pílulas de reviews rafazardly #2
o que é uma pílula? vários micro-reviews tematicamente relacionados numa só página ou um review de menos de 700 palavras!
obs: nós não seguimos o acordo ortográfico lusitano de 2009!
Por Rafael “Cila” Aguiar
PC, PlayStation2 & Xbox
The Da Vinci Code
F I C H A T É C N I C A
Developer The Collective
Publisher 2K Games
Estilo Action Adventure > Ênfase em puzzles
Datas de Lançamento:
PS2
15/05/06 (EUA), 19/05/06 (EUR)
PC
19/05/06 (EUA, EUR)
X
19/05/06 (EUA, EUR)
NOTA
5.8
Este jogo é pra…
(X) passar longe ( ) dar uma jogadinha de leve ( ) dar uma boa jogada ( ) jogar freneticamente ( ) chamar a rua toda pra jogar ( ) um tipo específico de jogador. Qual? ______ ( ) incógnita
Obra adaptada para os videogames com base na adaptação de Ron Howard para os cinemas do best-seller de Dan Brown. O produto de primeira mão em formato literário já é questionável, quem dirá o de terceira!
A quantidade de diálogos que teve de ser transposta para preservar a fidelidade em relação ao original pode aborrecer os gamers mais acostumados com ação gratuita. Resumindo rapidamente, O Código da Vincié uma trama detetivesca que gira em torno de um assassinato que acaba excedendo todas as proporções, dando ensejo a complexas teorias da conspiração e pistas elaboradas num nível de detalhamento tão absurdo que beira o ridículo (maioria delas produzidas pelo assassinado, uma espécie de fanático), além de saltos e reviravoltas propiciados por deduções lógicas dos investigadores nem sempre fáceis de acompanhar por parte do leitor/expectador/jogador. A descoberta chocante que resulta de tudo isso poderia reescrever a História e comprometer a instituição chamada Igreja Católica. Já podemos passar adiante?
Os protagonistas da estória de ficção científica são absolutamente sem-vida na versão gamística (o simbologista e suspeito do assassinato Robert Langdon e a criptógrafa Sophie Neveu). Não possuem maneiras ou tom de voz de pessoas, no sentido mais lato da palavra: parecem robôs programados estritamente para quebrar seqüências numéricas, resolver quebra-cabeças e completar anagramas (o que há de montão no título). Não se sabe o que é mais porco: o trabalho de dublagem desalentador ou a animação dos bonecos. Obviamente que nem 100% dos passos da aventura são reproduções exatas do conteúdo do livro ou do roteiro de cinema, caso contrário seus mais autênticos fãs não encontrariam a menor dificuldade na resolução dos desafios. Há algo de original na peça. Mas na essência podemos chamar OCdV de “Tomb Raider piorado”.
Quase todos os objetos dos cenários são interativos. O famoso retrato da Mona Lisa terá de ser minuciosamente explorado com uma lanterna de luz negra para revelar seus segredos, monges e até policiais contrários aos intentos da dupla de detetives terão de ser parados de alguma forma (às vezes pela violência), entre outras situações inusitadas. Nada que faça frente às obscuridades medievais instigantes de um Umberto Eco em O Nome da Rosa…
As lutas são um pouco bizarras, sendo necessário que o gamer aperte os botões mostrados na parte inferior da tela para provocar dano nos adversários. Para bloquear as investidas dos rivais, vale o mesmo procedimento. Um erro compromete todo o “turno”. A desvantagem dessa inovação que torna as partes de ação mais divertidas que em um simples beat ‘em up é a duração longa de cada duelo.
Alguns trechos do game parecem de uma versão beta, já que bugs inexplicáveis fazem o personagem entrar em objetos sólidos ou travam o andamento da narrativa (talvez não haja coisa que frustre mais os jogadores!).
O tempo estimado para terminar o jogo é 10h, supondo que o desafiante não seja nem muito ruim nem tenha um desempenho excepcional nos puzzles. Há itens secretos não-vitais para o fim do enredo, mas que ajudam a destravar artworks e missões-bônus. Como não poderia deixar de ser, a versão PC é levemente superior às de videogame, que são idênticas entre si. Usar o mouse e o teclado nesse tipo de game é uma boa pedida.
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Lista de agradecimentos pela cessão de imagens e informações:
Greg Mueller e Wolverinefactor.
versão 2 – 2012; 2023.
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