PC & Xbox 360


Hour of Victory
F I C H A T É C N I C A
Developer Nfusion
Publisher Midway
Estilo First-Person Shooter
Datas de Lançamento
360 – 25/06/07 (EUA), 28/06/07 (OCE), 29/06/07 (EUR)
PC – 22/02/08 (EUR/OCE)
NOTAS
4.3 (360)
4.6 (PC)
Este jogo é pra…
(XXX) passar longe ( ) dar uma jogadinha de leve ( ) dar uma boa jogada ( ) jogar freneticamente ( ) chamar a rua toda pra jogar ( ) um tipo específico de jogador. Qual? ______ ( ) incógnita
Otítulo já bastante genérico (A Hora da Vitória) parece ter sido retirado dos mais enterrados e funestos B-movies da Segunda Guerra. Porém, não só a casca, mas a poupa, é consideravelmente decepcionante: trata-se de um produto que vem na esteira de sucessos como Call of Duty e Medal of Honor, sem reproduzir de longe que seja a qualidade daquelas obras. Bem-vindo a um mundo em que seu tanque de guerra desrespeita a física, o game pára de repente (e não sabemos se volta) e em que atacar alguém com a parte de trás da sua arma é mais útil do que disparar para todos os lados com um rifle! Se é hora da vitória ou da derrota eu não sei, mas é uma hora MUITO DOIDA!

A história tem grande papel na ação, isso é verdade, mas a impressão é a de embarcar em uma miríade de campanhas sem linearidade, ou com vários períodos obscuros entre elas, porque de repente a guerra já avançou bastante, ou já não se sabe mais em que batalha ou ano se está. A campanha publicitária de Hour of Victory convidava o gamer a “encarar as famosas batalhas da WW2”, porém, estabanadamente, referências históricas são quase inencontráveis! Pô, tá de sacanagem?! Em um ponto se está ajudando um cientista a fugir de um castelo, no outro se evita que os nazistas carreguem um reator nuclear!! Aos poucos versados em História, deixo claro que Adolf Hitler e sequazes jamais possuíram, em qualquer momento, a tecnologia da Bomba A!

Antes de cada fase é possível escolher entre ser atirador de elite, espião (minha função predileta) ou alguém que combate, mas de maneira mais furtiva – ou, para os doidões, lutar no pelotão de frente. Parecem categorias bem-balanceadas e complementares, mas o gamer sempre se sentirá mais à vontade como um desses soldados cujo ofício é, em tese, mais arriscado, encarando o fogo inimigo no pelotão mais adiantado. O que, mais que os plot holes ou sci-fi moments, prescinde de toda e qualquer lógica! Os hit points do soldado/bucha-de-canhão que ataca nessas condições são bem maiores, e ter resistência, nesse jogo, faz muito mais diferença que qualquer outro atributo. Talvez o jogo devesse se chamar Hour of Resistance…

Os inimigos são uns idiotas, então se aproximar e usar a função secundária da arma, as pancadas, é a melhor tática, porque um golpe traumático nocauteia os adversários, enquanto que o mesmo não se passa com as balas (tanto é que a recomendação etária para o jogo nem sequer é mature, mas teen)! Muitas vezes os inimigos fingem que o gamer não existe, ou após dispararem 2 ou 3 tiros se interessam por alguma borboleta que sobrevoa o campo de batalha. Outra justificaria não contemplaria a cretinice de suas táticas de maneira mais perfeita!

A face dos modelos humanos está pessimamente renderizada
Na teoria, o multiplayer “permite” a 12 jogadores se confrontarem em times de 3. Sub-modalidades são deathmatch, capture a bandeira e devastação. Só este último necessita de maiores esclarecimentos destinados aos insiders dos FPS: disputa-se a posse de uma bomba que deve ser usada para explodir cinco alvos do lado oposto (um capture the flag com pólvora, para resumir!). Os personagens a pé já se movem de forma esquisita, mas nada se compara ao “bug eterno” de dirigir tanques! Paredes não parecem obstáculos, às vezes, mas as quinas… as quinas são terríveis!, pois vencem o melhor dos motoristas e o as trações mais tecnológicas! Há relatos de jogadores que viram seus tanques travarem em momentos impensáveis, no meio de um campo aberto, sem a interferência de nenhum obstáculo visível. Só o que se podia fazer era esperar que em outro canto alguém encerrasse logo a partida. Infelizmente, qualquer fase tanto no multiplayer quanto no single player apresenta falhas análogas, regularmente. A conclusão já foi antecipada na introdução.

Agradecimentos a Jeff Gerstmann
Rafael de Araújo Aguiar
versão 2 – 2011; 2023.
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