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shin megami tensei (ps)

review 0ldbutg8ld #1128

obs: nós não seguimos o acordo ortográfico lusitano de 2009!

Por Rafael “Cila” Aguiar

PlayStation

Shin Megami Tensei

F I C H A    T É C N I C A
Developer(s)
Atlus
Publisher(s)
Atlus
Estilo(s)
Role Playing Game > Dungeon-crawling
Role Playing Game > Semi-monster breeding
Role Playing Game > Turnos
DATA(S) E REGIÃO(ÕES) DE LANÇAMENTO
31/05/01 (JP), 14/07/10 (JP, PSOne Classics)

Também incluso na(s) compilação(ões):

N.A.

Quem jogar este também poderá gostar de:

(Em vermelho, os jogos que já revisamos – se não estiver linkado, ainda não foi “upado” no novo blog.)

Persona: Revelations (PC/PS/PSP)

Persona 2: Eternal Punishment + Innocent Sin (PS/PSP)

Shin Megami Tensei if…

Shin Megami Tensei II

NOTA(S)

(Cada escore é uma média dos principais portais de games na web e revistas antigas quando for o caso, e também engloba a opinião dos gamers visitantes, além da crítica especializada; não necessariamente reflete meu ponto de vista sobre o jogo.)

7

ESTE JOGO É PRA…
(X) passar longe(X) dar uma jogadinha de leve
(X) dar uma boa jogada(  ) jogar freneticamente
(X) chamar a rua toda pra jogar(X) uma incógnita
(X) tipos específicos de jogador. Quais? 
  • Os desejosos de apurar as origens de Persona;
  • Amantes de dungeon-crawlers difíceis com muito espaço para experimentações.
FAIXA DE VIDA ÚTIL ESTIMADADe 30h a 45h.

Shin Megami Tensei, SMT ou afetuosamente MegaTen é uma franquia de RPG tão antiga quanto Final Fantasy e Dragon Quest. Ao contrário dessas duas, foca mais nos dias modernos que num cenário de fantasia ou medieval, embora haja exceções no trio inteiro. As storylines são mais puxadas, evocando o elemento terror o suficiente para considerarmos SMT uma série de RPG de horror, e suscitando várias questões religiosas, não-raro censuradas no carola Ocidente (bastando olhar a capa do jogo para percebê-lo). Já faz tanto tempo que Megami Tensei está por aí que deixou de ser coisa de nicho e virou coisa do povão (ok que isso não acontece com toda série, mas MegaTen fez por onde chegar onde chegou). Senão do povão, tanto quanto é possível para uma série com tais características, atingindo um grande público entre os aficionados do Role Play: podemos dizer que Persona 5, último capítulo do mais famoso spin-off de Shin Megami Tensei, celebra talvez mais êxito que as últimas iterações de Final Fantasy, o que é já dizer muito. E ainda que em vendas isso não seja verdade (nome ainda representa mais do que se pensa), certamente a série e as subséries têm uma identidade muito mais segura e à prova de crises que os capítulos inconstantes da franquia da Square Enix… Mesmo excetuando o fenômeno Persona, episódios de SMT fizeram bastante sucesso quando lançados para 3DS e Switch, por exemplo.

Tudo começou com duas entradas no NES, Digital Devil Monogatari: Megami Tensei e Megami Tensei II. Já era um RPG de turnos estilo dungeon-crawler que envolvia dúzias de monstros com personalidade própria, como até hoje. A série expandiu o título nos anos de SNES, para “Shin” Megami Tensei, que traduzido é TRUE Resurrection of the Goddess, a VERDADEIRA Ressurreição da Deusa, algo que sinceramente passa uma vibe satanista (oba!). Acontece que um relançamento com menus mais interessantes e modernizados e retoques na artwork de modo geral saiu para PlayStation, e essa é a versão que analisaremos aqui. Infelizmente não há uma tradução ou localização (oficial) para o inglês.

