PC / PlayStation / PlayStation Portable

Mega Man Legends
RockMan DASH: Hagane no Boukenshin (Japão)
FICHA TÉCNICA
Developer: Capcom
Publishers: Capcom / Virgin (PS1, EUR)
Estilos: Action RPG / 3D Shooter, Third Person View
DATAS DE LANÇAMENTO:
PS – 18/12/97 (JP); 31/08/98 (EUA); 04/12/98 (EUR); 04/05/99 (JP, PlayStation the Best), 1999 (EUA, Greatest Hits), 29/09/15 (EUA, PSOne Classics)
PC – 23/02/01 (JP), 17/07/01 (EUA), versão européia (C A N C E L A D A)
PSP – 04/08/05 (JP), 21/12/06 (JP, CapKore), 29/01/09 (JP, coletânea com RockMan DASH 2), 16/12/09 (JP, PSN PSP), versão americana (C A N C E L A D A)
NOTAS
8 (PS) / 6.2 (PC) / 8.3 (PSP)
Este jogo é pra…
(X) passar longe (X) dar uma jogadinha de leve (X) dar uma boa jogada (X) jogar freneticamente ( ) chamar a rua toda pra jogar (X) um tipo específico de jogador. Qual? Mega manners de cabeça aberta! (X) incógnita
Legends se passa num “mundo banhado por águas infindas” onde as pessoas habitam nas minguadas ilhas da superfície. Ok, essa não é uma estória inédita (inclusive habitantes da Europa medieval tendiam a pensar parecido), mas muito me encanta (Waterworld, alguém? Foto abaixo.). Muitos dos viventes ganham a vida como mineiros, a escavar em cavernas subterrâneas antiquíssimas e ruínas repletas de tesouros, incluindo Refractors, uma estranha fonte de energia, como seria o plutônio em nossa era. Uma coisa não mudou: você ainda é Mega/Rockman, meio-menino, meio-máquina. Ao lado dos NPCs Roll, o avô de Roll e o misterioso macaco-andróide Data, seu objetivo será tanto sobreviver nesse árido embora úmido mundo quanto arranjar peças que reparem sua acidentada nave e também melhorem seu Mega Buster, o canhão de laser do seu braço direito. Reza a lenda que é nesse mesmo arquipélago chamado Kattelox em que os heróis começam sua aventura que estaria escondido, naturalmente bem fundo no subsolo, um artefato capaz de salvar o mundo ou condená-lo de vez dependendo das mãos de quem o vier a possuir, o Mother Lode. Nem todos os ingredientes da sopa de proporções oceânicas foram lançados na panela, entretanto: piratas chamados Bonne Brothers, capitaneados pela carismática e fan favoriteTron Bonne, também estão desesperados atrás do artigo mítico-arqueológico. Quem vai obtê-lo primeiro?

* * *

A jogabilidade, francamente, agradará apenas a um público seleto, para não falar que espanta todos os fanáticos tradicionalistas de Mega Man, uma vez que é a primeira incursão do personagem da Capcom por um mundo tridimensional. São duas as configurações disponíveis. Na primeira a movimentação é feita com o direcional digital e a câmera é rotacionada com R1 e L1. Na segunda, Mega Man só vai para frente, para trás e gira com o d-pad, mas precisa de R1 e L1 para dar passadas laterais, a essência dos controles no que se refere à “interface de combate”. Eu pessoalmente indico o segundo layout. Com ele, vai parecer que você está num third-person shooter do bom e velho Super NES. Ou, para quem quiser pular uma geração dos games na referência, se aproxima dum Resident Evil em que a câmera não fosse tão fixa e com predileção por ângulos insólitos, já que permanece fielmente atrás de Mega Man, exceto quando o jogador pressiona R2 a fim de manusear o canhão no modo target (a mira estacionária do herói). Aqui vai, não obstante, uma crítica, e com Ape Escape em mente: toda essa confusão de botões de gatilho e direcional digital, que unidos, na teoria, dão em 8 teclas, seria resolvida e simplificada se empregassem o analógico esquerdo para movimentação do protagonista e o direito para rotação da mira e operações mais stealth.

