PlayStation
+ PC & PSP



Mega Man Legends 2
RockMan DASH 2: Episode 2: Oinaru Isan (Japão)
FICHA TÉCNICA
Developer Capcom
Publisher Capcom
Estilos Action RPG / 3D Shooter
Datas de Lançamento:
PSX – 20/04/00 (JP), 24/10/00 (EUA), 05/04/01 (JP, PlayStation the Best), 03/08/01 (EUR), 05/04/16 (EUA, PSOne Classics)
PC – 30/05/03 (JP)
PSP – 08/09/05 (JP), 21/12/05 (JP, CapKore), 16/12/09 (JP, PSN)
NOTAS
7.4 (PSX)
9.2 (PC)
8.8 (PSP)
Este jogo é pra…
(X) passar longe (X) dar uma jogadinha de leve (X) dar uma boa jogada (X) jogar freneticamente ( ) chamar a rua toda pra jogar (X) um tipo específico de jogador. Qual? Quem clamou por mais ao terminar Legends 1. (XX) incógnita


Choveram elogios à engine de Mega Man Legends 2 desde que se soube que, ao contrário do primeiro episódio da nova franquia da Capcom, haveria a habilidade de fazer o lock-&-shoot ao mesmo tempo que Mega Man corre, ações simultâneas impossíveis em Legends 1, sem contar o fato de que finalmente as alavancas do Dual Shock do PlayStation1 poderiam ser usadas. Afora a movimentação normal com o esquerdo, o analógico direito permite ainda a mudança de câmera e a meia-volta volver do robô (função destinada aos shoulder buttons em Legends 1). Isso liberou muitas outras teclas do joystick para ações diferentes. No entanto, a reclamação principal dos que torceram o nariz ao primeiro Mega Man 3D continuou de pé, pois as rotações de direção e a mecânica continuam “pouco ágeis” quando comparadas às aventuras 2D do Blue Bomber.



O atributo de “lock-on”, mesmo mais dinâmico dessa vez, prossegue com seus altos e baixos: segurar o R2 permite ao protagonista monitorar os passos do inimigo na tela e jamais perdê-lo de vista até que se solte o trigger ou que ele seja destruído. Batalhas individuais – boss battles, sobretudo – ou com até 2 ou 3 adversários funcionam brilhantemente com a ferramenta, mas a coisa começa a emperrar quando há 4 ou mais ameaças na tela em simultaneidade. Mega Man será jogado aleatoriamente para várias direções sem poder se concentrar em abater uma CPU por vez, ou então acabará dando as costas para alguém enquanto combate uma das máquinas de frente, o que é péssimo. A auto-aim irrita ainda mais quando aparece um Reaverbot (o inimigo clássico da franquia Legends) gigante – que deve ser a prioridade no combate – rodeado por uma multidão de Reaverbots pequeninos, que só servem para confundir sua utilização do R2!


As inovações de Legends 2 não param nos controles: ele realiza o sonho dos maiores aficionados pelo antecessor: ao invés de se limitar à exploração de um arquipélago, o mundo inteiro está ao alcance de suas mãos graças à entrada em funcionamento de sua nave Flutter! Muitas respostas para brechas do primeiro roteiro aparecem, assim como novas perguntas. A dificuldade foi um pouco elevada em relação ao precursor, porém pode-se dizer que a primeira metade é bem fácil e de repente a trama adquire contornos de pesadelo, na parte final! Como antes, Mega Man é livre para penetrar em ruínas; não só nas missões diretamente designadas, mas buscando tesouros de forma independente (as chamadas side quests). No que muitos consideram uma decisão infeliz, a Capcom obriga o jogador a achar itens no fundo das cavernas e fazer todo o caminho de volta até a saída em segurança, o que nos games se chama backtracking. Nada de mal com o backtracking (praticamente um backTREKKING, pois aqui a caminhada é longa!), se ele não for excessivo…



Outra novidade é que nem todas as minas estão abertas a princípio. O jogo funciona com um sistema de licenças de mineiro, e se Mega Man ainda não estiver no nível de capacitação requisitado ele terá de trabalhar para melhorar sua “carteira de trabalho”. A licença Tipo A é molezinha… Já a S, que pelo menos não é obrigatória, é um sofrimento só para obter – muitos desistem! Falando de trechos facultativos da aventura, é difícil não querer experimentar o trivia game, com mais de 100 perguntas de múltipla escolha de conhecimentos gerais que é bacana responder (sem falar no prêmio especial para os crânios que liquidarem com a examinadora!). Nas fotos abaixo você adquire uma noção do que é esse joguinho. Surfar no google está permitido e é altamente recomendável, aliás!


Conhecendo a Capcom, a resposta correta é Balrog!
Legends 1 e Legends 2 são diferentes também nos preços. Não, não estou falando do valor de mercado dos Mega Man Legends nas prateleiras, no ebay e coisa e tal – falo das mercadorias dentro do próprio jogo! O custo de fazer um upgrade nas suas armas foi ridiculamente elevado à estratosfera na segunda edição – quintuplicou, em média! Você gastará horas e horas juntando capital para poder subir de nível em MML2. Um grupo de gamers mais impaciente pode sofrer uma síncope tentando zerar o jogo. Outros mais estóicos podem interpretar a mudança como ganho de replay value! Não só isso, mas o hard mode de MML1 habilitado após completar o game pela primeira vez está de volta, prolongando a diversão (ou masoquismo!).



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A Capcom melhorou a apresentação visual (embora não seja notável com tanta facilidade) e eliminou os loading times compridos, deixando-os com no máximo 1.5 segundo de duração, o que nem pode ser chamado de “loadtime”. O voice acting é levado a sério e pode ser equiparado em qualidade ao de um desenho. Se não fosse pela nova voz muito afeminada de Mega Man (poderia jurar que é a Sailor Júpiter dos Estados Unidos!), receberia um 10 na minha avaliação. Outra voz modificada do time de Legends 1 foi a do mascote simiesco Data. O que mais impressiona é o fato de o movimento labial dos personagens estar perfeitamente sincronizado com a dublagem. Num videogame – e de 2001! – isso é quase uma proeza…


Lista de agradecimentos
Saikyo Mog, DJellybean, OBSeSsIveGaMUr, HM64Schezo do gamefaqs.com;
mobygames.com.
Por Rafael de Araújo Aguiar
versão 2.0 – criado em 2013; atualizado em 2022.
® 2002-2022 0ldbutg8ld / RAFAZARDLY!