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broken helix (ps)

pílulas de reviews rafazardly

o que é uma pílula? vários micro-reviews tematicamente relacionados numa só página ou um review único de menos de 800 palavras!

obs: nós não seguimos o acordo ortográfico lusitano de 2009!

Por Rafael “Cila” Aguiar

PlayStation

Broken Helix

F I C H A    T É C N I C A
Developer(s)
Konami Chicago
Publisher(s)
Konami
Estilo(s)
Action Adventure > Sátira
DATA(S) E REGIÃO(ÕES) DE LANÇAMENTO
 31/05/97 (EUA), 02/98 (EUR), 26/03/98 (JP)

Também incluso na(s) compilação(ões):

N.A.

Quem jogar este também poderá gostar de:

(Em vermelho, os jogos que já revisamos – se não estiver linkado, ainda não foi “upado” no novo blog.)

Duke Nukem: Time to Kill (PS)

Tomb Raider (PC/PS/SAT)

NOTA(S)

(Cada escore é uma média dos principais portais de games na web e revistas antigas quando for o caso, e também engloba a opinião dos gamers visitantes, além da crítica especializada; não necessariamente reflete meu ponto de vista sobre o jogo.)

6.8

ESTE JOGO É PRA…
(X) passar longe(X) dar uma jogadinha de leve
(X) dar uma boa jogada(  ) jogar freneticamente
(  ) chamar a rua toda pra jogar(  ) uma incógnita
(  ) tipos específicos de jogador. Quais? 
  • Fãs de Evil Dead.
FAIXA DE VIDA ÚTIL ESTIMADACerca de 26h.

Em Broken Helix você assume o papel de Jake Burton (dublado pelo ator Bruce Campbell), um membro casca-grossa da unidade anti-bombas da marinha americana. Quando criança você adorava explodir as coisas, soldadinhos de plástico sendo suas vítimas favoritas. Quando cresceu, sua predileção passou a ser evitar que as coisas estourassem na SUA própria cara! Jake recebe uma ligação do sargento, seu chefe imediato, relatando que um terrorista (obviamente retratado como a caricatura dum russo) minou todo o perímetro da Área 51 (aquela Área 51). Se o pedido do camarada não for atendido, em sinopse, kaboom. Sendo curto e grosso como só Campbell sabe ser, seu objetivo é desarmar todas essas bombas e se meter no olho do furacão onde uma conspiração envolvendo ou não elementos governamentais parece estar dando lugar. Claro que o enredo oferece uma miríade invejável de plot twist para apimentar as coisas…

BH é inovador no aspecto sonoro e na dimensão da interatividade, mas não passa muito disso. O charme todo do jogo se concentra no protagonista, portanto não estar familiarizado com o trabalho de Bruce Campbell ou não aceitar que ele roube a cena até do jogador são dois bons sinais vermelhos para quem hesita em experimentar o jogo. Quem está se perguntando pela identidade deste ator, confira, por favor, a trilogia de filmes Evil Dead, isso é uma ordem! Campbell não calará a boca, e isso é excelente, porque ele é o rei das tiradas e do badassismo. É como jogar um Duke Nukem elevado ao quadrado. Maioria das falas icônicas dos filmes é reencaixada em BH como tributo ao ator. Os eventos paródicos e cômicos são impossíveis de contar. Até uma aparição de Campbell como cosplayer de Elvis Presley consta dessa imensa lista. Nem tudo se trata de reciclagem, já que há muito material novo saindo dos lábios de Campbell. Nem mesmo as paredes em baixa resolução de um dos cenários escapa: “Aw, you call this a game design?”, quer seja “Você chama isso de programação?”. Os personagens em volta são igualmente absurdos e exagerados.

Bruce/Jake pode fazer bullying com seus companheiros da marinha até provocar o fogo amigo, retrucar seu sargento gritalhão (pressionando uma das teclas você entra no angry mode e as respostas serão ainda mais azedas ou apimentadas), e mesmo provocar reviravoltas drásticas na estória ao matar a sangue frio NPCs vitais para a narrativa, como cientistas e mesmo uma repórter enxerida, sem causar com isso um game over. Bruce pode sentar no vaso e mandar um número 2 se você achar um banheiro, sem falar que ele pode flagrar um dos funcionários do governo na privada, igualmente, provocando interações hilárias – e, claro, pode escolher matar o sujeito também! Não há legendas em Broken Helix. Deu para perceber que quem não está com as aulas de inglês em dia nem deveria tentar.

Quanto aos controles e ao feeling da gameplay, ocorre aqui um híbrido entre Quake e Tomb Raider, embora seja difícil explicar onde termina a influência de um gênero e começa a de outro (Action Adventure e FPS, a maior parte do tempo estilos bem díspares). Aquele que remexer nas câmeras tempo o bastante aprenderá a se virar na perspectiva em primeira pessoa (que é por sinal minha recomendação para se movimentar pela Área 51 atirando nas coisas e gentes). A curva de aprendizado pode ser demorada e acidentada, mas é um jogo definitivamente jogável e usufruível. Há trechos de Plataforma jogados no meio da ação que poderão desconcertar alguns; nada que a insistência não supere. Um elemento meio “Mario Bros.” é que Jake pode amassar os civis ou alienígenas simplesmente pulando em cima deles, como se eles fossem massinha ou goombas, o que destoa muito da própria fórmula de Doom ou Duke Nukem, que não têm botão de pulo, daí a intensa e inconfundível personalidade que irradia Broken Helix.

O replay value do jogo consiste em que ele possui 4 desfechos, e todos calcados em decisões bastante precoces do jogador, como já demonstrado acima. Pode-se agir como um marinheiro e cão do governo exemplar, executando a missão tal qual ela foi transmitida pelo sargento; trair a marinha e se juntar aos aliens; ficar num meio-termo e se aliar aos cientistas, contra a marinha e usando os aliens como objetos antropológicos de estudo; ou até se aliar ao próprio terrorista, o vilão da estória, e escapar com ele dessa base militar exótica. Todos prospectos tão divertidos quanto as tiradas de sarro ininterruptas do herói boca-suja da jornada (jogar com a saída de som no talo)!

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Lista de agradecimentos pela cessão de imagens e informações:

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