para igual com a faixa Truck of Fire!); Ending – End of Nightmare.


Vibes de Donkey Kong Country na fase do carrinho de mina…

SPOILERS Valgo não é o verdadeiro último chefe!
PALAVRAS FINAIS
Aparentemente a New Corporation (jamais tinha ouvido falar) foi extinta – ou está em sono criogênico – em 2008 após alguns lançamentos para DS… Se a qualidade média dos jogos da companhia estiver em sintonia com o que se vê em TALR, a (suposta) falência foi realmente uma pena e uma injustiça. Infelizmente tenho motivos para crer que outros jogos podem não ser da mesma safra, e ajudem a explicar a falta de êxito no competitivo mercado: Boxer’s Road, um jogo de boxe estilo simulação (quase sempre chato, portanto, ainda que a mecânica seja bem-feita), um dos primeiros do PSX no ramo, é conhecido pela sua ruindade – e talvez explique por que na empresa tinha gente querendo programar seções de luta num jogo de outro genre!… Ah sim: é possível praticar o modo lutinha contra um amigo humano também, depois de enjoar do modo solo ou cooperativo (desde que você tenha destravado o true ending – um dos 2 pode escolher algum demônio na tela de seleção, para não jogarem apenas como carbon-copies de Ralph)!

Boxer’s Road, 1995
Poucos são os excelentes 2D platformers de PlayStation1 (diria que até os 3D de bom nível são raros!), e aquele dentre eles que fornece lutas com chefes no estilo Tekken é, além de um bom investimento, absolutamente único. Com tudo isso, você ainda vai deixar passar? Ralph, não sei por onde você anda, mas sua “franquia” de um jogo não fez feio quando apareceu (e desapareceu) em 1999!

Destarroza, o verdadeiro final boss (um humano, indicando que talvez ele escravizasse os demônios para cumprir suas vontades), tem suas duas formas selecionáveis no novo modo de jogo multiplayer: desde que você o derrote primeiro, é claro!
CURIOSIDADES
1. LONGO PROJETO!
TALR começou a ser desenvolvido em 1991, 4 anos (3 anos, no Japão) antes da chegada do próprio PlayStation, desafiando a percepção de que longos ciclos de desenvolvimento redundam em jogos no máximo medíocres… A intenção era que o Sharp X68000 fosse o palco das lutas de Ralph, mas, com o decorrer do tempo, a obsolescência deste computador e o poderio gráfico do PSX no horizonte (e, além disso, a decadência prematura do Saturn, que era um hardware ainda melhor para sprite-based games), tornou-se uma questão óbvia migrar a produção de destinatário. A equipe desenvolvedora declarara em entrevistas, ainda em 1991, que o objetivo era ressuscitar o gênero side-scroll, que andava já em baixa, com algo original e chamativo – conseguiram!
2. OLD SCHOOL – E COM MENÇÕES HONROSAS!
O designer Aoyagi Ryuta cita 3 influências principais para a montagem e calibragem de TALR: Wonder Boy, 1986, múltiplas plataformas (principalmente no feeling da gravidade), Rastan Saga, 1987, múltiplas plataformas (o uso de uma espada versátil como arma primordial) e Quartet, 1986, múltiplas plataformas (na velocidade impressa à ação), nenhum dos quais citamos na matéria. Uma coincidência é que todos os 3 saíram para o Sega Master System, Commodore 64, Amstrad CPC, ZX81/Spectrum e Arcades, mas em média também tiveram conversão para outros 3 ou 4 aparelhos cada um, mostrando a riqueza de “saídas” do mercado oriental para jogos das mais variadas índoles, ainda que a Nintendo exercesse muita pressão na indústria com seu “monopólio”!
3. VINTAGE ATÉ O OSSO
Um jogo raro que foi relativamente reconhecido, pelos ultra-especialistas, anos e anos depois… todos os ingredientes requeridos para colocar-se as cópias físicas invioladas de TALR na primeira prateleira, em termos de dificuldade de obtenção, dos alvos para game collectors. Numa palavra: garantia de preços altíssimos para quem ainda procura jogar TALR da forma clássica (ou só deixar a caixa enfeitando a própria sala de estar). Quem pode, pode – para quem prefere a ISO, ela tem só 97MB, dá pra acreditar? Foi através dela que eu forneci esta resenha a vocês. Com esse tamanho de mídia, TALR podia ter sido lançado “tranqüilamente” (na verdade seria um cartucho bojudo, mas não impensável) para Nintendo 64. Tamanho compatível com os mais obsoletos arquivos de emulação disponíveis, ROMs! Voltando ao assunto “mercado de vendas em segunda mão” (já que não existem mais cópias não-vendidas em lugar algum), alguém aí palpita quanto Chippoke Ralph está valendo no ebay ultimamente? Eu respondo: R$ 2.373,88 + frete (confesso que achei que seria ainda pior)! OBS: Por um tempo (a partir do 2º semestre de 2007) o jogo foi disponibilizado digitalmente para PSP e PS3, mas hoje essas lojas virtuais estão desabilitadas –– incentivo maior à pirataria não existe!

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Lista de agradecimentos pela cessão de imagens e informações:
CLASSIC-GAMES.NET/
lordmrw
GAMEFAQS
Hani_Baal
MOBYGAMES
CKeen The Great
SHMUPLATIONS.COM/
WIKIPEDIA
https://en.wikipedia.org/wiki/The_Adventure_of_Little_Ralph
YOUTUBE
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