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spore (pc)

PC

Spore

FICHA TÉCNICA

Developer Maxis

Publisher EA Games

Estilos Estratégia / Simulador de Vida

DATAS E REGIÕES DE LANÇAMENTO

01/09/08 (AUS), 04/09/08 (AUS, Galactic Edition), 05/09/08 (EUR, incluindo Galactic Edition; JP), 07/09/08 (EUA, incluindo Galactic Edition), 19/12/08 (EUA, Steam), 2010 (EUR, relançamento EA Classics), 23/01/13 (EUA, relançamento digital denominado versão Origin)

NOTA

8

E s t e    j o g o    é    p a r a . . .

(  ) passar longe  (  ) dar uma jogadinha de leve  (X) dar uma boa jogada  (  ) jogar freneticamente  (  ) chamar a rua toda pra jogar  (  ) um tipo específico de jogador. Qual? ______  (  ) incógnita

Se disséssemos que é um conceito inovador, mentiríamos: Evo, do Super NES, para não citar outros, apresentam a mesma idéia. Qual idéia? Evoluir de um ser unicelular até um ser complexo, num jogo. Se é que existe um salto quântico em relação à concorrência, ele se dá no que vem a seguir: passa-se do controle de uma vida ao de uma civilização cósmica que pretende ser hegemônica no universo – tudo a partir de um esporo singular!

O sporean terá de gastar sua criatividade, seja no chamado “criador de criaturas” ou no criador de veículos. Caso o “deus” desse mundo não esteja numa boa jornada, pode escolher designs e layouts pré-fabricados para adornar seu mundo, ou mesmo puxar modelos de outros usuários de Spore ao redor do mundo, pela feature online Sporepedia. Mundos inteiros saídos da imaginação de uma outra pessoa podem ser jogados por você.

Há basicamente 5 fases ou períodos maiores de jogo. A primeira tem como protagonista a célula, unidade da vida na Terra. A interface está longe de ser complexa nesse ponto, limitando-se a mostrar uma estrutura celular bidimensional com informações (literalmente) primordiais, que não devem confundir nenhum aprendiz. Passados os primeiríssimos momentos, tornando-se pluricelular, é hora de escolher o caminho na bifurcação clássica onívoro-herbívoro. De qualquer forma, a forma de vida em questão ainda depende do ambiente aquático para sobreviver, e deve evitar predadores (desde já você controla o corpo em tempo real, com o mouse e o teclado). Os alimentos serão, conforme sua escolha, algas verdes ou restos e carcaças de peixes, de preferência chegando após arranca-rabos entre espécimes maiores, para recolher os despojos sem se arriscar! De qualquer forma, ainda que soe chata, essa etapa não dura mais do que meia hora.

Ao se tornar um ente terrestre e desenvolver membros para locomoção, uma outra série de escolhas se faz salutar: ser agressivo e “solitário” ou andar em bandos e ser um animal amistoso? Todas essas customizações são viáveis no meio do caminho… Pouco a pouco o gamer (deus) vai se afeiçoando a sua criatura – como quer que ela pareça –, porque é como se fosse um filho que se viu nascer, ganhar diversos poderes e cada vez mais autonomia.

De repente ocorre a inusitada transposição para um game no estilo Age of Empires, na era tribal do ser humano (ou seu equivalente). Ainda com recursos escassos e severas limitações, o que não impede a diversão (e de qualquer modo, o tempo passa rápido, muito rápido, já no mundo real, quem dirá num simulador!). Spore não é um editor de música mas dá a chance de criar várias composições e construir instrumentos dos quais se pode extrair melodias, havendo evidentes funções sociais em tal ato cultural.

A tribo vai crescendo e chega-se à idade do metal (não estou falando daquele álbum de 1970, calma!…). O arcabouço dos gamers aumenta muito, mas continua sendo simples aprender a mexer nas opções. O deus de Spore terá condições de escolher para qual tipo de Estado os seres inteligentes evoluirão: econômico, teocrático (sendo narcisista, é o que preferirá) ou militarista. Mas dominar os habitantes pelos braços de ferro do generalato ou pela instituição da igreja ou de bens de consumo são surpreendentemente análogos. Bom, talvez nem tão surpreendentemente assim, para aqueles que já estudaram um pouco de História…

Num futuro ainda não por nós conhecido, Spore simula a navegação espacial. Dessa vez há uma fusão de elementos das primeiras fases e do esquema estratégico das últimas: o jogador controla uma nave que tem de explorar as zonas desconhecidas do universo. Quando vai parar e instalar colônias ou quando deve seguir viagem, isso é você que decide.

Por conter muitos elementos antitéticos, Spore não é o mais complexo do mercado em nenhum setor, seja como real-time strategy (RTS) ou simulador de vida (controlar uma criatura que busca sobreviver e expandir-se). Mas há muitas vantagens em ser-se eclético. Se não estivermos falando do fã mais exigente de Starcraft, o consumidor saberá tirar proveito.

Agradecimentos a Kevin VanOrd

Por Rafael de Araújo Aguiar

versão 2 – criado em 2012, modificado em 2022.

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