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circus charlie (arc & nes)

Arcade & Famicom

Circus Charlie

F I C H A    T É C N I C A

Developer Konami (ARC), Soft Pro (NES)

Publisher Centuri (ARC, EUA), Leisure AI (ARC, OCE) Konami (JP)

Estilo Old school Action

Datas de Lançamento

ARC – 1984 (EUA, JP, OCE)

NES – 04/03/86 (JP)

Também incluso nas compilações (versões ARC, C64, MSX, NES todas reunidas):

Konami 80’s Arcade Gallery (ARC)

Konami Arcade Classics (PS)

Konami Classic Series: Arcade Hits (DS)

NOTAS

7.2 (ARC)

6.4 (NES)

Este jogo é pra…

(  ) passar longe  (X) dar uma jogadinha de leve  (  ) dar uma boa jogada  (  ) jogar freneticamente  (X) chamar a rua toda pra jogar  (  ) um tipo específico de jogador. Qual? ______  (X) incógnita

Por que Charlie ao invés de qualquer outro nome próprio para batizar um circo? Sinceramente eu não sei, e não seria a ausência dessa resposta que me impediria de jogar este cartucho de Famicom lançado em 1986, mais conhecido na América por sua versão Arcade (fliperama).

À esquerda, embaixo, um medidor da distância já percorrida

Qual é o conceito por trás de Circus Charlie? Não espere por coisas muito sofisticadas. Simplicidade sempre foi o segredo do primeiro videogame da Nintendo e, aliás, d a era 2D quase inteira. Apenas o A e as setas do direcional são empregadas no título. Você encarna um palhaço em pleno picadeiro. Não que a tarefa aqui seja contar piadas ou soar engraçado diante da platéia, mas isso também tem pouca importância… Não tem muito para onde fugir: ora você terá de pular por arcos em chamas (adestrando leões a fazê-lo, mais propriamente), ora desviar de macacos enquanto se equilibra nas alturas sobre uma corda, ou, senão, sua obrigação será pular de bola em bola enquanto cavalga um cavalo (?!).

Todos os procedimentos são fáceis, e o segredo é ser ágil. Maioria do tempo exige que você mantenha => pressionado no direcional (o movimento do protagonista é automático, mas isso acelera sua corrida, assim como <= – esquerda –, supondo que você corre da esquerda para a direita, dá uma “freada” no palhaço), enquanto calcula os momentos certos para dar pulos com o A, até a linha de chegada (uma coisa que deve ser observada é que não há controle da intensidade do pulo do personagem, como em Super Mario Bros., conforme você aperta a tecla de ação mais forte ou mais fraco, de modo que o palhaço só dá saltos uniformes). A platéia fica verde (de inveja?) à medida que seus pontos são distribuídos, se obtiver sucesso! Um modo de prolongar a diversão será tentando quebrar os próprios recordes depois. Há, também, um segundo nível de dificuldade (o “B mode” do menu principal), recomendado para aqueles que já mestraram os controles. Acredite, 15 minutos são o bastante – a dificuldade foi bastante reduzida dos comedores-de-ficha para o NES!

O modo para 2 jogadores não é bem uma interação entre duas pessoas com dois joysticks diferentes, mas apenas uma espécie de revezamento, pois cada um joga num turno. Após passar o bastão (ou retângulo cinza), tem-se de esperar o outro morrer para ser novamente a sua vez. Ok, num jogo de temática tão infantil, não se morre, no máximo se machuca ou se falha! E nada de vaias traumáticas também!

Obviamente, a paleta de cores não é muito rica, haja vista ser um game de primeira geração do console. É possível contar os matizes nos dedos. A caracterização do ambiente circense foi feita com o máximo de empenho dos programadores, no entanto. O jogador jamais vem a controlar ou mesmo contracenar com o misterioso elefante com o corpo quase todo atrás das cortinas, mas ele está lá, observando seus movimentos esforçados: excelente plano de fundo!

Digamos que não seja um produto durável. Seu tempo já passou. Os side-scrollings ficaram muito mais atraentes e esmerados ainda durante a vida útil do 8-bit da Nintendo.

ADENDO 2023

Além de no NES japonês e nos Arcades em 3 continentes, versões aqui laconicamente resenhadas, CC foi lançado para os computadores MSX pela Konami no Japão e na Europa, afora uma versão limitada da publisher Casio, algumas semanas após a data de publicação original no hardware (julho de 84). Uma versão-clone do MSX seria disponibilizada para o Virtual Console Wii U (em 2015)até a abrupta descontinuação do serviço, dessa vez só no Japão. Além disso, o Commodore 64, outro computador, ganhou seu Circus Charlie. É bom lembrar que ao contrário do MSX o C64 fez sucesso tanto nos Estados Unidos quanto na Europa, não sendo uma máquina popular no Oriente. E é por isso que, no referido PC oitentista que não rodava em MS-DOS, Circus Charlie também desembarcou nos 2 continentes a nós familiares em termos idiomáticos: na Europa em 1987 e na América do Norte em maio do ano subseqüente. A Konami foi 100% developer/publisher. Como se vê, essa é uma versão mais refinada, posterior ao primeiro port, de MSX, e à adaptação de NES, que não podia ser Arcade-perfect.

A quem se indignou com o shutdown do Virtual Console, a boa nova é que desde 2020 Circus Charlie também é adquirível via Switch eShop, mundialmente, integrando a exitosa série para os “vovôs gamers” Arcade Archives. Como a Konami anda meio relapsa em sua divisão de games, a responsável pela adaptação dessa vez foi uma companhia chamada Hamster. Sonistas não precisam se sentir excluídos da festa retrô, uma vez que a PSN também entrou no negócio, inclusive no mesmo dia (6 de agosto). Boa sorte, entretanto, se você for um colecionador de mídias físicas!

Agradecimentos a The_Returner123 e ImperialScrolls do GameFAQs.

Rafael de Araújo Aguiar

versão 2 – 2011; 2013.

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