Se MML ainda guarda alguma semelhança com os Mega Man old school, é que quando os inimigos começarem a encher a tela não darão mais descanso por um bom tempo! O nome dos vilões nas minas é Reaverbots (robôs escalados para proteger as ruínas das civilizações extintas há muito, muito tempo) e eles estão nas mais diversas cascas e tamanhos. Mas voltar à superfície onde o sol brilha no seu rosto humano e cabeludo e na sua fuselagem tecnorgânica não significa nenhuma espécie de recreio (exceto por alguns núcleos populacionais), senão uma alternância quanto ao tipo de inimigo a enfrentar: Mega Man e amigos estarão constantemente às voltas com os mercenários Bonnes e seus pantagruélicos tanques. Os chefes são monstros da robótica como Mega Man – só que um pouco maiorzinhos e mais assustadores!


Já ouviu dizer que o repórter sempre termina baleado?
Qual é o modus operandi das batalhas? Primeiro de tudo, não ataque como louco nem se ponha cego aos detalhes: aprenda como um oponente funciona, do seu modo de andar e se defender dos seus projéteis às formas de ataque, e se tem ou não algum ponto fraco. Depois você está liberado para entrar em ação. Claro que depois de algum tempo de jogo essa “reflexão em torno do inimigo” se dará de forma automática e não consumirá nenhum tempo visível. Diante das ameaças mais comuns, o normal é circulá-las com o sidestepping e pulos a fim de desviar das investidas enquanto se as liquida com o Mega Buster. É um método simples, efetivo e viciante mas, como disse acima, não funciona para todos. Inimigos maiores, com escudos protetores em partes do corpo ou ameaças aéreas exigirão o sistema de mira, ativado com R2. A única desvantagem é deixar Mega Man vulnerável (parado no mesmo local). Quem acha que é suicídio usar um target system em campo aberto que o deixe sem defesas não deve ficar chateado, já que o comando, de qualquer forma, não é compulsório e dá para se virar sem ele.


Os elementos de Role Playing Game ajudam a decidir o resultado das lutas. Seu canhão é customizável e recebe add-ons para ir ficando mais potente. Esse é o único “leveling up” da trama – comprar buster parts para a armadura de Mega Man com o dinheiro achado nas minas. Mas é importante lembrar que a limitação à equipagem das partes é a mesma do mundo físico, isto é, não dá para equipar todas de uma vez. E às vezes é melhor uma peça que deixe o tiro mais rápido, embora mais fraco, do que pensar simplesmente no poder de estrago. Outros atributos variáveis são o alcance do tiro e a faculdade de dar tiros seguidos (e se pode, quantos). O Mega Buster é, como sempre, ilimitado, então nada de se preocupar com a munição. O mesmo não é verdade para as armas secundárias, que devem ser usadas com mais parcimônia: a bela Roll pode operá-lo para encaixar dispositivos bélicos encontrados nas escavações no seu corpo de andróide (é isso aí, parece que você é o Ed e a moçoila é a Winry de Fullmetal Alchemist!). Lança-foguetes, minas e chupadores de ouro de cadáveres são algumas das maravilhas que logo estarão a sua disposição!

Algo está chateando nosso amega Migo Man!
Os sombrios e abafados corredores debaixo da terra ocuparão o jogador por mais tempo que qualquer outro ambiente. Também pudera, já que ele é um mineiro nesta saga! Há vários cômodos secretos e itens ocultos para olhos superficiais demais. Se o item não tem uso para o jogador, costumeiramente ele será vendido nos mercados das vilas e proporcionará então dinheiro para o que realmente importa (que é ficar mais forte e melhor para enfrentar mais robôs do submundo e piratas). Mega Man Legends não é exatamente longo, ainda mais em se tratando de um semi-RPG. Mas quem topar encarar todas as side quests notará que o tempo de jogo pode até dobrar! Veteranos de The Legend of Zelda: Ocarina of Time não poderão evitar comparações nesse ponto: a estrutura das minas é mais ou menos a dos templos auto-suficientes de Link adulto: exploráveis aos poucos (conforme se adquire os itens corretos para transpor seus obstáculos), abarrotadas de portas trancadas que requerem chaves, um ou outro quebra-cabeça e armadilha, adversários comuns e um chefe demarcando o fim do labirinto.


Até que enfim colocou o capacete! A matéria já tava acabando – o que é que os seus fãs do Nintendinho iam pensar?
Lista de agradecimentos
GameFAQs:
Megaman1981
MSuskie
Saikyo Mog
Por Rafael de Araújo Aguiar
versão 2.0 – criado em 2013; atualizado em 2022.
® 2002-2022 0ldbutg8ld / RAFAZARDLY!
One reply on “mega man legends (pc, psx, psp)”
[…] sistema de jogo é mais bem-detalhado no review de Mega Man Legends, então vamos apenas ressaltar os pontos principais e comentar do joystick do N64. Ao contrário […]
CurtirCurtir