Obviamente alguns trechos foram refeitos com polígonos

SISTEMA DE JOGO

A perspectiva é em primeira pessoa. O herói percorrerá labirintos que constituem a capital do Japão, Tóquio, e dimensões alternativas com ela conectadas, entre elas a dimensão dos sonhos do protagonista, que os compartilha com outros entes. Os demônios, principais oponentes, são figuras cinzas e ambulantes, i.e., pode-se fechar pactos com eles. A grosso modo, os demônios são de dois tipos, lembrando a etimologia da palavra, do grego daimon: criaturas sobrenaturais, que o próprio hebraísmo considerará de forma neutra (como outro panteão de deuses nacionais em relação ao Olimpo). A partir do cristianismo é que os demônios considerados benéficos e súditos do “Único Deus” serão chamados de arcanjos ou anjos, e seus opositores demônios. SMT explora essa ambigüidade, apresentando anjos e demônios, ou anjos e outros anjos, demônios e segundos demônios, duas facções em combate pela supremacia no reino humano. Embora uma delas seja apresentada como representante do bem e outra do mal, talvez isso se deva a que uma delas é o establishment (vai vencendo a guerra)? Cabe ao jogador interpretar essas nuances mais aprofundadas conforme interage com as criaturas.

As batalhas são obviamente em turnos, mas, como dito, alguns dos opositores poderão ser recrutados para sua causa, desde que você tenha: a) bons argumentos; b) recursos que possam interessar à outra parte. Aparentemente não há um limite prefixado para a quantidade de monstros que se pode arregimentar ou conservar ao lado, mas algo no jogo tem de ser destravado para que o número ultrapasse a dezena, e essa condição é complicada de obter.

A party do jogador consiste de dois PCs fixos, o Herói e a Heroína; rotativos são o arquétipo do “herói justiceiro” e do “anti-herói” ou herói caótico, completando o quarteto. Os pontos de experiência e stats não têm importância absoluta, haja vista que são complementados pelos monstros da equipe, que se adequadamente customizados desbalancearão as batalhas a favor do jogador. O próprio Herói pode pender mais para lawful (justiceiro), chaotic (“mau”, no sentido desse jogo) ou neutro, no aspecto alinhamento, o que faculta, conforme a categoria, o uso de equipamentos exclusivos e gera afinidade com monstros diferentes, além de proporcionar um dos 3 possíveis finais.

Num lugar chamado Heretic’s Manor, disponível em cada cidade (ou distrito de Tóquio), pode-se fundir demônios, criando entidades inéditas. As mecânicas da fusão são bastante complexas, elevando o número de criaturas existentes às centenas. Há, desde esse SMT primevo, fusões triplas, o que ainda “faz sucesso” em iterações recentes como Persona 5.

Shin Megami Tensei é conhecido por sua natureza repetitiva, dificuldade elevada e alta freqüência de encontros aleatórios. Mapas também não podem ser encontrados in-game, então esse é daqueles clássicos que se recomenda detonar com o auxílio de FAQs e walkthroughs, a fim de não se perder nos grids labirínticos e estar a par do que fazer na seqüência.

GRÁFICOS

Os mesmos da versão 1992 de Super Famicom, exceto pela reconfiguração dos menus e a troca de sprites de paredes e alguns monstros e NPCs por polígonos. A Atlus acertou ao manter o (belo) character design old school dos personagens e criaturas mitológicas de SMT, ainda que tenha recauchutado as coisas um pouco.

SOM

Ao contrário do que se diz dos gráficos, seria interessante ouvir tracks rearranjadas para explorar a qualidade do formato CD, mas a trilha sonora foi mantida, outrossim, como na contraparte cartucho, e não há dublagem nos diálogos. É uma experiência essencialmente anos 90 (o jogo surgiu pela primeira vez em 1992).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O tempo de jogo até a conclusão é de aproximadamente 30 horas, já contadas as mortes e falhas por que o RPGista passará. Aquele que desejar desbloquear os 3 finais talvez o consiga em bem menos de 90h, pois já saberá mais ou menos que decisões que afetam o enredo e como abreviar algumas das seções da exploração.

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Lista de agradecimentos pela cessão de imagens e informações:

GAMEFAQs:

Corran450

kamentierr

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